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Estava em pequeno campo perto de casa, a procura de flores para por á mesa, a minha mãe cozinhava, com um sorriso no rosto, mas dava para ver em seus olhos o cansaço que a mesma carregava. Eu sou a Violet, não sou uma rapariga "normal" para a minha classe, o que me faz destacar dos outros, apesar de ser da classe mais baixa, a minha vida é boa, cansativa, mas boa. Eu posso me vestir confortavelmente, andar descalça pelo campo, e não ser ofendida pela palavra "pobre", pois já estou muito bem acostumada, muitas das raparigas da minha idade não sabem ler nem escrever, o nosso reino só permite que pobres aprendam a ler e escrever a partir dos 21 anos, e muitos já têm trabalho por isso não querem perder o tempo deles a aprender algo que não necessitam, eu pelo contrário, tenho apenas 17 anos e sei ler, escrever, fazer cálculos e sei muito sobre flores. A minha mãe não queria que fosse igual as outras por isso ensinou-me, ela sempre tinha medo de ser apanhada, mas o meu metabolismo conseguia ser mais rápido do que ela pensará, a minha mãe é a única pessoa em quem confio neste reino, pois depois de meu pai ter sido preso, nunca mais confiei em ninguém...

-Violet, encontraste as flores? -minha mãe grita, limpando as suas mãos ao avental.

-Sim, e encontrei um jasmim! - falo correndo na sua direção

-Sabias que jasmim é uma flor de sorte, doçura e alegria? -a mesma fala agarrando as flores e as pondo em um jarro, e em seguida se sentou á mesa.

-Bom...agora já sei- falo soltando um sorriso e me sentei em seguida, minha mãe começa a servir a comida em nossos pratos- Há novidades no centro do reino?

-Ainda bem que me lembraste! Há sim senhor, o príncipe-herdeiro terá que escolher a sua futura esposa- a mesma fala muito entusiasmada, mas continuou a espera algo interessante- O que foi? Não gostou?

-Era só isso? - a mesma assente- Então não, não gostei. - Falo enchendo a boca de macarrão e tranquei a cara.

-Violet! Bons modos, está é a melhor noticia do reino! - a mesma fala encantada.

-Mãe, o que isso interessa para nós pobres? Ele com certeza escolherá uma rapariga de classe alta.

-O príncipe quer que todas as raparigas do reino mandem uma inscrição, e filha se ganhares vais puder libertar o teu pai...-Minha mãe olha pra cadeira onde era suposto o meu pai se sentar, vejo lagrimas se formando nos seus olhos, meu pai tinha sido preso injustamente, ele tentou socorrer alguém, e pelo seu tom de pele, o acusaram de ter agredido a pessoa, ele não teve direito de se justificar, e pegou 8 anos de cadeia...- Podes ajudar todos os que estão a sofrer injustamente, pelo menos tenta Violet.- A mesma fala suplicando.

-Tudo bem, é pelo pai... e é impossível eu ser escolhida pelo príncipe, sou negra e pobre- percebi que as minhas palavras haviam magoado a minha mãe, ela sempre sofreu pela sua tonalidade de pele, eu não tanto pois nunca fui alguém muito social, as flores do campo eram a minha companhia diária, por isso é que sei quase tudo sobre elas e sempre que encontro uma nova a minha mãe me ensina.

-Tens que escrever para o príncipe, falando o seu nome, idade, classe, e curiosidades sobre ti- Não estava a acreditar que minha mãe havia decorado as perguntas do formulário-tenta ser rápida pois ao anoitecer passará um guarda real para receber as cartas.

Arregalo os olhos e vou para o meu quarto, pego em um papel, e um lápis, quando ia escrever congelo- E se ele me aceitar? -eu não quero me mudar, sou feliz aqui perto das flores, e com os meus vestidos meio rasgados. 

Quando ia desistir me lembro do meu pai, ele necessita sair da cadeia, a minha mãe e eu precisamos dele. Sem pensar mais faço o patético formulário e o deixo na bancada da entrada, minha mãe já estava dormindo, havia demorado assim tanto tempo para escrever aquilo? Parece que sim. Como já era tarde, fui tomar um banho e vesti a minha roupa de dormir. Já estava deitada na minha cama, lendo um livro que minha mãe havia trago da cidade, mas fui interrompida pelos meus pensamentos, eu não quero ser da realeza, estou bem assim. Pelo menos eu acho, mas e se eu fosse da realeza? Teria as melhores comidas do reino, os melhores e velhos livros e....alguém que me amasse. NÃO! Não vou me rebaixar a esses pensamentos, melhor dormir antes que pense mais besteiras.

{NA MANHÃ SEGUINTE}

Acordei um o cheiro do delicioso chá que minha mãe fazia logo de manhã, me levantei e fui até ela.

-Bom dia, mãe-falo, sorridente. Hoje o dia estava lindo o sol estava radiante, conseguia ver novas cores no pequeno monte, estava ansiosa para explorar e ver se havia novas flores.

-Bom dia, meu doce o guarda real já levou a carta, escreveste tudo o querias? -a mesma fala descascando algumas frutas.

-Bem acho que sim, não sei se foi o suficiente, mas sei que fui sincera a cada palavra-a mesma sorri.

-Eu tenho que ir, vá fazer suas higienes matinais, têm flores novas no monte que você precisa explorar, quero os detalhes quando chegar- a mesma me abraça e deposita um beijo na minha testa, me despeço da mesma e vou para o banheiro.  Tomo um banho, que é invadido pelos meus pensamentos, não conseguia acreditar que o príncipe real realmente queria se casar com qualquer uma. Em seguida pego um vestido comum e corro para o monte, o vento fresco e suave levanta os meus fios de cabelo com delicadeza, trazendo o maravilhoso perfume das flores.

Quando chego lá avisto lindas flores, uma mais linda que a outra, minha mãe me disse que na cidade têm as flores mais bonitas, como a Rosa, a Orquídea, a Tulipa e os lírios, essas nunca tive oportunidade de ver, mas sonho em ver uma quando começar a trabalhar na cidade.
Ando por mais algum tempo e encontro uma Papoila, mas está tinha uma cor meio estranha, quando ia ver melhor oiço latidos e logo me ajeito.

-Violet, que bom ver você- Luccas chega mais perto de mim e beija minha mão, me deixando meio sem graça.

-Luccas, a gente se conhece desde criança, não precisa ter bons modos agora. - O mesmo gargalha. Luccas é um garoto alto, negro, com olhos castanhos-escuros brilhantes e uma personalidade incrível, eu e ele sempre fomos grandes amigos, ele sempre me ajudava com os garotos maus da cidade, sempre estava ali para mim, ouve até um dia em que planeamos o nosso casamento, foi um dia incrível! Mas a família de Luccas subiu de classe social e pediu para não nos vermos com frequência, pois isso ia arruinar a reputação da família dele, por isso só nos encontramos aqui no campo, onde ele aproveita para passear o seu cão. Eu já fui apaixonada por ele, mas depois de ele ter ido embora, tive de o esquecer, mas a minha paixão por ele parece que não acaba.

-Você também se inscreveu para ser a futura esposa do príncipe? - O mesmo que encara com o rosto meio fechado.

-Sim, eu...-Sou interrompida

-Uau, não esperava isso de você, sério que vai se vender assim para um homem rico? -o mesmo fala não acreditando, parecia estar com ciúmes?

-Como? Desde quando você se importa comigo? Eu estou sendo afastada de você, e só te vejo quando você quer, e agora esta dizendo que estou me vendendo? -como ele ousa? Ele sabe tudo o que sinto por ele, e mesmo assim me trata como se ele fosse o único a estar apaixonado.

-Se eu pudesse eu viria mais vezes, e você sabe que eu te amo, por que acha que estou aqui? E o nosso planejo de casamento? -O mesmo fala, me penetrando com seus olhos encantadores.

-Luccas você sabe que isso foi a bastante tempo...e eu estou fazendo isso pelo meu...- Luccas não me deixa acabar, o mesmo chega muito mais perto e pega nos meus braços, estávamos a milímetros de distância

-Eu te amo, e sempre vou te amar, eu penso em você todos os dias não vou parar até você ser minha esposa- o mesmo se aproxima cada vez mais...

Continua...

Oi, gente, espero que gostem dessa história, é algo novo que me interessei bastante.

comentei e votem se gostarem♡

Eyes closedWhere stories live. Discover now