Confort

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Enquanto isso, num sítio distante uma mulher recebia uma chamada que mudaria a sua vida.

Aquela chamada conseguiu fazer fom que toda a a raiva acumulada por décadas fosse solta.

Isso tudo graças a uma pequena informação, incrível não?

— Tu não percebes o que estou a dizer!? Ele está á andar outra vez! A andar! – A voz da mulher era alta e estridente, a maior parte das crianças escondia-se assustada e muitos tremiam ao vê-la tão irritada. — Ele deveria ter morrido!

— Isto vais ser interessante. – O homem de cabelos escuros disse com um sorriso. — Vamos ver quanto tempo é que demorará até o caos se instalar. Afinal, isto pode ser só o primeiro passo. — Riu com o trocadilho, isso fez a mulher atirar uma cadeira para o ar. — Acho que devias acalmar te um pouco. Talvez caminhar te ajude. — Voltou a rir, mais alto desta vez.

— Tu não percebes o quão grave é ele conseguir mover-se!? Isto pode ser o fim para nós!

— Ora bem. . . Deixa me pensar. . . — Colocou a mão na cabeça para a coçar e fingir que pensava. — Não é responsabilidade minha, vocês fizeram o estrago, vocês cuidam do erro. Mas lembrem-te. . . Ele é filho de quem ele é. Ele é um Lee. — sorriu antes de sair de cena.

[@@@]


Chegámos á pouco a Jeju, e ao que parece estamos numa casa que pertencia à mãe.

Eu e a tia viemos de avião e foi estranho, quero dizer eu amo andar de avião, já o fiz várias vezes da Austrália para Seul, de Seul para a Austrália e por assim adiante, mas desta vez o clima não era propriamente o melhor.

Eu fui mesmo obrigado a sair da minha casa, pelos químicos anteriormente derramados em mim, sem o meu pai, os meus brinquedos, sem o meu Octie ou o meu Duque, só eu e a minha tia.

Que raio de pai sou eu?

Abandonei o meu filho, logo no momento em que nós tivemos uma conversa útil!

O meu pai convenceu os familiares da parte da minha mãe que eu apenas iria para uma clínica em Jeju onde me sentiria mais confortável para a recuperação, o que é mentira, porque eu já consigo andar quase perfeitamente, mas claro, eles não sabiam disso.

Não sei se estou pronto para esta experiência. . .

Isto é diferente de tudo o que eu já fiz na vida, quase morrer por químicos mas em vez disso começar a andar e falar com animais.

Nem os super heróis da Marvel conseguiriam fazê-lo.

— Hey Lix, como te sentes?

— Estranho. . . Isto tudo é estranho. — Suspirei cansado. Isto era atordoante, o avião, esta mudança repentina e o facto de estar sem o Duke.

Acho que isso é o que mais me dói, eu vivo com o Duke desde que ele era um cachorrinho pequenino, tenho vivido todos os dias da minha vida com e é estranho estar sem ele.

A minha rotina sempre foi a mesma, aprender durante a manhã, comer e passar a tarde com o Duke. . . Isto é tão deprimente e não estou aqui assim à tanto tempo.

— Eu imagino anjo, mas eu vou fazer o possível para tornar isto melhor, ok? — Ela sorriu, prendendo o cabelo dela. — A tua mãe deixou um monte de máquinas nesta casa, talvez uma delas sirva para te podermos curar.

— Eu estou doente? Pensei que estava melhor, afinal já consigo andar.

— Querido. . . Aquela substância. . . Não era algo normal, não era algo que estivesse trabalhado ou sequer seguro para entrar em contacto com pessoas do jeito que foi contigo. . Não sei que efeitos pode ter a longo prazo porque nunca ninguém sobreviveu tanto tempo. — Ela explicou com um sorriso triste, eu assenti e suspirei. — Ma. . . Mas eu vou fazer o possível e o impossível para arranjar alguma maneira de te curar, ok Lix?

Eu assenti, eu amo a minha tia. É sério, tirando o facto de ela não gostar muito de animais ela é incrível.

Mas acho que isto é demais. . .

Eu vou ficar aqui. . . Longe do tio Soo, do avô, do pai e do meu Duke. . .

Até quando?

— Não te preocupes, Lix. A tia vai estar sempre aqui para ti. — Ela pegou na minha mão e sorriu. — eu. . . Eu sei que estes tempos têm sido muito difíceis, e tu teres estado tão longe de todos não ajudou nada. . . Eu aposto que o teu pai também não ajudou nada. . . E agora esta incerteza de quanto tempo demorarás para saires daqui estável e em segurança. . . Eu entendo, ok? Mas eu vou estar aqui, para o que der e vier. Está bem?

Ela perguntou, enquanto olhava fixamente para mim.

Eu podia ver claramente que ele estava atentar aguentar as lágrimas dela para me transmitir segurança.

Então eu desabei e abracei-a.

Ela sempre esteve aqui para mim e ouvir que ela vai continuar a estar aqui para mim. . . É muito bom.

É incrivelmente reconfortante.

— Obrigado tia. Muito obrigado.

[•••]

Um capítulo simples, mas importante.

Principalmente a primeira parte, porque assim facilita o meu trabalho nos futuros capítulos.

O nome deste capítulo pode vir a mudar, visto que ele já mudou umas seis vezes e eu ainda não gostei dele o suficiente.

O relacionamento do Felix com a Kim é muito importante no começo da história e eu queria vincar isso com pelo menos dois capítulos, mesmo que fossem curtinhos.

Não quero adicionar nada demais às notas, por isso bye bye e até á próxima 🐺

¡¡ Oh F**k I Have Super Powers!!Where stories live. Discover now