24 - O início de algo grande

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Espera, tem certeza de que deixar a Olívia bancar a professora é seguro?

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Progresso.

Nenhuma palavra poderia definir tão bem a terceira aula de Oclumência quanto essa.

Snape entrou em sua cabeça e, automaticamente, como nas vezes anteriores, uma séries de imagens começou a bombardear sua mente. Harry surgiu. Hogwarts surgiu. Até o orfanato surgiu. E então, como se Olívia finalmente tivesse a consciência plena de que aquela invasão era errada e nociva e invasiva e que não deveria estar acontecendo... ela empurrou Snape para fora e manteve sua mente bloqueada.

— Pois bem. — Ele exclamou, endireitando a postura e lançando a Olívia o mesmo olhar de frieza e indiferença de sempre. — Não foi uma completa perda de tempo, afinal.

A garota ofegou, encarando-o com choque.

— Como? — Perguntou, sem sequer piscar.

— Disse que não foi uma completa perda de tempo afinal. Comparado com as vezes anteriores, essa foi mais rápida e mais efetiva, certamente.

Olívia achou ter ouvido errado.

— Então... eu fiz certo?

Snape contraiu o rosto numa expressão muito óbvia de desgosto.

Inevitavelmente, a garota sorriu.

—Prepare-se. — Snape ordenou. — Um... Dois... Três... Legilimens!

A semana de detenções de Olívia com McGonagall finalmente acabou e a garota teve de ficar uns três dias consecutivos acordada até duas da manhã para finalizar deveres atrasados, devido às detenções e ao recrutamento de grifinórios para a "rebelião" (segundo Josh, já que eles ainda não tinham escolhido um nome adequado). O jogo de avançar fases que Marcel havia inventado com o intuito de ajudá-la em Duelo também teve que esperar, apesar de, na semana anterior, Olívia já ter passado do nível "Josh". Por mais que o jogo pudesse parecer bobo, tinha algo extremamente reconfortante em tê-los dentro de uma sala tratando tudo aquilo como se fosse só uma brincadeira, a fazia esquecer o quão preocupada estava quando pediu que aquilo começasse, para início de conversa.

— Poxa, Liv, eu apostei todas as minhas varinhas de alcaçuz em você. — Josh, que estava sentado sobre uma das mesas ao lado de Audrey, disse em voz alta.

— Espera, você está torcendo contra mim? — Olívia acusou Audrey, que estava com uma varinha de alcaçuz em mãos. A garota logo arrancou um pedaço e escondeu o resto atrás das costas.

— Não, imagina.

— Ei.

— Eu estava torcendo para você, mas é que eu fiquei com fome, e o Josh tinha doces. — Ela se defendeu, piscando os olhinhos para a amiga.

— Essa amizade acabou! — Olívia decretou.

Marcel, do outro lado da sala, riu. Ele estava jogando a varinha de uma mão para a outra, esperando o próximo duelo da rodada.

— Pronta? — Ele perguntou, sorrindo.

— Vai se ferrar. — Ela mandou, irritada.

OLÍVIA POTTER [5]Onde histórias criam vida. Descubra agora