Bebê, Bebê?

Preocupado

Depois da festa de aniversário, Forth de alguma forma continuou esbarrando em Beam. Na universidade, na faculdade de Engenharia, no estacionamento e até em um restaurante. Foi como se os círculos da vida colidissem e as linhas de seus caminhos continuassem se cruzando.

Cada vez que o hazer via o silencioso estudante de medicina, notava seus ombros caídos e olhos vazios. Ao mesmo tempo, Forth não pôde deixar de notar como o leve sorriso de Beam nunca alcançou seus olhos. Por mais estranho que seja o olhar vazio do jovem para o espaço, sempre que ele estava sozinho incomodava muito Forth.

Tanto que Forth se viu observando Beam com atenção.

Forth estava acostumado a cuidar de Beam quando parecia estar perdido em sua própria mente, para se certificar de que nenhum dano acontecesse a ele. Como neste momento, ele viu Beam parado, bem ao lado da estrada principal, olhando para o nada novamente. Ele estava vestido com um casaco amarelo brilhante com um suéter preto de gola alta por baixo.

Forth, vestindo tudo preto com uma jaqueta de couro preta, silenciosamente ficou ao lado dele. Ele fez isso para garantir que o estudante de medicina não cruzasse acidentalmente a estrada quando o sinal ainda estava vermelho forte.

O referido sinal ficou verde, mas Beam ainda estava perdido em seus pensamentos. E como outras vezes, Forth se viu certificando-se de que ninguém esbarrou em Beam diretamente, agindo como uma parede defensiva. As pessoas foram naturalmente forçadas a contorná-lo para atravessar a rua.

Forth olhou calmamente para o jovem ao lado dele com uma carranca. Ele se perguntou. O que está em sua mente?

De repente, o telefone de Beam tocou, fazendo-o sair de seus pensamentos. O estudante de medicina se atrapalhou para tirar o telefone do bolso. Forth não conseguia ver o que estava na tela do telefone por causa do ângulo do telefone. Beam olhou para a tela por um segundo antes de atender a chamada.

"...olá.", Forth ouviu a voz suave de Beam pela primeira vez desde a festa de aniversário de seu filho, há uma semana.

"...desculpe. Estou a caminho, ok?", Beam respondeu suavemente. Ele colocou o telefone de volta no bolso depois de encerrar a ligação.

Forth tentou não franzir a testa. Para seus ouvidos, Beam parecia muito vulnerável, muito diferente do Beam que ele conheceu nos últimos dois anos. Beam suspirou alto, antes de virar para a direita.

Ele esbarrou em um peito largo e robusto. Só então ele percebeu a presença de Forth ao lado dele.

"...Forth?", ele perguntou confuso.

Forth simplesmente cantarolou em resposta. "O que você está fazendo aqui?", e, no entanto, sua voz estava calma, ao contrário de sua voz vulnerável anterior.

Forth franziu a testa um pouco quando percebeu isso. Beam sempre faz isso? Alguém já percebeu isso? Por que não percebi isso antes?

"Eu quero jantar.", Forth disse simplesmente, meio mentindo para Beam.

Era verdade que ele saiu para buscar seu jantar. Hoje é um daqueles dias em que ele não poderia justificar uma 'volta para casa' em sua agenda lotada. Mas também era verdade que ele deliberadamente seguiu Beam quando viu o jovem na frente do prédio deles, como ele fez tantas vezes antes.

O fato de Beam estar caminhando em vez de dirigir deixou Forth ainda mais preocupado com o estudante de medicina. O cara poderia se perder em sua mente enquanto caminhava, pelo que sabia, e Forth estava feliz por ter seguido esse amigo na frente dele.

Beam provavelmente já teria trombado com pessoas correndo para chegar a seus destinos inúmeras vezes, se não fosse por Forth. Forth caindo em passos ao lado dele tinha feito outras pessoas andarem em volta do jovem alto e forte.