Meu adeus

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O banquinho balança com o tremor de minhas pernas

Olho para cima,

será que o caibro irá suportar?

Penso em desistir,

procuro dentro de mim

Não encontro motivos.

Essa solidão que preenche minha alma

essa dor que me dilacera e que não consigo explicar.

Penso em prosseguir...

O sorriso à muito fugiu de minha face

O silêncio gélido de minha solitude

se instalou perpetualmente em meu ser.

Tento persistir em meu caminhar

Não vejo motivo para tal ato.

Meus pensamentos buscam em meu âmago

um propósito, um por quê.

Talvez, o caibro se quebre...

A dor infinita se parta

 e a felicidade, minha inimiga,

tenha pena de mim.

A corda é curta, tão curta como essa minha vida

que não tem propósito para existir.

Não pensem que sou egoísta,

na verdade não sou, não sou nada!

Busco além, um novo sentido para sorrir, para viver .

Não sou egoísta, apenas não sou nada!

O banquinho cai...

O caibro aguentou a mim,

meu egoismo, minha solidão, minha dor,

meu desamor e minha vontade de partir.

Adeus!









Retalhos SombriosWhere stories live. Discover now