De quem é a culpa?

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- É sério que você acha que a culpa é toda da Clara?

Nego com a cabeça, ele se separa de mim e limpo minhas bochechas.

- Julio, a culpa é dos dois. É minha, por não ser confiante o suficiente para te parar, te convidar para fazer algo e que não seja você que tenha que ficar me dizendo as coisas, por não ter a coragem para poder te dizer as coisas na cara. E é sua, por ser sempre tão impulsivo, por não ter a capacidade dizer não para as pessoas... a culpa é de nós dois. Não quero te perder. Mas essas promessas que você sempre faz, quando diz que não quer se separar de mim, que me adora, que não vai me deixar sozinha... sinto que são mentiras.

Para não ver sua reação, desço pela pequena escada e pula pra dentro da janela, entrando em seu quarto, disposta a ir embora dali. Mas uma mão toca meu ombro, me parando.

E toda aquela história se repete. Não consigo fazer nada, por isso me acalmo e abaixo a cabeça, com as lágrimas ameaçando sair. Me viro para ele.

- Me perdoa. Sei que você não deveria me dar uma segunda oportunidade, porque eu desperdicei muitas. Mas, Isa, você significa muito para mim. Eu sei, sei que você está pensando na minha relação com Clara, mas... sabe porque eu fiz isso?

Nego com a cabeça.

- Não quero saber. Sei que Clara é muito mais que eu.

Julio fica nervoso com a minha resposta. Ele franze o cenho, me dá as costas e cruza os braços.

- Não entendo como você pode dizer uma coisa dessas. Ela nunca seria mais que você!

- Mas é isso que parece depois de tudo!

- Mas não é! – Exclama. Ele se aproxima de mim e toca meus ombros. Sua proximidade me deixa desconfortável e faço o possível para manter meu olhar no chão.

- Isa, me escuta... – Sussurra. Empurro ele suavemente para trás. Estou furiosa, sinto a raiva passando pelo meu corpo, aperto os punhos.

- Não, não quero te escutar! Se você tinha alguma desculpa, legal, mas não quero saber!

Ele se aproxima novamente e segura meu rosto, acariciando minha bochecha. Estamos tão perto que posso sentir sua respiração. Levanto o olhar e percebo que estou a poucos centímetros de seus lábios, e nossas testas estão quase se encostando.

- Julio, eu não quero saber...

- É porque eu senti que não era suficiente para você! Não te mereço! – Exclama.

Lágrimas começam a ameaçar sair, o nó em minha garganta se faz presente e meu estômago se contrai.

- Como você pode dizer isso? – Digo com a voz falha. – Você é o suficiente para mim, Julio.

- Então me mostra.

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Em primeiro lugar, me desculpem se tiver algum erro, eu não revisei. E em segundo, Eu tava escrevendo esses capítulos e veio umas músicas na minha cabeça que se encaixam MUITO com a história de Isulio, e dos personagens separados. E eu decidi fazer uma playlist, do nada mesmo kkkkkk mas se tiver alguma música que vcs conhecem, que lembre a fic, pode falar aí que eu adiciono. Depois quando eu tiver colocado uma quantidade considerável de músicas eu compartilho aqui. E é isso, comentem o que acharam, até o próximo capítulocapítulo ❤

Abraços Grátis - Isulio (Adaptada)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora