01| first

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𝕻𝖗𝖎𝖒𝖊𝖎𝖗𝖔 𝖊𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖔


Os olhos de S/N praticamente saltam ao ouvir a resposta de sua mãe.

— Claro que você pode ir, querida. — diz a primeira dama daquela cidade pacata, com seu cabelo loiro tingido misturado aos fios já grisalhos presos em um coque excepcional. — Mas... — sempre tem um "mas..." — ... sabe que terá de ir com a sua irmã mais velha e seu cunhado, eu nunca que deixaria você viajar sozinha para a cidade grande.

Aquilo já era uma vitória, seus pais nunca haviam deixado a garota sair dos arredores da cidade sem a presença de um dos dois, muito menos ir à SP pela primeira vez.

Aquilo era uma vitória.

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Dois dias se passaram e o tão sonhado evento havia chegado, ir à capital e ver todo o elenco de Sombra e Ossos ainda parecia um sonho, um sonho de uma criança.

— Eu não sei como convenceu o papai e a mamãe, mas meus parabéns. — diz Lily, a primogênita da família, sentada no banco do passageiro, ao lado de seu esposo Maximilian.

— Por mais incrível que pareça, eu só... Pedi. — suas palavras pareciam irreais, em 19 anos, nunca fora tão fácil ser atendida como naquele momento, aparentemente, o destino estava ao seu lado.

Alguns poucos instantes depois, Maximilian pronuncia as suas primeiras palavras durante todas as horas de viagem:

— Chegamos.

E nem era preciso dizer nada. Grandes prédios cinzentos, vários carros barulhentos, dezenas de pessoas correndo, aquele caos marca a metrópole paulista.

Enquanto a cabeça de Lilian doía, um sorriso nos lábios de S/N surgia.

— Pronto, você disse que íamos encontrar uma amiga sua aqui, certo? — a mais nova assente, entregando um papel com um certo endereço anotado, era a casa de Catarine

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— Pronto, você disse que íamos encontrar uma amiga sua aqui, certo? — a mais nova assente, entregando um papel com um certo endereço anotado, era a casa de Catarine. — Ah, Catarine, faz anos que não a vejo, como ela está? — sorri a mais velha, mostrando apreço pela amiga da irmã.

— Ela está bem, sabe como ela é, vivendo feliz o sonho paulista dela. — dando de ombros, o anseio por ter aquela vida era nítido nas palavras de S/N.

— Eu sei que não é fácil, principalmente aos 19, mas eu juro, você vai se acostumar.

Essa era a questão, ela não queria se acostumar, ela não se conformava com aquela situação mórbida que seria a vida dela para sempre. S/N merecia mais, queria mais.

— Esse é o endereço. — avisa o cunhado.

Descendo do carro sorrateiramente ao tentar não ser atropelada pelos outros automóveis ou, até mesmo, pelas pessoas, S/N dirige-se ao elevador, digitando o 8° andar e esperando rever sua grande amiga após 1 ano de distância.

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 | ʙᴇɴ ʙᴀʀɴᴇꜱOnde as histórias ganham vida. Descobre agora