16. amanhecer

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Stop the clocks, it's amazing.

(Pare os relógios, é maravilhoso.)

Cinco horas de voo foi o suficiente para Oliver quase ter um colapso nervoso, Nova York sempre foi o seu sonho, era a primeira vez que ele estava indo para lá e estava sozinho.

Não era a Califórnia, onde ele conhecia tudo.

Archer saiu do aeroporto e viu a agitação, várias pessoas disputando por um táxi e barulho de conversa, o garoto suspirou fundo e sorriu para si mesmo, continuou arrastando suas malas até encontrar um táxi livre.

Oliver se sentiu em uma cena de filme, onde ele estava em uma cidade desconhecida e admirava tudo pela janela do carro, podia até se comparar com aquela cena cômica de "Um maluco do pedaço", ele estava tão feliz, queria ligar para Jack naquele exato momento e dizer que ele tinha conseguido, que agora que ele havia se dado conta, ele estava vivendo tudo aquilo que sonhou um dia, mas uma parte de si estava faltando.

No caminho ele pensou sobre seu colega de apartamento, ele não sabia absolutamente nada sobre o cara, estava tão entusiasmado com a mudança que deixou seu tio cuidando disso e só agora Oliver se deu conta que precisava saber sobre quem dividiria o apartamento com ele, mas não se preocupou com isso, logo ele saberia.

Manhattan era incrível, cada um dos prédios e vitrines bem iluminadas trazia uma nova sensação para Oliver e como seu voo foi durante a madrugada a cidade que nunca dorme tinha o céu claro, era tão estranho, mas Archer sentia a sensação de que estava em casa, mesmo com toda agitação, talvez o estilo de vida que ele queria levar foi feito para ser vivido em Nova Iorque.

O garoto pediu para o taxista parar um pouco antes do apartamento, pagou pela viagem e saiu arrastando suas malas até o Starbucks mais próximo, ele sentia a necessidade de um bom café depois de uma madrugada acordado, também checou o horário o qual marcava sete da manhã.

O cheiro do café era acolhedor, Oliver estava tão encantado com a cidade que não se importou de estar carregando duas malas de rodinhas e uma mochila nas costas ao mesmo tempo que andava com o copo na mão.

The Sun's reflected by the coffee in your hand.

(O Sol está refletido no café em sua mão.)

Andando mais um pouco ele finalmente encontrou seu novo apartamento que ficava em uma rua bem localizada, a fachada era um padrão americano de tijolos aparentes, escada de emergência na lateral, na entrada havia uma pequena escada que dava acesso a porta do prédio, entrando tinha uma recepção, onde Oliver mostrou todos os papéis que comprovaram que ele moraria ali e o porteiro informou que já havia alguém lá, o garoto logo soube que era seu colega de apartamento.

O apartamento era o número 18, isso significa que precisaria subir um grande lance de escadas, o prédio já era velho e não suportaria um elevador, mas não tinha problema, Oliver estava em Nova York, era o que importava.

Exausto por causa da viagem e por ter subido as escadas com suas malas pesadas, Oliver suspirou cansado ao parar na frente da porta, ele estava um tanto nervoso, iria conhecer o local onde moraria até o fim da universidade, óbvio que ele já tinha visto por foto, mas não se comprava a ver pessoalmente, também tinha o fato que a pessoa que dividiria a casa com ele já estava lá dentro e Oliver nunca foi muito religioso, mas ele estava rezando para a pessoa ser organizada - coisa que não era - e estivesse aberta a dividir os afazeres e despesas extras.

- Sabe, você se parece muito com o meu namorado. - Oliver ouviu a voz dizer assim que ele abriu a porta do seu novo apartamento, em Nova York.

My eyes are caught in your gaze all over again.

Love, sex and drugsWhere stories live. Discover now