Natimorto

48 7 13
                                    


No profundo abismo da minh"alma
Na escuridão do meu ser.
Embalo-me em uma sombria canção de ninar
Envolta nessa bolha de tristeza, choro vazia
Em minha posição fetal.
Alimento-me de minhas lágrimas,
Meu choro não é ouvido,
Apenas um gemido
Sai desse peito meu.
Meus sonhos se perderam na névoa do tempo, tempo!
Já não o tenho...
Palavras mudas, sorrisos forçados, um adeus prematuro...
Eis-me aqui, tentando gerar a vida, que com uma fatal partida, já não existe mais.
Meus sonhos se perderam na névoa do tempo.
Tento renascer, tento respirar, sobreviver.
As dores se aproximam,
Morrer é minha sina.
Não, não sou um aborto!
Morrer é minha sina.
Natimorto.

Retalhos SombriosWhere stories live. Discover now