Capítulo 38 - Mansão Malfoy

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"I hope some day I'll make it out of here

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"I hope some day I'll make it out of here."

lovely — Billie Eilish ft. Khalid.


A primeira coisa que Elizabeth notou, quando abriu os olhos, foi a dor pungente que acometia todo o seu corpo. Era algo que jamais havia sentido antes. Definiria a dor como se houvesse uma corda amarrada ao dedão do seu pé, que era puxada com toda a força existente, fazendo com que tivesse a sensação que seus músculos e pele seriam arrancados. Tentou se mexer, mas a única coisa que conseguiu foi emitir um gemido de dor.

"Que os Carrows queimem no inferno", ela pensou com ódio.

Apesar da dor alucinante, tentou permanecer calma e analisar o lugar em que se encontrava. Sentia que estava deitada sobre um colchão fino. O peso do corpo afundava a espuma escassa e ela podia sentir o chão contra as suas costas. Não havia nenhuma luz cegante que a fez fechar os olhos novamente. Na verdade, o local estava relativamente escuro, mas sua visão periférica captava uma luz amarelada. Reunindo força, conseguiu virar o pescoço para o lado esquerdo — o que provocou mais um gemido e seus olhos lacrimejaram — e viu uma porta de ferro. Havia uma portinhola de grades e a luz amarelada provinha de um candelabro, preso à parede do corredor.

Então, pareceu que tudo voltou muito rápido à sua mente.

Ela e Severus fizeram amor como nunca antes, tomaram banho juntos e ela seguiu para os seus próprios aposentos, onde ficou até... Até a batalha começar. Lembrou de acertar alguns Comensais da Morte, achava que tinha acabado por matar um deles; lembrou da família, de Greyback... Greyback. Ela rezou para que não cruzasse mais com ele. Lembrou, também, de correr com Harry Potter, de duelar contra aos Carrows, de confrontar Snape e, por fim, o feitiço que a atingiu pelas costas. É, com certeza tinha sido algum dos Carrows.

Lembrou-se de Dumbledore.

Ela sentiu um ardor conhecido nos olhos ao pensar em como reagiriam quando encontrassem o corpo do seu padrinho. Esperava que ele tivesse morrido em paz, que seu corpo ainda estivesse em um estado decente. Esperava que fizessem o funeral mais lindo possível e desejou estar lá. Porém, suas lágrimas não chegaram a cair, pois uma sombra se moveu pelo corredor, bloqueando parcialmente a luz do candelabro.

A porta se abriu com um rangido terrível. A forma negra a fitou por algum tempo parada à porta. O alguém caminhou, então, parecendo pegar algo no bolso. O perfume que invadiu o nariz de Elizabeth era... Era conhecido. Mas não era o Severus. Era um cheiro forte e marcante, amadeirado com notas de limão. Era um cheiro que já sentira antes, embora não conseguisse lembrar de onde. Seu coração acelerou dentro do peito.

— Beba isso — disse o homem. A voz... Céus, ela o conhecia de algum lugar, mas de onde? — Vai aliviar os efeitos da maldição.

O homem pressionou levemente o gargalo da poção contra os lábios pálidos de Elizabeth, que hesitou logo de início, mas abriu a boca para permitir que o líquido atravessasse sua garganta. Logo sentiu uma sensação gelada passar por todo seu corpo e a dor já não era mais insuportável. Ajeitou-se sobre o colchão, sentando-se, e seus músculos protestaram de leve, o que lhe provocou uma careta.

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Where stories live. Discover now