Abraços Grátis - Isulio (Adaptada)

O acidente

Passaram dois dias depois da suposta reconciliação. Minha mãe e Lucas ainda não chegaram, eles me disseram que iam chegar no sábado. Estou preocupada com eles. Agus me disse que eu deveria voltar a ir para o psicólogo, mas eu não quero ir. Já estou farta de contar minha vida para um estranho.

Saio do banho já vestida e vejo Agus deitada e sua cama, tomando chocolate quente em uma caneca e lendo um livro. Ela me olha e sorri. Deixa o livro em cima da cama e caminha até onde estou.

- Trouxe um pouco de chá. Está na sua cômoda. E depois eu quero falar com você sobre você já sabe quem.

Uma nova conversa sobre Julio. Maravilhoso.

Agus sai do quarto e eu aproveito para colocar um casaco e tomar meu chá. Depois de alguns minutos escuto dedos batendo na porta, claramente é Agus. Deixo o chá em minha cômoda e abro a porta. Agus se senta no pequeno sofá perto da televisão enquanto prende seu cabelo.

- E? - Murmura.

- E, o que?

- Você se reconciliou com o seu amorzinho?

Uma forte onda de calor inunda minhas bochechas, me fazendo corar. Mudo meu cabelo de lado várias vezes, nervosa.

- Não sei... Agus...

- Isa, você precisa começar a se apurar. Se você continuar assim, ele irá embora. E eu acho que você não quer isso, quer?

Nego com a cabeça mordendo o lábio. Minha cabeça dava voltas, eu simplesmente não sabia em que pensar. Eu tinha total certeza de que Julio só me queria como uma amiga, mas com o passar dos dias isso foi ficando um pouco complicado.

A voz de Ed Sheeran me tira dos meus pensamentos; é o meu celular que está vibrando no bolso de minha calça. Pressiono o botão verde e levo o aparelho para minha orelha.

- Alô? - Digo em voz baixa ao me dar conta de que é um número desconhecido.

- Me desculpe, senhorita Souza. - Diz uma voz grossa do outro lado da linha. - Estamos te chamando de uma clínica. Aconteceu um acidente de carro na Rodovia 65, exatamente em um Jeep ​​vermelho onde estavam sua mãe, um bebê e seu padrasto.

Minha boca fica seca.

- O que aconteceu? - Respondo com a voz trêmula, com os olhos cristalizados e com uma mão cobrindo a boca.

- Infelizmente sua mãe foi umas das que saiu mais ferida. O bebê se salvou, graças ao cinto de segurança que ela estava usando. Seu padrasto teve lesões leves, ainda assim está em situação de emergência. Mas sua mãe foi a que mais sofreu com o impacto. - Diz a voz, lambe os lábios e termina. - Estamos te esperando aqui, senhorita Souza.

Milhões de lágrimas descem pelas minhas bochechas e não posso acreditar que tudo voltou ao que era antes. Os problemas se acumularam e me pegaram de surpresa, me machucando aonde mais dói; minha mãe e Letícia. Agus me olha confusa, com a boca entreaberta, mas o único que consigo fazer assim que o homem me passa o endereço da clínica, é descer as escadas correndo, tirar a moto da garagem e acelerar com tudo o motor para que eu possa chegar o mais rápido possível.

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Capítulo curtinho hoje kkkkk comentem o que acharam e é isso, até o próximo capítulo 💜