Princesa?Eu?

By Sindybeatriz09

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Eu era uma garota normal, mas estava no lugar errado na hora errada, e derrepente um anel e uma coroa estavam... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Gritos, luta e medo.
A meia noite ( editado)
Minha Flor (editado)
Decepção
O carrossel nunca para de girar
Entre irmãos
Vergonha alheia
Péssimas notícias
Aviso
Volteiiii
De volta ao Lar
Meus pêsames
Socorro!
Resgate
Meu baile?
Meu baile? #2
Captura
Calmaria
Recado!
Joseph? Jackson?
Invasores
Dia de Viajar
Um Novo Reino
Eu... Aceito?
Casa Comigo?
Brincadeiras Reais
Em um casamento?!
Adultos e Civilizados
Quem Cair Perde
Dama de Companhia
Doces caminhos
Herança
Turbulência
Elite
A Verdade
Nosso Baile!
Destino
Pronunciamentos
Tudo Novamente...
Natal - Memórias
A Revelação
Íntimos
Jackson Miland
Helena Schaefer
Em Outra Vida
Pera aí rapidão!
Superar Juntos - Maratona 1
Tempo - Maratona 2
Corre Aqui!
Rotina
Joseph Miland
Capítulo 63
Capítulo 64

Jackson - Maratona 3

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By Sindybeatriz09

Estou acordado faz um bom tempo, Allice ainda dorme serenamente ao meu lado, segurando minha mão como se nossas vidas dependessem disso.

Talvez dependam na verdade. Não sei mais o que está acontecendo comigo, com ela e nem com ninguém. Preciso de respostas mas tudo o que tenho são perguntas, minhas próprias perguntas.

Eu tenho me esforçado ao máximo para ser paciente e ajudar minha noiva com tudo o que ela está passando. Sou o homem mais grato do mundo por tê-la novamente e posso soar como o ser mais egoísta por estar feliz com ela aqui, não importa as consequências.

Não estou dizendo estar contente com o que ela passou e está lutando agora, mas estou totalmente feliz por pelo menos poder sentir o calor de sua pele novamente. Os meses sem sua presença foram como a morte para mim.

Não posso correr o risco de passar por aquilo novamente, consegui aguentar duas vezes mas, uma terceira? Já não tenho certeza. Sabe se lá quanto tempo poderia se passar até ela voltar novamente. Allice não se mostra preocupada com sua segurança, na verdade ela parece não estar se importando com a própria vida nesse momento.

Sempre que abordamos o assunto é com os outros que ela está preocupada, é a vida alheia que ela quer salvar. E para que eu serviria se não para zelar pela vida dela? Ela quer proteger a todos mas não se lembra de que também está em perigo.

Juliana, a psicóloga que eu mesmo avaliei e contratei, nos disse para ter calma que a situação vai melhorar. Mas até mesmo os pais de Allice parecem estar achando que não há mais chances para ela voltar a ser o que um dia foi.

Informaram que já ouve casos como esse na família, o gatilho foi uma situação estressante e traumática, e a solução dos acometidos pela mesma situação foi... suicídio. Allice não tem passado muito tempo com eles, parece que se desentenderam quando a mãe disse algo sobre ser apenas frescura. Claro que eu não pude me intrometer em assuntos familiares dessa forma, mas tratei de ocupar a mãe dela com algumas funções extras... nada pesado nem que tire vantagens em cima dela.

Apenas coisas como ajudar algumas empregadas nas decorações já que é a profissão dela também. Mas que parece tomar boa parte de seu tempo, dando a Allice mais espaço.

Não sei se alguma das duas percebeu minhas intenções mas até agora está tudo fluindo com calma e ordem. O pai dela é bem diferente da esposa, parece estar preocupado com a sanidade da filha, e as oportunidades que tive de passar um tempo com ele me fizeram sentir um pouco de inveja de suas herdeiras por terem tido alguém como ele no posto paternal.

Ele parece ser um homem bem atencioso, e até se ofereceu para me ensinar a pescar um dia. Eu aceitei claro, fiquei animado com a oferta de um dia parecido com o que pai e filho costumam ter.

Meu... hum... Joseph está se recuperando aparentemente, os médicos disseram que está mais devagar do que o normal. Mas que ainda há grandes chances de uma melhora.

Helena parece estar realmente apaixonada por ele, uma pena já que terá que ser punido de alguma forma por seus crimes. Meu pai não sabe como aliviar a situação para ele, eu já avisei que não vou ajudar e nem se quer cooperar com isso. Por mim poderiam jogá-lo nas masmorras e trancafia-lo por uma década. Todo o dano que nos causou não tem perdão, não com tanta facilidade. Posso parecer um homem ruim por pensar assim de alguém que teoricamente é parte da minha família, mas estou pouco me impontando para o que parece agora.

A minha Seleção já terminou faz um tempo, e a naturalmente a mídia já especula sobre meu futuro matrimonio com Allice. "Ninguém faz tudo o que ele fez se não por paixão", foi o titulo de uma das matérias publicadas. Errados não estão, mas com a Allice assim não podemos oficializar nada. Mas esperei por essa garota todo esse tempo, não tenho o menor problema em esperar mais.

- Para de ficar me encarando assim. - murmura escondendo o rosto em baixo da coberta me fazendo rir.

- A beleza deve ser apreciada. - ela abaixa o cobertor branco até a altura dos olhos. - Bom dia. - sem descobri-la puxo seu delicado corpo mais para cima a abraçando.

- Bom dia. - sua voz soa rouca me causando um discreto arrepio, tudo nessa garota me tenta. - Que horas são?

- Acredito que umas nove e meia. - arregala seus olhos castanhos deixando evidente boa parte branca.

- Santo Caramelo! Perdemos o café e o Rei vai te infernizar por isso... - sorrio a deixando confusa.

- Não se preocupe com isso. - um raio corta nossa conversa a fazendo tremer e se assustar com o som alto e aparentemente bem próximo. Acho que entramos na temporada de tempestades... anualmente temos algumas semanas bem turbulentas por aqui. Aproximo mais nossos corpos tentando lhe passar segurança.

- Não quero que você acabe recebendo sermão por ter ficado de vigia. - ela acha que eu sou seu vigilante pessoal, provavelmente seja verdade. Não gosto da sensação que tenho toda vez que penso que ela está sozinha, desprotegida. - Eu sei que ele te dá várias broncas por ficar fazendo isso.

Realmente, meu pai odeia o fato que eu fique com ela. Ele acha que Allice é um empecilho para meu trabalho, que ela me distrai. E ele está certo quando diz que ela é uma distração, a melhor de todas, mas está totalmente equivocado na parte do "empecilho". Mal sabe ele que só estou continuando com essa história de assumir o trono para proporcionar a vida que Allice merece, e mesmo assim não há dinheiro no mundo que chegue perto disso. E também por que eu não quero aquele lá, governando esse país.

- Sabe que não me importo com isso.

- Mas eu sim! Não quero carregar a culpa de ter destruído o que vocês tem, ou deveriam ter, como pai e filho. - Rio de sua frase.

- Meu amor, meu pai e eu nunca tivemos essa relação. É algo mais para Rei e Herdeiro, apenas profissional.

- Hummm... mesmo assim. - beijo seus cabelos e me levanto.

- Vou pedir para trazerem seu café aqui, tenho uma reunião daqui a pouco e não poderei te acompanhar. Me desculpe. - caminho na direção do banheiro e entro deixando a porta aberta.

- Não tem problema, Juliana me disse para ir vê-la agora pela manhã... - ouço ela suspirar e se debater entre as cobertas, Allice detesta as sessões. Não entendi bem o por que mas, parece que ela se sente uma louca problemática com distúrbios mentais e que acha que deveriam amarra-la em um colete de força branco para o pacote ser completo. Escovo os dentes e saio do banheiro.

- Logo acaba isso e você está livre da senhorita Juliana. - encosto no batente da porta e fico a observando, deitada no meio da cama, com lençóis e cobertas todos revirados, com as pernas e braços abertos, enquanto encara o teto. Parece apenas uma criança. Uma linda criança.

- Não vejo a hora. - vira seu rosto em minha direção.

- Vou tomar banho quer usar o banheiro antes, ou junto? - digo e tenho a mais privilegiada visão de suas bochechas adquirindo o mais delicioso tom de vermelho.

- An-antes. - se levanta e passa quase correndo por mim e por pouco não me dá com a porta no rosto. Rio sozinho e espero ela sair, sinto um imenso prazer em faze-la ficar assim envergonhada, claro que no bom sentido, apenas com brincadeiras. É extremamente divertido ver seu lado tímido dar as caras. Aproveito que ela está lá dentro e peço para trazerem seu desjejum, não terei tempo para lhe fazer companhia...

Gostaria de poder me dedicar cem por cento a ela, mas com meu pai e com os deveres que ele me dá diariamente, fico surpreso que ainda posso passar as noites ao seu lado. Se dependesse de Charles eu seria uma maquina de aniquilar a papelada que ele não quer resolver. Não vejo a hora na qual ele se aposentara e sumirá para algum lugar distante, isolado e de difícil acesso.

A parte ruim de quando esse dia chegar será "perder" minha mãe, ela é quase uma santa por aturar aquele demo... digo, aquele homem durante tantos anos. Espero que quando envelhecer eu não fique parecido com ele, ter ligação genética e convivência diária com ele já é castigo para duas vidas inteiras. Não bastava apenas Charles, tenho que aturar Joseph também! Com todos esses acontecimentos... comecei a acreditar em reencarnação, e parece que na minha vida anterior eu devo ter sido a pior pessoa que posso imaginar!

- Sabe, a gente podia acampar né? - vejo Allice saindo do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e uma outra em sua mão enquanto a desliza pelos cabelos molhados. Mudei de ideia, em minha vida passada eu devo ter sido um anjo, e essa é minha recompensa por ter sido a melhor pessoa do mundo.

- O que? - fico congelado apenas a observando se movimentar pelo quarto espalhando uma fragrância de lavanda, adoro quando ela toma banho aqui... seu cheiro fica durante horas em minhas roupas.

- Acampar, montar uma barraquinha no meio do mato... - sua voz diminui quando entra no closet. - Ver as estrelas de noite.

- No mato tem aranhas, cobras, e insetos nos quais você detesta.

- Ah... mas você estará lá para me manter a salvo deles. - e quem irá me salvar deles!?

- Claro, claro. - entro no banheiro e fecho a porta. Tiro minhas roupas e abro o registro do chuveiro, as coisas estão calmas ultimamente.

Tenho a péssima sensação de que não acabou ainda... que falta mais alguma coisa. Algo que eles pretendem fazer e de acordo com minha intuição, será muito em breve. Allice deve estar certa sobre eles estarem esperando noticias de Joseph. Afinal quando grande parte da guarda saiu, no dia seguinte ao resgate, para averiguar o esconderijo que achamos, o Castelo ficou com suas defesas vulneráveis como nunca antes.

Faz poucos dias que Allice voltou, quatro para ser exato. Não é um período de tempo suficiente para tirar as conclusões que estou tirando, mas algo me diz para manter um pé atrás sobre toda e qualquer decisão pelas próximas semanas. Algo indica que seremos atacados em breve, assim que o Jornal Real anunciar o estado clinico de Joseph já devemos estar preparados para um confronto. Decidi não comentar isso com mais ninguém, preciso ter mais informações antes de criar um alarde.

Termino de me lavar e me seco enrolando a toalha em minha cintura logo em seguida, arrumo meus cabelos molhados e saio do banheiro. Para dar mais trabalho ao meu coração encontro Allice sentada no parapeito da sacada, sem pensar direito vou quase correndo ver o que ela está fazendo lá.

- Olha dá para ter uma bela visão daqui. - meu quarto fica voltado para a floresta, dá para avistar arvores, um rio e parte da cidade. Me posiciono perto o suficiente para poder agarra-la caso se desequilibre.

- Sim, realmente. - o vento bate em seus cabelos úmidos os fazendo voar levemente para trás junto com o tecido de seu vestido verde claro. - Não prefere descer daí? - ela balança as pernas fazendo um teste cardíaco em mim, se essa mulher cair...

- Puff... - solta o ar pesarosamente e concorda com a cabeça. - É de fato uma bela vista.

Passo meus braços por sua cintura e a puxo para perto de mim, lhe dando um abraço e a salvando do perigo no qual estava exposta. Aproveito a nossa proximidade e inalo o aroma de flores que seus fios castanhos emanam. Ela se vira sorrindo para mim, mas seu olhar desce de meu rosto para meu peito e... ah caramba!

- Ja-Jackson... o-olha o que a-acha de por uma r-roupa... - suas bochechas se tornam duas rodelas de tomates, e devo admitir que as minhas também. Oras, eu a abracei apenas de toalha! Me afasto rapidamente e sem dizer uma palavra me enfio no closet. Não vou dizer que foi uma péssima experiência, longe disso. Mas não foi nada descente! Coloco meu traje diário, calça e sapatos sociais, camisa marinha, gravata, e por fim um terno preto. Me recomponho e volto para o cômodo principal.

- Já estou indo, se precisar de mim estarei em minha sala. - me aproximo dela que ainda tem as bochechas coradas e beijo de leve seus lábios avermelhados. - Assim que possível eu volto para lhe fazer companhia.

- Ta-ta bem. - saio com um sorriso convencido nos lábios, é inevitável não sorrir assim quando ela está por perto. Saio do quarto indo direto para o escritório do Rei, quando eu assumir não virei para essa sala nem a força. Não quero nada que me lembre desse homem sem escrúpulos.

- Entre. - Charles diz assim que um dos guardas bate em sua porta. Faço o que ele diz e me posiciono bem próximo a porta, para poder correr caso ele comece a soltar fogo pelas narinas. - O que você quer? - além de te mandar embalado com um lacinho para os quintos dos...

- Você me convocou ontem. - ele expele o ar com raiva e indica a cadeira a sua frente para que eu me sente.

- Vou ser direto Jackson, por quanto tempo mais vai insistir nessa loucura? - e lá vamos nós outra vez.

- Você já está ciente da minha decisão.

- Pare de insistir em um caso perdido, garoto! Abra seus olhos e veja as oportunidades, para que você fica correndo atrás dessa menininha problemática? - retira seus óculos e os joga sobre uns papeis.

- Olhe como você fala dela!

- Abaixe sua voz para falar comigo moleque! Eu já deixei essa palhaçada ir longe demais, deveria ter posto um fim nisso no momento em que quis fazer sua Seleção! Você deveria ter se casado com a princesa Anastácia como o planejado. - ele pega uma caneta e começa a escrever algo.

- O que está fazendo?

- Vou anunciar ao pai dela que o acordo se mantém, que sua loucura já passou. - me levanto e chamando sua atenção.

- Minha sanidade está intacta, já a sua por outro lado precisa ser examinada! Se diz justiceiro mas não passa de um hipócrita, se casou por amor e seu filho não possui o mesmo direito? - meu peito sobe desce, igual ao dele.

- Amor? Você acha que amo sua mãe? - ele ri sem humor algum. - Me casei com Theodora por obrigação, não seja tolo Jackson! Eu fui obrigado a isso, se descobrissem um bastardo eu seria condenado, não tive escolha. Acabe com essa sua brincadeira antes que se veja na mesma posição que eu.

- Não venha se fazer de vítima agora, e fique fora dos meus assuntos pessoais!

- Se não o que? - ele se levanta e me encara com ódio nos olhos. - Você só não foi exilado como o outro por que descobriram da gravidez dela, mas se dependesse apenas de mim você Jackson, não estaria nem vivo.

- Pare de falar asneiras. - dou meia volta e coloco a mão na maçaneta. - Fique longe da Allice, e se minha mãe acabar machucada eu mesmo me livro de você quando for rei.

- Se você for o Rei. - não me mexo, o que ele está tramando agora? - Minha estratégia para livrar Joseph das acusações é infalível, e se tudo correr bem, antes que ele acorde a "Lei do Primogênito" já estará em andamento.

- Que Lei é essa?

- A que afirma que o filho primogênito é quem vai assumir ao trono, e não há nada que mudara isso, nenhuma eleição fajuta. Apenas a morte.

- E o que você ganha com isso?

- Joseph está ansiando por alguém que ocupe seu vazio paternal, pouco o importa se o pai o manipular. Minha oportunidade de governar por mais algumas décadas, filho.

- Isso não vai terminar assim.


Maratoninha de três capítulos para vocês!!!

Desculpem a demora, comecei a ler Harry Potter e minha vida se tornou apenas isso hahaha

Esse rei de meia tigela já está me dando nos nervos! Hora de alguém fazer algo a respeito...

Beijos! Até o Próximo Capítulo!

Não Esqueçam da Estrelinha!

Sindy B.

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