Irrisório

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Quando o inimigo tempo
Embalar meus sonhos em sua cadeira de balanço
E o vai e vem do embalo  conduzir meus pensamentos
Fleches do passado e do presente inundarão 
Minha mente.

Quando o vermelho do entardecer penetrar na escuridão de meus olhos
E a alegria chegar a mim
Somente por recordações
A criança traquina e inquieta mal poder mover seus ossos...

Quando a solidão se fazer minha mais íntima companheira
E o balançar dos galhos daquela semente que plantei
For para mim minha doce canção de paz...

Quando meus rebentos
Me apagarem de sua memória
E as lágrimas quentes
Jorrarem em minha face enrugada...

Quando o tremor for meu guia, meu caminhar e meu falar...

Quando a terra fria cobrir meu corpo
E os vermes dele se fartarem
Quando...

Haverá descanso para esse
Ser
Insignificante e
Irrisório.

Retalhos SombriosWhere stories live. Discover now