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Alguns anos ATRÁS

Verônica 💣

30/12/2016

Soltei o peso e sentei, respirando ofegante. Peguei minha garrafa e bebi a água, sentindo o olhar dela cravado em mim.

C. Glória : Você consegue ser mais forte do que isso, Verônica. -Falou e eu continuei respirando fundo. -Olha pra mim, você estar em uma das maiores equipes do Rio de Janeiro, não quis entrar? Não disse que achava interessante? Agora eu quero vê, você aguentar.

Verônica : Mãe... -Falei e ouvi o salto dela fazer barulho no chão, se aproximando de mim, parando na minha frente.

C. Glória : Aqui eu não sou sua mãe, já te avisei. É Coronel, Verônica. -Passei a mão no meu rosto e levantei meu rosto, encarando ela. -Você não pode ser fraca, não posso ser vista com mal olhares, de pessoas achando que eu estou te dando privilégios, só por você ser ser minha filha, acontece que já é um privilégio né, com 20 anos e você aqui.

Verônica : Acontece, que eu não sou fraca, mãe. -Levantei do banco e fiquei de frente pra ela. -Confessa que eu sou a melhor soldada que vocês tem aqui, pode ter sido por você, eu ter sido aceita, mas não é por você ser minha mãe, que eu permaneço. Você sonha mesmo, que quando eu passo pelos corredores desses quartéis, eles comentam "É a filha da Coronel"? É óbvio que não, eu ando nesses corredores e eu só consigo ouvir "É ela que não errou nenhum alvo no tiroteio." "É ela, que fechou todas as provas, físicas e psicológicas do batalhão". Nada é sobre você! Sou eu.

C. Glória : Você é uma abusada, igual o teu pai mesmo né? -Perguntou rindo e eu fechei meus olhos. -Quando ele morreu, achei que iria me livrar desse deboche todo. -Ela me abraçou e eu passei meus braços nela. -Como eu te amo, minha filha.

Verônica : Eu também, amo muito! -Separei dela, olhando no rosto. Minha mãe só tem essa pose mesmo, no serviço, onde ela é também minha chefe.

Mas é minha melhor amiga. O que restou de mim, depois que meu pai morreu em campo, a diferença é que nós morávamos em Pernambucano, mas mês passado, a gente voltou pra cá, pra nossa cidade, Rio de Janeiro, onde eu nasci e vivi até meus 5 anos.

C. Glória : Eu preciso conversar com você. -Sentou e eu sentei também. -Vieram conversar comigo hoje, querem que você entre de informante, na Penha, mas eu não...

Verônica : Eu vou! -Falei, cortando ela. -Faço o que for necessário, mas eu vou!

C. Glória : Não é tão fácil como você imagina, Verônica, deixa de ser impulsiva pelo menos uma vez na vida.

Verônica : Eu já tô aqui, não recuso serviço e a senhora sabe. Fácil eu sei que não é, por isso eu quero! A gente não conseguiu prender o bandido que matou meu pai, mãe. Mas o que eu conseguir tirar da facção dele, eu vou tirar. Vou honrar a morte do meu pai.

Nem que pra isso eu tenha que morrer!

(…) 02/03/2017

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