Uma Isabela brava e um Julio defeituoso

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Ele está tão perto de mim que posso sentir sua respiração a alguns centímetros. O formigamento toma conta do meu estômago, indo até minha coluna vertebral. Não devo levantar o olhar, ou vou correr o risco de não resistir e colar meus lábios nos seus. Posso ver como ele levanta sua mão lentamente até tocar na minha, entrelaçando seus dedos compridos nos meus. Não aguento e olho para cima. A cabeça dele está abaixada, os olhos estão atentos em nossas mãos.

Eu ainda fico impressionada vendo como os olhos de Julio são lindos.  São tão bonitos, tão profundos, penetrantes, mas ao mesmo tempo tão frágeis e transparentes. Você pode saber seu estado de ânimo ou se talvez ele está mentindo só olhando seus olhos fixamente. Possue um brilho natural que sempre teve. Desde que eu o conheci. 

- Julio... - Digo me afastando um pouco dele. Voltando a posição normal.

Ele levanta sua cabeça e me olha. Engulo em seco, tentando fazer o caroço que se formou passe pela minha garganta e desapareça. Lambo os lábios e abro a boca para continuar.

- Por que você trouxe a Clara?

Sei que minha pergunta o incomoda pela maneira que enfia suas mãos dentro dos bolsos de sua jaqueta e como cruza a perna direita sobre a esquerda. Primeiro ele olha rapidamente ao seu redor e depois me analisa dos pés a cabeça. Ele está formulando sua resposta.

- Ela gosta de você, Isa. Eu não a convidei. Não falo com ela a mais ou menos... Uma semana? Talvez até mais. Clara soube e me ligou para saber como você estava. Me perguntou se eu podia traze-la. Acha que eu diria não a ela?

Me impressiona como sempre que toco no assunto sobre Clara e sua relação ele fica tão nervoso, cortante e frustado. Ele se irrita tanto ao falar do tema, que arrasta as palavras e não respira direito, o que faz ele se atrapalhar com as palavras. Não dá para entender muito pois ele fala muito baixo, mas consigo entender pelo menos metade do que disse.

- Tudo bem. Fico feliz. - Acredito que minha frase cheia de sarcasmo é muito óbvia e Julio percebe imediatamente. Esconde um sorriso e cruza os braços em cima de seu peito.

- Você já ficou brava? Tão rápido?

Sim, e depois delee dizer isso fiquei furiosa. Obrigada Julio! Tudo estava indo tão bem.

- Posso ir? Não quero continuar falando com você. - Digo.

Julio solta uma gargalhada sem junto e isso me traz mais fúria. Merda, não quero ficar brava. Mas sua atitude me supera!

- E agora, o que eu fiz? - Pergunta se divertindo com a situação, enquanto levanta as sobrancelhas e faz uma carinha de inocente. Seu meio sorriso parece sedutor e lindo, mas deixo de olhar para que eu não me distraia e esconder o vermelho intenso em minhas bochechas.

Você é tão... tão... você! Estou farta dessa sua atitude, você sabe que é algo delicado para mim e fica tirando sarro de mim, como eu não vou ficar brava? Não estou em condições para brigar. Minha mãe está quase passando para o outro lado e sei que... - Ele não me deixa terminar pois seu braço pressiona o meu justo na hora em que eu estava a ponto de sair do banheiro. Suspiro brava.

- Já sei. - Suspira. - Sério que você acha que eu não me interesso com você?

- Mas é o que parece Julio! Por que você sempre pensa que eu estou te atacando? As coisas não são assim!

- Talvez porque você sempre está dizendo todos os meus defeitos, as coisas que eu faço de errado, como se eu sempre tivesse a culpa de tudo? - Passa uma mão em seu cabelo, frustado. - Não acha que eu deveria me sentir assim?

- É porque eu te adoro. E quero que você seja melhor. Por isso te falo as coisas. - Respondo com as lágrimas pinicando meus olhos e com o peito apertado.

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Desculpa eu ri kkkkkkklkk bom, agora eu troquei de celular, e consigo traduzir por ele mesmo. Só pelo computador tava meio complicado. Então acredito que vou conseguir trazer mais capítulos sem TANTA demora kkkkkk é isso, até o próximo 🙃

Abraços Grátis - Isulio (Adaptada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora