The Donor - Português (Camren)

By TraducaoCamren2

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A filha de Camila quer saber quem é seu "pai". Como Camila poderia explicar que foi um doador de esperma e co... More

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9
Parte 10
Parte 11
Parte 12
Parte 13
Parte 14
Parte 15
Parte 16
Parte 17
Parte 18
Parte 19
Parte 20
Parte 21
Parte 22
Parte 23
Parte 24
Parte 25
Parte 26
Parte 27
Parte 28
Parte 29
Capítulo 29.5
Capítulo Final
Epílogo

Parte 5

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By TraducaoCamren2

Boa tarde, como vocês estão?

Não se esqueçam de me seguir no twitter @TraducaoCamren e compartilhar essa tradução para seus/suas amigos(as).

Boa leitura.

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— Dinah, vamos logo caramba! — eu gritei para Dinah da sala, calçando minha outra sandália.

— Espera, Mila. Eu me arrumando mais rápido não vai fazer a Lauren chegar logo aqui, então cale a poxa da boca, cara. — ela gritou de volta, pontuando sua frase com um volume cada vez maior.

Emelia e Khiara olharam para mim com os olhos arregalados, segurando seus brinquedos de praia nas mãos. Tínhamos combinado com Lauren para ir à praia hoje, no domingo depois que Emelia terminasse as aulas, e as meninas estavam muito animadas. É claro que elas estavam animadas para ir à praia, mas elas também queriam passar um tempo com Lauren. Desde que ela e Emelia se conheceram, tudo o que Khiara tinha ouvido da garota era o quão incrível sua outra mãe era e ela também estava ansiosa para passar um tempo com a mulher mais velha.

Eu tinha verificado duas vezes com Lauren desde sexta-feira se ela estava realmente bem sobre ir à praia. Eu não mencionei a ela do por quê eu achava que ela estava desconfortável com a situação porque eu não queria aumentar seu desconforto, ela teria que explicar sua condição ou eu estaria errada sobre a situação. Embora eu soubesse que não estava errada. Eu não podia mentir e dizer que não pensei sobre a condição dela porque eu pensei, mais por curiosidade. Eu não sei o que esperar. Espero que ela se sinta confortável o suficiente comigo um dia para compartilhar detalhes sobre isso, mas eu sabia que era improvável. Então, eu tive que me contentar em pensar. Além de curiosidade e intriga, não me fez sentir outra coisa, nem nojo e nem empolgação. Eu só não queria pensar.

— Mamãe, Lauren está aqui! — eu ouvi Khiara gritar para Dinah, as duas crianças olhando pela janela para ver Lauren estacionando. Eu sabia que ela ficaria nervosa hoje, então eu tentaria deixá-la o mais confortável possível. Eu não sabia como fazer isso, mas eu tentaria.

Duas horas depois, nós cinco chegamos à praia. Lauren havia dirigido todo o caminho, apesar de eu ter me oferecido para dirigir na metade. Eu tinha ficado presa entre os dois assentos do carro na parte de trás depois que Dinah não conseguiu encaixar sua bunda no assento do meio. Em vez disso, Dinah ocupou o assento do passageiro ao lado de Lauren, que permaneceu em silêncio ao longo do caminho. A maioria das palavras que ela realmente dizia foi para responder às perguntas de Dinah ou das meninas, oferecendo-se para parar e perguntar a Emelia se ela se sentia mal, apesar de ter dado a ela remédio para enjoo quando ela parou pela primeira vez fora do apartamento.

Khiara segurou uma das minhas mãos enquanto Emelia agarrou a de Lauren e puxou nós duas do estacionamento em direção à praia, sabendo que não deviam correr; deixando Dinah para pegar todos os seus brinquedos de praia (algo que ela definitivamente não gostou).

Colocamos as toalhas de praia a uma distância razoável do mar, perto o suficiente para as meninas correrem de lá para o mar para pegar água para seus castelos de areia, mas não perto o suficiente para Dinah que reclamou da "longa caminhada" quando tinha que acompanhar as meninas todas as vezes. Tínhamos vindo equipadas com bebidas, comida, protetor solar e todas estavam felizes. Principalmente Lauren.

No começo, ela estava muito hesitante em estar aqui. Assim que arrumamos nossas coisas, Dinah tirou as roupas, ficando apenas com um biquíni, enquanto todos os outros na praia estavam com o mesmo traje. Menos Camila e claro Lauren. Eu esperei um pouco até que eu tirasse minha roupa para ficar apenas de biquíni, porque eu não queria fazer Lauren se sentir desconfortável e bem, eu não estava totalmente pronta para Lauren, uma estranha praticamente, me ver com tão pouca roupa. Eu estava bem com estranhos na praia porque, caramba, eu nunca os veria outra vez de qualquer maneira. Mas quase todo mundo se sentia constrangido com pelo menos uma coisa sobre si mesmo. Eu me sentia constrangida sobre quase tudo. Despir-se na frente de estranhos era difícil, mas na maioria das vezes, você supera. Despir-se na frente de alguém que poderia potencialmente se tornar uma grande parte da sua vida era bastante assustador, principalmente porque o que eles pensam de você se torna algo significativo. Eu definitivamente me importava com o que Lauren pensava de mim. Eu acreditava que ela nunca julgaria alguém com base na aparência física, devido à grande extensão com que ela se julgava. Mas tente dizer isso às minhas inseguranças. Eventualmente, eu percebi que minhas inseguranças não eram nada em comparação com o que Lauren tinha mostrado de si mesma. Depois de alguns estímulos de Dinah, eu finalmente criei coragem para me despir, tentando passar despercebida por Lauren, o que Dinah revelou ter falhado.

— Ela estava babando em você, Mila. — Dinah me disse enquanto se movia para se deitar em sua toalha de praia ao meu lado. Lauren tinha acabado de pedir licença para ir comprar algumas garrafas de água frescas na loja; bebendo aqueles que ela havia comprado anteriormente por ansiedade e desconforto, e levando Emelia com ela, porque ela queria procurar mais brinquedos de praia. Ela tinha acabado de se afastar quando Dinah sentiu a necessidade de compartilhar essa informação.

— Ela não estava!

— Sinceramente. Ela não conseguia tirar os olhos de você, por mais que tentasse. — ela tentou explicar. Revirei meus olhos para ela em descrença. Eu não estava tentando chamar a atenção dela quando estava me despindo, mas eu quis saber para onde seus olhos estavam olhando enquanto eu estava fazendo isso e definitivamente não estava em mim.

— Dinah, pode calar a boca? Lauren não estava olhando para mim. Ela não iria olhar para mim

— Ela não olharia para uma garota gostosa com uma bunda cubana que está vestindo praticamente nada? — Dinah perguntou, erguendo as sobrancelhas. – Ah, tá bom. Estou surpresa por não ter visto um volume no shorts dela...

— DINAH!

— Ei Camz, Emelia disse que...

— Oh, porra! — eu coloquei minha mão sobre o peito em susto quando escutei a voz de Lauren. Eu não percebi que ela estava parada ali, eu não a ouvi se aproximar. Bem, é óbvio você não a ouviu, ela estava andando na areia!

— Mamãe, olha o palavrão! — Emelia me repreendeu.

— Me desculpe, querida, eu me assustei por um minuto. — eu soltei uma risadinha enquanto tentava regular minha respiração.

— Me desculpe por isso. — Lauren disse rindo. — Eu não queria te assustar. Mas como eu estava dizendo, Emelia quer usar o banheiro e eu não sabia se você queria levá-la ou se há algum problema de eu levá-la ou algo parecido?

— Não, claro que não. Claro que você pode levá-la. Você provavelmente não quer, então eu posso fazer se você quiser? — eu ofereci quando comecei a me levantar.

— Não, não. Tudo bem. — Lauren me disse enquanto colocava a mão no meu ombro para me encorajar a sentar. — Eu preciso ir de qualquer maneira, eu bebi água demais, então já volto. — Lauren me ofereceu um pequeno sorriso enquanto se virava e pegava a mão de Emelia nas suas. Ela perguntou a Khiara se ela também precisava ir ao banheiro e a menina rapidamente disse que sim, provavelmente porque não queria se sentir excluída, não porque realmente precisasse ir.

— Ok, então isso foi insensível da minha parte e peço desculpas por isso. — Dinah falou novamente agora que estávamos sozinhas. — Mas você não pensou nessas coisas?

— Tipo o quê? — eu perguntei curiosamente.

— Você acha que está tudo funcionando lá embaixo? — ela perguntou baixinho enquanto passava a mão em um movimento circular em torno de sua própria virilha, como se eu não soubesse o que ela queria dizer

— Dinah... — eu suspirei, balançando a cabeça.

— Mila, não estou sendo maldosa nem nada. Eu só estava pensando. Você acha que funciona?

— Ela me deu Emelia não foi? Então, sim, eu diria que está funcionando. Não tenho certeza até que ponto, mas ela pode ter filhos, então eu diria que ela está, com certeza.

O silêncio tomou conta de nós duas por um breve minuto antes de ela fazer sua próxima pergunta.

— Qual banheiro ela usa? Feminino ou masculino?

— Dinah! Sério? Ela é uma mulher. Ela obviamente usa o banheiro feminino.

— Mas ela tem um pênis?

— Dinah, que porra é essa? Você está sendo muito insensível agora! — minha frustração em relação a ela vinha crescendo desde o início dessas perguntas, mas a vulgaridade de sua fala realmente me irritou. Foi definitivamente a vulgaridade daquilo que me irritou. Não o fato de que eu realmente não sabia as respostas para suas perguntas. Era o que eu achava.

A situação de Lauren não me preocupava, nem me dava nojo, mas eu não pude evitar em também ficar curiosa. Não havíamos discutido sua condição ainda e eu não tinha certeza se conseguiríamos, apesar do quanto eu gostaria. Eu gostaria que ela se sentisse confortável para falar comigo. Eu não sabia se ela já tinha alguém em quem pudesse confiar ou conversar, mas eu gostaria de estar ao lado dela para ajudá-la. Eu gostaria de quebrar suas barreiras de verdade. Então, talvez minhas próprias perguntas pudessem ser respondidas. Mas, por enquanto, eu tinha que lidar com a insistência e a ausência de respostas de Dinah a perguntas não formuladas.

— Mila...

— Não Dinah, eu não quero ouvir isso. — eu a interrompi com um gemido de aborrecimento.

— Não olhe, desculpe, ok? Eu só... estou confusa. Provavelmente não tenho permissão para fazer perguntas a ela, não importa o quanto eu queria, então pensei em perguntar a você porque você deve saber. E você está mais ciente dessas coisas do que eu, talvez já tenha se deparado com algo assim antes? Desculpe se isso te irritou, mas você também deve estar curiosa, certo? — Dinah me explicou.

— Eu tenho dúvidas, mas é obviamente algo com que Lauren não se sente confortável, então falar sobre isso pelas costas parece errado. — eu disse com um tom solene levantando meus joelhos para a minha bochecha repousar enquanto me virava para Dinah.

— Sim, eu entendo. Estou apenas curiosa, só isso.

— A curiosidade matou o gato. — eu disse a ela, um sorriso surgindo em meu rosto divertido.

— ...mas a satisfação o trouxe de volta! — ela respondeu com um sorriso maroto no rosto.

— Ei, quem te ensinou o resto disso?

— Lauren. Surgiu enquanto estávamos no carro. Você deve está presa em seus pensamentos de novo. Ela é muito legal, sabia?

— Sim, eu sei.

Dinah e eu pensamos que essa teria sido nossa única conversa particular enquanto estivéssemos na praia, pensando que Lauren ficaria sentada ou lendo o tempo todo. Mas descobrimos que estávamos muito erradas.

Depois que ela e as meninas voltaram, Lauren nos contou como ela nunca tinha feito um castelo de areia, então Khiara e Emelia estavam ansiosas para mudar isso. Lauren segurou a mão de nossa filha por todo o caminho até chegar ao mar, onde coletaram água e começaram a construir seus castelos de areia. A felicidade absoluta no rosto de Emelia enquanto ela observava sua outra mãe aprendendo a fazer castelos de areia e amando cada minuto disso era um momento que eu queria valorizar. Elas estavam bem longe de onde Dinah e eu estávamos sentadas, então eu não conseguia ouvi-las falar, mas estava claro o quanto as duas estavam se divertindo. As duas garotas estavam rindo de tudo que Lauren tinha feito para elas e tudo que Lauren tinha feito de errado. Construir castelos de areia não era um processo difícil e estava claro que Lauren entendeu imediatamente, mas se isso significasse que ela iria manter nossa filha divertida, ela iria errar várias e várias vezes.

Eventualmente, Khiara veio sentar-se com sua mãe e eu enquanto nós três assistimos Emelia e Lauren, que inicialmente estavam aperfeiçoando a habilidade da mulher mais velha em fazer castelos de areia, mas depois passaram a jogar água do mar uma para a outra e procurar conchas bonitas.

— Lauren vai ficar muito com a gente agora? — Khiara perguntou, olhando para mim.

— Acho que é isso que a Emelia quer. Isso seria bom?

— Sim. Eu gosto dela. Todos nós gostamos dela, eu acho. Você gosta dela, tia Mila? — ela perguntou curiosa. Dinah soltou uma pequena risada e murmurou "pode apostar que sim" baixinho.

Antes que eu pudesse responder, Emelia veio correndo em nossa direção, gargalhadas não desaparecendo de seus lábios enquanto Lauren a perseguia. Nossa filha caiu no meu colo em busca de proteção, lágrimas transbordando de seus olhos pelo tanto que ela estava rindo.

— Oh isso mesmo, vá para a sua mamãe. Ela vai te proteger. — Lauren zombou enquanto caia na minha toalha de praia como Emelia tinha feito, seus dedos fazendo cócegas em Emelia.

— Não... não, mamãe! — Emelia quase gaguejou entre risos e lágrimas enquanto lutava contra Lauren. Lauren finalmente desistiu de fazer cócegas em nossa filha quando nenhum barulho veio de Emelia, rindo tanto que ficou sem som. Dinah voltou a se bronzear enquanto Khiara se aninhava ao lado dela, espalhando partículas de areia na pele da mãe. Eu estava sentado na minha toalha de praia com Emelia no meu colo, ainda me recuperando do ataque de cócegas de Lauren, e Lauren sentada aos meus pés. Ela continuou a provocar nossa filha com cutucadas leves em sua pele, nós três sorrindo ao mesmo tempo com seu comportamento infantil.

— Mamãe? Você poderia colocar protetor nas costas da mamãe? Eu acho que ela está queimando. — Emelia pediu quando um momento de silêncio caiu entre nós. — Eu sempre faço errado. — Emelia nunca tinha passado protetor solar em mim antes?

— Erm, sim, claro! — Lauren hesitou em aceitar, movendo-se para se sentar na toalha de praia atrás de mim. — Você quer ficar de joelhos?

— Ok, sim. — eu concordei. Tirando Emelia do meu colo e colocando-a sobre a toalha na minha frente, me sentei de joelhos, então eu fiquei na altura certa para Lauren. Eu não tinha certeza se nós duas tínhamos percebido isso completamente antes, porque ela permaneceu sentada de lado, o que significa que minha bunda estava quase na altura da cabeça dela. Ela soltou uma pequena tosse para me avisar que ela também não tinha percebido o quão comprometedor era a posição. Ela também ficou de joelhos e começou a passar o protetor solar nos meus ombros e na parte superior das costas, evitando as alças da parte superior do meu biquíni completamente.

— Devo passar na sua parte inferior das costas também? — ela me perguntou hesitante, eu murmurei que sim. Suas mãos fizeram maravilhas na minha pele e eu não pude deixar de agradecer silenciosamente Emelia por ter uma ideia tão boa. Ela usava a ponta dos dedos para massagear a loção na minha pele e cada vez que ela espalhava o líquido nas minhas costas, seus dedos se moviam para os meus lados, me fazendo contorcer a cada vez. Mais uma vez, ela não chegou perto das bordas do meu biquíni para colocar o protetor no cós da parte de baixo do biquini. Eu normalmente me bronzeava com muita facilidade naquele local, mas eu sabia que Lauren não iria querer ultrapassar os limites que ela estabeleceu para si mesma.

— Quer dar uma volta antes de irmos?

Fazia cerca de uma hora desde que Lauren tinha passado protetor em mim e ela voltou a ficar tímida. Eu não consegui falar com ela sozinha desde que chegamos aqui. Não que eu tivesse algo específico que quisesse discutir com ela, mas já no pouco tempo que a conheço, eu sabia que ela me interessava e sabia que ela era única e queria conhecê-la. Cada pedaço dela.

— Sim, claro. — Lauren sentou-se de onde estava brincando com Emelia e as conchas que encontraram. — Depois de você. — ela estendeu o braço em direção ao mar.

— Então eu pensei que você não gostasse da praia? — perguntei a ela com um sorriso no rosto. — Você parece ter se divertido?

— Eu nunca vim à praia, — ela deu de ombros — Eu presumi que não iria gostar. Mas eu me diverti muito. Obrigada por me trazer aqui. Obrigada por me fazer sentir tão culpada quando disse que não queria ir. — nós duas rimos disso em memória.

— De nada, — eu disse, piscando para ela presunçosamente. — Não acredito que você nunca tenha ido à praia.

— Sim, bem, eu nunca me senti confortável com isso. Ainda não sou, se eu for totalmente honesta. Quer dizer, eu estou bem, mas acho que sempre ficaria desconfortável em situações como essa.

— Você tem que mudar coisas na sua vida então? Você pode fazer as coisas que deseja ou se interrompe porque se sente desconfortável em determinados cenários? — nós estávamos caminhando ao longo da orla marítima, nossos pés estavam mergulhando na água quando a maré subiu mais e ela parecia tão tranquila. Eu não queria deixá-la estranha, mas também sabia que ela se sentia confortável comigo. Agora era apenas dependente de até onde eu poderia ir com essas perguntas até que também mudasse para uma sensação de desconforto.

— Minha vida sempre foi muito estranha por causa da minha condição, mas eu cresci me adaptando com ela. Eu não mudo nada agora, mas isso é porque eu tive que alterar a maneira como levo minha vida em comparação a como os outros fazem desde o início. Eu vivo uma vida "normal", mas tenho que evitar ser exposta ou algo assim, porque, confie em mim, não é bom quando isso acontece. Não aconteceu muito, mas isso te arruína, é horrível. Obviamente, há um grande estigma associado a ser intersexo, principalmente porque as pessoas realmente não entendem isso, então elas apenas recorrem à discriminação. Então, tento evitar isso, com medo de que todos que conheço sejam iguais. — ela explicou, sem tirar seus olhos da areia em que ela está caminhando.

— Então, você não vem à praia? Isso é uma das coisas que você teve que fazer?

— Eu só não estou confortável com isso. Como hoje, estou usando calças largas no calor escaldante simplesmente porque eu não gostaria de usar algo menos. Não posso usar nada apertado porque fica óbvio. Obviamente, não posso nadar ou ir para a academia devido aos vestiários. Meu corpo é muito feminino para vestiários masculinos, mas eu tenho um pênis, então também é inapropriado para femininos. Portanto, tenho que fazer mudanças em minha vida, obviamente. Por um lado, eu não sei nadar por causa disso. Eu não podia nadar quando criança, então provavelmente me afogaria se fosse jogada em uma piscina.

— Isso é... Nossa. Não vou nem tentar entender como você se sentiu quando estava crescendo. Ou até mesmo agora. Deve ter sido uma merda.

— Sim. — ela soltou uma pequena risada do meu choque. — É uma merda. Mas, como eu disse, vivi com isso a minha vida toda. Eu não tenho que mudar mais nada. É normal.

Como essa mulher podia simplesmente aceitar tudo diferente em sua vida era incrível. É claro que ela não gostava de viver assim, mas considerava isso tão normal que apenas ria. Ela era tão forte. E tão corajosa. E eu nem sabia sua história completa.

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