Love, sex and drugs

13. sonho

- Então? - murmurou Oliver, sentado na cadeira a frente de Lexi, na biblioteca que eles costumavam estudar, já fazia três dias que eles não se falavam e três dias que Lexi estava na casa de Nolan com Grizz.

- Me desculpa, okay? Eu... Sei que você só queria me ajudar, e eu fui uma puta de uma idiota fodida, e...- Alexia suspirou. - Eu amo você, amo o Grizz, perder vocês seria a pior coisa que poderia acontecer.

Oliver riu, Lexi nunca demostrava muito sentimento, era algo extremamente incomum, mas o garoto adorava quando ela falava essas coisas, era como se fosse uma versão diferente da amiga.

- Eu também amo você, muito, mas me conte o que aconteceu.

- Meu pai descobriu que eu sou bissexual, surtou um pouco por eu não ter confiado nele o bastante para ter dito antes, minha madrasta começou a me olhar estranho depois disso e eu não vou mais para Georgia, levei um pé na bunda e fiquei extremamente triste, ainda estou.

- Como assim? A Hannah... - Oliver não pode terminar a frase.

- Me deu um pé na bunda, disse que conheceu outra pessoa, e você sabe, eu só queria ir morar com minha mãe na Georgia porque a Hannah é de lá, talvez eu morra na Califórnia mesmo.

- Você pode ir para NY comigo, sério, vai ser bom, você pode pedir a transferência da faculdade comunitária para lá.

- Vou pensar nisso, obrigada, Oli.

Depois de conversar mais um pouco com Lexi o garoto dirigiu tranquilamente até sua cafeteria favorita, a Starbucks, pediu o de sempre e seguiu para casa. Em vários momentos ele pensava em Ryder, seu coração batia um pouco mais forte e um sorriso bobo surgia em seus lábios, e bem, ele tinha noção do que estava acontecendo, estava apaixonado, mas ninguém precisava saber, nem mesmo o próprio Ryder.

Ao chegar em casa, Oliver foi recepcionado por Bing, que estava tentando chamar sua atenção em busca de um pouco de carinho, o garoto se agachou e passou os dedos pela cabeça do gatinho que fechou os olhos e ronronou.

Depois de algum tempo brincando com Bing, Oliver andou tranquilamente com os pés descalços para o interior da casa, encontrando o seu tio falando no celular com sua agente, Sally, que era uma mulher muito simpática e agradável, na opinião de Oliver, mas deixava seu tio a ponto de enlouquecer com a rapidez que ela falava.

- Tudo bem, me mande pelo e-mail mais tarde. - Jack sibilou e em seguida se despediu, desligando a chamada. - Já olhou seu e-mail hoje?

Nos dias anteriores, Oliver sempre estava perguntando se tinha chegado alguma carta para ele, acessou inúmeras vezes o seu e-mail por pura ansiedade, ele sabia que apenas naquele dia teria alguma resposta, as universidades a qualquer momento poderiam mandar, mas naquela manhã, antes de sair parar encontrar Lexi, o garoto esqueceu de acessar seu e-mail.

Rapidamente tirou o celular do bolso da calça, desbloqueando e procurando o aplicativo para chegar o e-mail.

- Puta merda, tem as três respostas.

O garoto abriu a primeira, lendo atentamente.

- E então?

- Não fui aceito na Columbia. - Oliver sorriu sem mostrar os dentes, mas estava bastante nervoso e abriu o próximo e-mail.

Jack o olhava ansioso, talvez mais ansioso que o sobrinho, ele sabia o quanto o garoto queria ir para NYU - New York University - e o quanto ele se esforçou para que isso acontecesse.

- Aprovado na Universidade da Califórnia.

- É uma boa universidade, mas sei que não é a que você quer.