Maria Eduarda Fernandes
Madu, 18 anos
Luiza Silva
Lu, 19 anos
Luan Silva
Deco, 24 anos
Carlos Eduardo
Cadu, 23 anos
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Deco 🚀
Sai do futebol com os cara na maior paz, tem coisa melhor não pô, fazer os corre do dia e terminar assim, jogando pelada com eles.
Xt : Chefe. -Me gritou da esquina e eu parei pra esperar ele, e aproveitei pra secar o suor da minha testa com a blusa.
Deco : Manda aí. -Falei normal e ele parou do meu lado, fazendo um toque comigo.
Xt : Pô, tem uns lance aí, Madu acabou de chegar no morro, de mala e tudo, acho que a gata voltou de vez.
Deco : Sério pô? Fico feliz por ela. Luiza já sabe? -Me referi a minha irmã e ele deu de ombros. -Valeu aí.
Xt : Tu quer que os cara vai lá? Fornecer ajuda e os caralho? -Neguei na hora.
Deco : Deixa quieto, eu mermo resolvo. -Ele saiu e eu continuei subindo pra minha goma.
Maria Eduarda é uma mina 10, na moral mermo, máxima consideração por ela, bate idade com minha irmã, e as duas foram criadas juntas.
Porém, há um ano atrás mais ou menos, a mina entrou numa depressão do caralho, braba mermo, falava com ninguém.
Tentou se matar umas três vezes, a quarta quase deu certo, aí a família mandou internar.
Deu dó pra caralho, aquela situação toda, porque porra, tu vê uma menina mó bem, cheia de potencial, gata, tentando abrir mão da vida, tá ligado?
Ai foi isso, tem mais de um ano que ninguém aqui vê ela, mina deu chá de sumiço em geral, espero que ela realmente esteja bem.
Tomei meu banho na moral, vesti tanto a blusa quanto a bermuda da Nike e fui fazer um pão com ovo pra mim.
Luiza : Fala patrão. -Entrou na cozinha zoando e me deu um beijo na bochecha. -Caralho, tu ta sabendo?
Deco : Da Madu? -Ela assentiu. -Ta na minha mente, como é que ela tá?
Luiza : Completamente diferente do que era, achei ela bem pra baixo, sei lá, mas no geral ela tá bem, só tá diferente.
Abri uma latinha de coca e puxei a cadeira, Luiza sentou com uns cadernos e ficou lá estudando, mas toda hora parava, pra falar da Maria Eduarda.
Mas aqui em casa, somos só nós dois, a Sol e a Lulu. Sol é a cachorra, Lulu é a galinha da Luiza, é pô, a menina tem uma galinha, sei pra que também não.
Mas sempre foi assim, crescemo sem mãe, morreu no parto da Luiza, e meu pai só ficava por conta do sustento da casa, no comando.
Morreu em campo pô, tem uns oito anos isso, aí eu peguei a responsabilidade da casa, antes eu, no erro, do que a Lu em vida ruim.
Sempre ofereci o melhor pra ela, ao troco da liberdade e da felicidade dela, apenas, mó orgulho da minha neguinha pô.
Faz faculdade e tudo, mó esforçada, inteligente, banco mermo, tô pouco me fudendo pro que vão falar.
E fico na cola, desses menó que fica com ideia errada, minha irmã merece coisa a altura, se fosse pra da ideia pra cara que só quer saber de f1 e jogar free fire, não tava aqui.
Luiza : Passa lá na Madu, Luan, geral se afastou, se a gente ficar perto ela não se sente desconfortável.
Escovei meus dentes, peguei minha nave e piei pra boca, resolvi uns lance, e desci pra casa da Madu.
Bati no portão e quem me atendeu foi a irmã dela, com a cria dela no colo, a mina assustou mermo.
Sou tão feio?
Deco : Vim ver tua irmã. -Entrei na casa dela. -E ai truta, suave? -Filho dela fez beleza pra mim e eu ri.
Lorena : Tá no quarto, primeira porta a direita, só entrar. -Falou normal e eu fui.
Bati duas vezes na porta e abri, vendo ela deitada em baixo do edredom, assistindo winx, saudável né.
Deco : Ai, eu quero ser a Bloom. -Falei bem gay mesmo e ela me olhou escondendo o riso. -Pô, tu não é maluca de ficar de baixo disso aí nesse calor do Rio.
Madu : Não faz esse trocadilho que eu fico chateada. -Falou na brincadeira, mas bem triste mermo cara.
E te falar, ela tava a merma coisa, só que com o cabelo maior, sentei ali na poltrona e ela encostou na parede da cama.
Deco : Não vou perguntar se tu tá bem porque a resposta é óbvia, mas vou te perguntar, pra que em cara? -Cruzei os braços e ela olhou pra janela.
Madu : Muda o disco, nesse ano foi o que eu mais escutei da galera. -Falou e eu neguei.
Deco : Não tô te perguntando o porque, pra isso eu sei que tem motivo, tô te perguntando, pra que? Tu acha que a morte ia resolver, mas não sabe o que rola depois dela.
Madu : No momento, qualquer coisa era melhor do que eu tava vivendo.
Fiquei trocando ideia com ela mó cota, mas não é a merma coisa, antes ela era igual um papagaio, agora não, se fechou mermo.
Deco : Vou ter que vazar agora. -Desliguei o celular e ela revirou os olhos. -Pô, sei que a saudade de mim é grande.
Madu : Vai na paz, tô dando glórias aos céus. -Neguei com a cabeça e ela levantou pra me da um abraço.
Deco : Senti sua falta cara, da uma dessas mais não. -Dei um beijo na bochecha dela, que me acompanhou até a porta.
Madu : Valeu, pela visita. -Falou baixo e fechou a porta assim que eu sai.
Depois de um tempo, piei pra Nova Holanda, resolver umas parada de alta necessidade, e voltei, pronto pra dormir.
(…)
se gostarem eu continuo assim que terminar a outra fic [Liberdade]