38 - O Salão Comunal da Corvinal

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5 pontos para a Grifinória.

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— É normal eu não sentir meus... dedos? — Olívia perguntou, batendo os dedos da mão esquerda nos da direita e, eventualmente, errando a direção, já que sua noção de mira estava levemente prejudicada.

— Acho gue é. — Josh, que também estava tamborilando os próprios dedos, começou a rir. — Vocês acham que a gente tá... sabe, bêbado?

— Não. Eu sou muito forte para ficar bê-ba-da. — Olívia negou, balançando a cabeça negativamente, mas então parou e encarou-o com os olhos arregalados. — Eu tava pensando... você acha que, se alguém amputar meus dedos agora, eu vou conseguir sentir?

— Você quer ficar sem seus dedos? — Audrey perguntou, muito confusa.

— Não! — Olívia exclamou, então estendeu as duas mãos na frente do rosto. — Eu gosto dos meus dedos, mas acho que eles morreram. Como que eu faria um funeral para eles se eles estão grudados na minha mão?

— Eles vão cair da sua mão quando entrarem em depomco... depomp... de... — Josh estava tentando falar.

— Decomposição. — Marcel, cujo copo ainda estava com mais da metade da bebida intacta, disse.

— Isso! — Josh bateu com uma das mãos na mesa, sorrindo. — Decomco... isso aí que você falou!

— Acabei de pensar numa coisa! — Audrey disse com uma entonação tão dramática que os deixou assustados. — Algum de vocês já viu uma elfa doméstica grávida? — Ela perguntou, encarando-os.

— Hum... não. — Josh apoiou a cabeça sobre os dois punhos, as sobrancelhas franzidas. — É verdade: como os bebês elfos domésticos surgem

Olívia se inclinou para mais perto dele e disse:

— Então, Burnier, quando a mamãe elfo e o papai elfo se amam muito...

— Pfffff, não dá para falar sério com focê. — Balançou a cabeça e corrigiu: — Você.

Marcel caiu na risada junto com Audrey. Não por causa da bebida, mas porque, francamente, como diabos eles chegaram àquele nível de conversa?

— Vocês estão ouvindo isso? — Audrey se levantou num pulo. — Tá tocando música, eu nunca tinha ouvido tocarem música aqui.

— Madame Rosmerta deve ter saído mais cedo. — Marcel falou, olhando para o balcão. A dona do pub não estava presente, o que explicava a música ambiente que alguém tinha ligado em algum lugar. Eram As Esquisitonas.

— Vem, levanta. — A loira pediu para Josh, que se espantou com o pedido.

— Por quê?

— Porque tem música! — E ela estendeu a mão para ele, deixando claro que queria dançar.

— Mas ninguém está dançando, não é música de dançar!

— Toda música é música de dançar. — Ela argumentou, determinada. — Vem. Vai ser legal.

— Vocês vão passar vergonha. — Marcel contrapôs.

— Elas passam vergonha até respirando, nem precisa de esforço. Vão lá, eu torço por vocês! — Olívia se animou, fazendo uma torcida com os braços.

— Tá bom. — Josh, que devia ter perdido boa parte da capacidade de dizer não, se levantou e andou com Audrey até um espaço um pouco mais amplo entra duas mesas vazias, perto da entrada do estabelecimento.

OLÍVIA POTTER [5]Where stories live. Discover now