Ucker arrancou o celular das mãos de Dulce e encarou a mensagem.
- Desgraçado... Precisamos ir pra delegacia.
Dulce: Poncho... Liga pro meu irmão. - respondeu com a voz apavorada.
Ucker discou e Alfonso atendeu no segundo toque.
- Oi.
Ucker: Poncho, Dulce recebeu uma mensagem do Leonardo como se ele estivesse marcando um reencontro.
Poncho: Any recebeu a mesma mensagem... Eu vou ligar na delegacia e nos entramos lá ok?
Ucker: Beleza, estou indo pra lá com a Dulce, até daqui a pouco. - respondeu e desligou.
Poncho desligou e ligou pra polícia.
- Aqui é o Alfonso, preciso falar com o delegado é urgente.
A ligação é transferida e o delegado atendeu.
- O que aconteceu Alfonso?
Poncho: Recebemos uma mensagem do Leonardo, pelo que ele escreveu da a entender que ele esta voltando.
- Como aconteceu?
Poncho: Minha namorada e minha irmã receberam a mesma mensagem.
- E a que horas foi isso? - o delegado perguntou do outro lado da linha.
Poncho: Não tem nem 10 minutos... Estamos indo até ai.
- Ok, eu aguardo vocês.
Poncho desligou e encarou Anahí que o encarava de volta com os olhos marejados e amedrontados.
- Vamos pra delegacia... Dulce e Ucker não nos encontrar lá.
Any: O que a gente vai fazer Poncho? - perguntou assustada.
Poncho: Vamos falar com a polícia, eles vão saber o que fazer meu amor. - segurou seu rosto e a beijou.
Anahí o abraçou e deixou Alfonso acariciando seus cabelos, aquilo a acalmou.
Quando chegaram na delegacia os quatro se encontraram e Dulce e Anahí se abraçaram solidárias.
- Ele não vai pegar a gente Any, vamos pegar ele primeiro. - sôo confiante.
Any: Tomara. - suspirou.
Os quatro entraram na delegacia e as meninas entregaram os celular ao delegado.
- Receberam mais alguma ameaça além dessa?
- Não! - responderam juntas.
- Vocês vão entrar no programa de proteção a testemunhas, vocês quatro... Como não podem desaparecer totalmente e duvido que isso afastaria o Leonardo, vocês serão vigiadas por policiais 24 horas por dia ok?
Poncho: E se o Leonardo se aproximar delas?
- Vamos pegá-lo.
Ucker: Parece até que esta usando elas como isca. - estranhou.
- De certa forma estou, mas elas estarão seguras, não se preocupem. - respondeu.
Anahí: E quando os policiais vão ficar com a gente?
- A partir de agora... Vamos monitoras as casas, tanto de vocês quanto de seus amigos, se Leonardo se aproximar o pegamos.
Poncho: Acha que isso pode dar certo?
- Sim! - assentiu.
Ao saírem da delegacia dois carros os seguiram, um foi para a casa de Alfonso e Dulce e para a casa de Anahí. Quando Any chegou em casa Marichello e Ray a esperavam.
- E então meu amor o que o delegado disse?
Poncho: Policiais vão ficar vigiando a casa, uma medida de segurança e pra tentar prender o Leonardo.
Marichello: Aquele desgraçado não vai te machucar de novo filha. - esbravejou.
Any: Vamos tomar cuidado e estaremos em segurança mãe. - respondeu.
Ray: Vamos ter que ficar atento e nada de alguém ficar sozinho aqui ou sair sozinho.
Marichello: Concordo. - respondeu assentindo.
Any: Amor será que você pode ficar comigo hoje? - o abraçou.
Poncho: Claro meu amor se sua mãe não se importar...
Marichello: É claro que não você é bem-vindo Alfonso. - sorriu.
Any: Obrigada mãe. - sorriu agradecida e abraçou o namorado.
Nos dias seguintes Anahí e Dulce iam pro estágio e saiam sempre acompanhadas por policiais. Outras patrulhas vigiavam as casas de Angelique e Derrick e o hotel onde os pais de Maite e Christian trabalhavam
Annabelle jogou o vaso no chão e encarou Flávia furiosa.
- Como assim você quer desistir?
Flávia: Eu já to cansada disso, seu filho não me ama, não quer nada comigo.
Annabelle: Mas e o meu neto? Alfonso tem que ficar com você, vocês tem que criar esse filho juntos.
Flávia: Você sabe que esse filho não é do Alfonso, portanto ele não é seu neto. - respondeu num suspiro.
Annabelle: Pra mim é como se fosse... Como você ousa dar as costas pra mim depois de tudo que fiz por você?
Flávia: Eu agradeço, mas não adiantou de nada... Alfonso não vai voltar comigo, mesmo que esse filho fosse dele e eu quero ir embora de Cancun, na verdade vou me mudar de país.
Annabelle: Como assim mudar de país?
Flávia: Recebi uma promoção, uma proposta de emprego que almejo desde que comecei a namorar seu filho... E eu aceitei.
Annabelle: Como assim?
Flávia: Eu tenho um mês para me organizar, arrumar tudo... E eu já decidi Annabelle vou sair do país e criar meu filho sozinha, sinceramente eu não sei quem é meu pai e não vou mandar 03 homens fazerem teste de DNA.
Annabelle: Alfonso pode ser o pai. - argumentou.
Flávia: Ele não é... Já estávamos a algum tempo distantes quando engravidei... Eu sei que não é ele e vou contar tudo pra ele.
Annabelle: Flávia não...
Flávia: Me perdoe Annabelle, mas eu preciso vencer na vida, preciso ser bem sucedida... Eu não entro numa batalha a não ser que seja pra ganhar e essa eu já perdi a muito tempo, não posso perder a chance de crescer profissionalmente também, me desculpe.
Annabelle: Você vai se arrepender disso.
Flávia: É você quem vai se arrepender se não mudar... Vai acabar ficando sozinha se continuar agindo assim... Até logo, vou sentir sua falta de verdade. - respondeu e deu as costas.
Flávia entrou no carro e se encarou no espelho, sabia que aquilo era o certo a se fazer. Suspirando ela ligou o carro e saiu do prédio de Annabelle. Sabia que iria enfurecer Annabelle quando contasse tudo, mas ela precisava acabar logo com aquilo. Alfonso não a amava, ela não amava Alfonso e pra ajudar finalmente recebera a proposta de emprego que tanto aguardara, não podia recusar.
A melhor estratégia a fazer desistir de tudo e seguir com sua vida, pelo salvaria seu orgulho e continuaria tendo seu respeito e não ficaria sozinha, ela constatou sorrindo e acariciou a barriga. Se algum dia tivesse que se apaixonar, esse homem a aceitaria e aceitaria seu bebê.
O sinal estava verde quando ela atravessou, mas um outro motorista havia avançado o sinal e deu em cheio no carro dela. O carro de Flávia rodopiou na rua e parou de ponta cabeça. O motorista fugiu sem prestar socorro e as pessoas se aproximaram aflitas.
México, Cidade do México.
Gustavo encarou o detetive e perguntou.
- Descobriu algo?
- Sim... Por isso te liguei. - o detetive respondeu.
Gustavo: E o que descobriu? - encarou o detetive se preparando para qualquer resposta.
- Sua esposa tem feito saques nos últimos dias... Para seu filho Leonardo.
Gustavo: Como você tem certeza?
- Ela comprou dois celulares descartáveis e eu verifiquei as ligações, três em um e dois no outro celular... Grampeei o último e descobri que ela tem conversado com seu filho e os saques são para enviar o dinheiro para ele.
Gustavo: Eu já desconfiava.
- Desculpe me intrometer, mas eu soube que seu filho esta sendo procurado pela polícia, é verdade?
Gustavo: Infelizmente... E você acabou de me ajudar a descobrir quem o está ajudando a se esconder.
- Sinto muito.
Gustavo: Tudo bem... Você tem os relatórios ai, vou precisar deles para prensar minha esposa contra a parede.
- Claro, aqui estão tudo.
Gustavo: E quanto lhe devo?
- Você é meu amigo e já esta sofrendo o suficiente, não me deve nada, pense como um favor.
Gustavo: Mesmo assim eu insisto. - tirou um cheque do bolso e assinou. - Se o valor não corresponder aos seus serviços me avise. - descartou a folha e estendeu sobre a mesa.
- É suficiente. - o detetive assentiu.
Gustavo fez um aceno com a cabeça e ficou de pé se retirando do restaurante.
Quando chegou em casa ele subiu pro quarto e encontrou a esposa.
- Preciso falar com você.
Renata: Não demora querido, estou cansada.
Gustavo: Ah claro, as ligações e as coisas que você sai pra fazer a estão deixando bem ocupada e cansada né? - cruzou os braços.
Renata: Do que você ta falando?
Gustavo: Você sabe do que eu to falando... Você esta mandando dinheiro pro Leonardo não esta?
Renata: O que? Você ficou maluco eu não sei do nosso filho.
Gustavo: Você sabe sim e eu tenho as provas aqui. - pegou a fita e colocou no gravador.
Renata o encarou furiosa e ao começar a ouvir a fita o encarou em pânico. Quando terminou a gravação Gustavo encarou a mulher.
- E então? O que você tem a me dizer?
Renata: Isso é um absurdo.
Gustavo: Chega Renata... Eu estranhei você estar tão conformada com a situação do nosso filho e dei várias justificativas pro seu comportamento, mas agora eu entendi tudo, agora eu sei porque você estava agindo assim, ele nunca foi embora pra você.
Renata: Ele... Ele é nosso filho, ele precisa da gente.
Gustavo: Ele precisa de ajuda é perigoso. - respondeu.
Renata: Ele não fez nada. - argumentou.
Gustavo: Fez sim e você sabe disso... Onde ele esta Renata? - chegou mais perto pressionando-a.
Renata: Eu não sei. - negou com a cabeça apavorada.
Gustavo: Sabe sim, onde ele esta. - insistiu.
Renata: Perto de Cancun, mas não sei exatamente em que lugar, ele não me contou. - respondeu com os olhos marejados.
Gustavo: Meu Deus Renata o que você fez. - suspirou e a encarou espantado.
Cancun, Quintana Roo
Anahí encarou o aquário de peixes esperando Alfonso chegar pra ir embora com ele. Sorriu se lembrando de como ele andava protetor nos últimos dias e apesar da polícia estar sempre com ela ele fazia questão de buscá-la no estágio e levá-la pra casa.
- Anahí?
Anahí se virou e encarou uma moça a olhando praticamente de cima a baixo.
- Você é a Anahí certo?
Any: Sim algum problema?
- Nenhum por enquanto, eu vim conhecer a garota que por tanto tempo ocupou o coração do meu namorado.
Any: Namorado? De quem você ta falando?
- Meu nome é Bianca, fiquei uns dias trabalhando aqui para fazer um trabalho e agora estou saindo com o Joaquim... Estava curiosa para conhecer pessoalmente a garota que fez tanto mal à ele... E até que você não é de se jogar fora.
“Era o que me faltava!”, pensou Anahí suspirando e com vontade de revirar os olhos.
- Olha você não precisa se preocupar comigo, Joaquim sempre foi um amigo pra mim e eu estou noiva agora. - mostrou a aliança. - E sou muito apaixonada pelo meu noivo. - sorriu.
Bianca: Que bom... Espero que você seja feliz com seu noivo.
Any: E eu espero que você e Joaquim sejam muito felizes, de verdade... Ele é um cara muito legal.
Bianca: Eu sei e to apaixonada por ele, e vou fazê-lo feliz. - respondeu decidida.
Any: Eu só quero que ele seja feliz, não se preocupe eu nunca vou ser uma ameaça pra você. - sorriu.
Bianca: Que bom. - ela sorriu parecendo relaxar um pouco. - Até logo, talvez a gente se encontre daqui pra frente.
Any: Até. - sorriu acenando.
Quando ficou sozinha Anahí saiu do Acuarius achando melhor esperar Alfonso lá fora. Quando chegou na calçada ele estava estacionando.
Any: Oi meu amor. - ela sorriu.
Alfonso piscou pra ela e desceu do carro. Envolvendo a cintura de Anahí a beijou.
- Senti sua falta. - sussurrou.
Any: E eu a sua. - respondeu de volta e o beijou.
Alfonso se afastou quando o celular começou a tocar. Anahí o observou e viu a expressão dele mudar do nada.
- Ok obrigado por avisar. - respondeu e desligou.
Any: Meu amor o que foi?
Alfonso: Era minha mãe. Flávia sofreu um acidente, minha mãe não soube informar o estado dela, preciso ir ao hospital. - respondeu preocupado.
Any: Tudo bem vou com você. - assentiu.