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Curtam e comentem meus demgo/

Deco 🚀

Puxei a cadeira ouvindo gente pra caralho no meu ouvido, olhei pra eles que rapidinho saíram do meu ponto de vista.

Deco : Felps, chama o Nem e o Cadu ai. -Acionei no radinho. -Manda os dois virem com as notas do mês.

Continuei anotando as parada até os dois entrarem na minha sala com a cara fechada e sentar na mesa da frente.

Deco : Preciso pra ontem o fechamento do mês, Nem, tu continua cobrando e Cadu, confere o estoque, hoje, não vende pra quem tá devendo, só pra quem ta no crédito mesmo, pra acabar com essas contas.

Os dois continuaram na deles e eu não tava entendendo porra nenhuma.

Deco : Qual foi caralho? Tão me escutando falar não, porra? Responde quando eu der a ordem, não tão de papo com otário não, que que tá pegando?

Nem : Eu tô na minha, resolve com o Cadu. -Virou o boné pra trás e eu continuei olhando os dois.

Cadu : Comigo nada, tu cismou que eu tô de onda por causa da Luiza. -Abaixei a cabeça e respirei fundo, negando com a cabeça. -Foi talarico mesmo, cara.

Nem : E desde quando eu sou seu amigo pra ter te talaricado? Sai dessa.

Deco : Deve ser piada, pô. -Falei rindo. -Brigando por causa de buceta? Ai é foda carai. O tempo que os dois tão aqui discutindo, Luiza tá pegando outro sem nem lembrar que os dois existem, deixa ela na dela. Vai colocar irmã minha em confusão dos dois não, parada feia pra caralho, pros dois pô. E já falei que não quero esses assuntos aqui dentro, aqui é serviço e pronto.

Os dois ficaram quieto e eu terminei de da a ordem, de tudo que tinha pra fazer.

Deco : Nem. -Falei quando o Cadu ia saiu da sala e ele ficou. -Tô de olho em tu, em relação a Luiza.

Ela saiu sem falar nada e eu continuei trabalhando mó cota ali.

Sai da sala conferindo meu celular e trombei com a Maria Eduarda descendo o morro, já era mais de sete da noite, provável  tá saindo do serviço.

Deco : E ai. -Deu um beijo na bochecha dela. -Ta indo pra onde?

Madu : Pra minha casa uai, por que? -Apoiou o corpo no muro e eu neguei com a cabeça continuando no celular.

Deco : Tu sabe da Luiza? Tô procurando ela desde cedo e nada, falou pra mim que ia encontrar com tu.

Madu : Comigo ela não encontrou não, na moral mesmo. Já tentou ligar pra ela?

Deco : Ô jumenta, se eu tô tentando falar com ela desde cedo é porque já tentei ligar né. -Ela me olhou com cara de deboche.

Madu : Não precisa ser grosso, bobado. -Falou normal e eu soltei um riso.

Deco : Tu que é muito lerda, Maria Eduarda, ainda bem que é bonita, compensa. -Ela revirou os olhos e suspirou. -Vai ficar cega daqui a pouco.

Coloquei o celular no ouvido de novo e chamou até a ligação cair, mandei um radinho pros meninos da barreira e eles disseram que ela tinha saído hoje cedo, pra ir na faculdade com um dos seguranças dela e que não tinha voltado ainda.

Madu : Liga pro menino então, ele deve saber. -Fez um treco lá no cabelo dela.

Deco : Pô, até que tu é inteligente as vezes, nem tinha pensado nisso. -Eu ri e liguei, mas o telefone caiu na caixa postal também.

Caralho, onde a Luiza foi parar? Puta que pariu, eu fico grilado quando acontece umas parada dessa, na moral.

Deco : Felps. -Acionei no radinho. -Localiza o celular da Luiza e do Th aí pra mim, sem demora. Se tu vê que não dá em nada me dá um toque, já deixa avisado com cinco caras aí pra descer atrás dela, quero a Luiza no morro em uma hora.

Madu : Agora eu tô preocupada de verdade, engraçado que ela nem comentou nada.

Deco : Relaxa, rapidinho ela brota aqui, ia te chamar pra sair comigo e com ela, mas vou voltar pra boca pra adiantar os cara.

Madu : Tranquilo, mas qualquer coisa tu me avisa. -Concordei com a cabeça e continuei andando com ela.

Só que eu parei na boca e ela continuou andando pra casa dela. Antes de ontem, a gente saiu, foi massa pra caralho.

Eu consegui vi nela, a mesma Maria Eduarda de antes, que vivia rindo, toda lerda, fazendo pergunta idiota.
Te falar, sentia falta disso.

Felps : Localização deu num beco la em Realengo, tá parado tem um tempo já. -Falou assim que eu entrei e eu já carreguei a glock pra colocar na cintura.

Deco : Vê se tem um disponível  aí e manda a localização pra eles, tô descendo pela 17. Confere e não para de me mandar informação.

Desci de novo e peguei minha moto, acelerando pelas vielas já. Ouvi o ronco da moto atrás de mim e vi que era o Pedrin, imaginei que o turno do Nem e do Cadu, já tinha acabado.

Passei pelo matagal e foi terra pra chegar la. Estacionei a moto atrás do carro e conferi um endereço no meu celular e fui devagar até chegar.

Pedrin : Patrão, aqui ó. -Falou e eu dei ré, vendo a Luiza num canto no chão.

Ele se afastou  indo pra outro canto e eu desci da moto, entrando no beco e parando do lado dela, que tava chorando, só com o sutiã e sem o short dela.

Deco : Luiza, Luiza, olha pra mim. -Puxei o queixo dela pra cima e tirei minha blusa pra ela, vestir. -Vem ca, tô aqui pô.

Abracei ela que ficou chorando no meu pescoço um tempão.

Deco : Lu, olha pra mim, fala, o que que rolou? -Ela negou com a cabeça e eu levantei ela do chão. -Foi o Thiago?

Ela concordou e eu fiquei puto pra caralho, na moral, passo por qualquer coisa, mas livro a Luiza de todo mal.

Deco : Pedrin. -Ele apareceu no beco com o radinho na mão. -Pede pros cara vim com um carro e vai atrás do Thiago, quero ele vivo, não espalha pra ninguém o que rolou aqui.

Ela concordou e saiu e eu fiquei ali com a Luiza, que não me falava nada, só segurava o choro e olhava pra qualquer outro lugar.

(…)

Recomeçar [M] Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon