Capítulo 2 - Confronto

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"Olha lá! Ele não é feliz

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"Olha lá! Ele não é feliz."

Cara valente — Maria Rita.


Elizabeth penteava os cabelos úmidos enquanto procurava pelo armário algo para vestir. Largou o pente sobre a cama para se olhar no espelho alto que havia conjurado para o quarto. Não era dona de nenhuma beleza surpreendente ou de tirar o fôlego, mas era bonita; costumava atrair alguns olhares por onde passava.

Desceu os olhos para o pescoço delgado, notando um pequeno sinal que despontava na curva do pescoço para o começo do ombro. Os braços delicados, mãos magras com dedos longos que terminavam em unhas curtas. Analisou, então, o corpo seminu. Os seios pequenos, mas sensualmente erguidos pelo sutiã cinza de renda; a tatuagem na costela, as leves curvas da cintura e o quadril ameno. Deu uma voltinha em seu próprio eixo para encontrar as nádegas arredondadas e pequenas, mas notáveis. As pernas longas e magras eram finalizadas em pés de tamanho 37.

Deu-se por satisfeita com sua aparência, sentindo-se mais bela do que nunca, e agarrou uma camisa branca e um macacão estilo jardineira do armário. Pegou a carta que escreveu para Melissa e a mochila antes de partir em direção ao corujal. Novamente, voltou a esbarrar com Jesse no corredor, que a acompanhou mostrando-lhe o caminho.

— E aí, como foi o primeiro dia com o Snape? — perguntou o garoto, passando a mão pelos próprios cabelos.

— Ele é um pouco... introvertido — respondeu sem certeza sobre o adjetivo que usou.

— Introvertido? — Ele jogou a cabeça para trás, rindo. — Ele é o diretor da minha Casa, mas, convenhamos, o homem é um pesadelo.

Chegaram ao corujal poucos minutos depois. Elizabeth ficou maravilhada com as diversas espécies que tinham ali, e entendeu porque Edward amava aquele lugar, mesmo tendo estudado apenas por um ano na escola.

Chamou por Vênus, vendo a coruja-das-torres voar até ela.

— Entregue para a Melissa, sim? — Amarrou a carta na pata da ave. — Voe com cuidado — disse e Vênus alçou voo para fora da torre.

Voltou com Jesse em direção ao Salão Principal para o café da manhã, e quase deu graças aos deuses ao ver que os lugares ao lado de Umbridge estavam todos ocupados. A única cadeira vazia era à esquerda de McGonagall e à direita de... Snape. Elizabeth fechou a cara em desagrado.

— Bom dia. — Desejou mais para a professora de Transfiguração do que para o homem de negro. Ainda assim, ele lhe resmungou uma resposta quase inaudível.

Não demorou para a jovem estar entretida numa conversa sobre literatura trouxa com McGonagall. Porém, a bruxa mais velha finalizou o assunto ao alegar ter que se preparar para a sua aula, já que Umbridge a inspecionaria. Elizabeth franziu o cenho para a professora que se afastava. Inspecionar a aula? Até que ponto o Ministério estava se intrometendo na educação de Hogwarts?

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora