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Madu 🪐

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Algumas semanas depois

Acordei a tardinha com o barulho da chuva e eu já senti um calafrio no meu corpo. Era a semana da Cecília nascer, e minha angústia só aumentava.

Eu chorei tanto essa semana, por querer o Deco aqui comigo, passando por essa fase comigo. Eu fui no banheiro fazer xixi e senti uma dor imensa, levantei com medo e olhei pro chão quando eu vi que a bolsa havia estourado.

Eu gritei o Ronan e ele apareceu na porta do banheiro, me olhou e me ajudou a descer as escadas, enquanto ligava pra um dos meninos do morro.

A bolsa maternidade já estava no carro, por uma questão que eu preparei antes mesmo. Eu errei e ele foi pro outro lado desesperado, pra chegar no hospital logo.

Madu : Tem como ir mais rápido? -Falei nervosa e ele tentou acelerar o máximo que deu. Eu passei a mão na minha barriga, respirando fundo, e entrei nas mensagens da Luiza, mandado diversos áudios chorando pra ela, que mandou eu me acalmar, e falou que iria pro hospital também.

Assim que a gente chegou a enfermeira me colocou em uma cadeira de rodas e o Ronan foi passando todos os meus dados, enquanto eles me encaminhavam pra uma sala separada.

Colocaram a roupa descartável em mim e eu comecei a controlar minha respiração.

-Você tem acompanhante? -A doutora perguntou e eu neguei com a cabeça. Ele tava na minha mente, só eu sabia o quão ele sonhava com esse dia.

-Doutora, ela vai entrar com ela. -Eu olhei pra frente e vi a Luiza, com a toquinha e a roupa também. Ela sorriu e se aproximou de mim, apertando minha mão.

Luiza : Tô com você, vai da tudo certo. -Eu concordei e depois eu nem lembrei de muita coisa. As constatações eram fortíssimas, mas eu fazia de tudo pra vê o rosto da minha princesa.

E eu juro, que quando colocaram ela no meu colo, eu senti um misto de emoções que nunca havia sentido. Minha vontade era proteger e livrar ela de todo o mal.

Era a cara do Luan, não tinha onde colocar nem tirar. Meu milagre e minha maior força, era a minha filha.

(…)

-Oi Maria Eduarda, bom dia, tudo bem? -Uma médica entrou no quarto, me acordando logo cedinho, e eu já imaginei que seria a hora do mama da Cecília. -Como passou a noite, com os pontos?

Madu : Tudo bem. -Respondi. -E minha filha?

-Ela ta no quarto com os outros recém nascidos, eu vou te acompanhar até la, pra você amamentar ela, ai a gente aproveita e fala dos exames que ela vai precisar fazer, mas tudo dentro do normal. Pode fazer suas higienes pessoais, que eu vou te aguardar.

Eu levantei e fiz tudo o que precisava, eu fiquei bem depois do parto, como foi normal, minha recuperação graças a Deus foi perfeita, então eu tava fazendo tudo sozinha.

Luiza passou a noite comigo, foi em casa pegar umas roupas e disse que voltaria pra passar comigo até eu receber alta.

Madu : Prontinho. -Falei e ela concordou, andando do meu lado. Eu fui acompanhado ela, que entrou no corredor principal.

-Fica na próxima ala, ta? -Concordei. -É ótimo a sensação de ser mãe, né? A gente morre de amor, de raiva... -Falou e eu ri.

A gente foi passando pra outra clínica, que ficava do outro lado do estacionamento, e do nada um carro preto apareceu, um homem me puxou pra dentro e eu gritei, não entendendo o que estava acontecendo.

-Cala tua boca ou eu te mato e nunca mais você vê a sua filha. -Passou o cano da arma nas minhas costas, subindo pra minha cabeça e eu comecei a ficar desesperada, enquanto chorava.

Demorou cerca de uma hora mais ou menos até eles me colocarem em um galpão. Eu não tinha noção nenhuma de onde eu estava, ou o porque daquilo tudo, mas meu desespero era grande, principalmente pela Cecília.

Pelé : Norinha. -Ele falou entrando no galpão e eu percebi que era o pai do Deco, minha respiração começou a ficar descontrolada e ele se aproximou de mim. -Como vai o luto do meu filho querido em?

Madu : O que você quer hein? -Perguntei nervosa e ele riu sarcástico. -Eu não tenho nada que favoreça a você, me deixa.

Pelé : Tem sim. -Falou olhando nos meus olhos. -Quero saber da minha netinha, onde ela tá em?

Madu : Onde ela ta? -Perguntei. -Como assim onde ela tá? Você mandou me sequestrarem no hospital, e ainda pergunta onde ela tá?

Pelé : Eu não sou burro Maria Eduarda. -Deu um tapa forte na minha cara. -Sua filha não está lá, acha mesmo que eu queria você? Iria me servir pra que? Você é insuficiente. -Foi falando e eu chorando, mais e mais. -Com quem tá a menina? Por que ela não tava no hospital com você?

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Aos trancos e barrancos a maratona saiu kkkkkkkkkkkkkkk amo vcs, daqui um mês eu volto

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Recomeçar [M] Where stories live. Discover now