Psicótico

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Oii ,aqui é a autora . Eu só quero agradecer aos leitores ,que apesar de poucos são muitos e pedir a vocês que comentem ,adoro saber suas opiniões. Beijos e boa leitura.

Andrew

E lá estava ela ,dormindo sobre o diário. Por mais que eu tenha tirado uma foto dela,vê-la dormindo ao vivo era muito melhor. Mas eu tinha que ir pra casa ,ela me fez andar bastante e me mostrou coisas que eu já conhecia,entretanto eu queria ,digo,quero conquistá-la e ela se apaixonará,nem que eu tenha que sequestrá-la para isso. Estou falando sério.

Desço da árvore e pulo a cerca,voltando pra casa. O caminho não é muito longo ,só tinham muitas vozes que me atazanavam,mas eles não iriam me pegar. Não hoje.

Corro até entrar em casa. Meus pais se assustam com a batida dada na porta . Os dois estavam assistindo TV ou tentavam porque na maioria das vezes pareciam sempre evitar um ao outro:

-Olá querido,aonde estava?-pergunta minha mãe.

-Com uma amiga. -respondo

Meus pai e minha mãe congelam ao ouvir a palavra amiga:

-Meu filho,você precisa saber algo. Sente-se aqui. -diz minha mãe e eu obedeço.

Ela coloca seus braços em volta dos meus ombros e meu pai apenas me encara:

-Quando você arrancou o cabelo daquela sua amiguinha,se lembra?

Apenas afirmo com a cabeça:

-O que tem?

-Nós te levamos ao médico naquele mesmo dia,porque aquilo não era o comportamento de uma criança normal. Ele disse que você tinha uma doença.

-Doença? Que doença?-indago um pouco surpreso.

-Você tem psicose ,meu filho.

-Isso é mentira,vocês estão mentindo,são todos mentirosos que querem se ver livre de mim. -respondo já de pé e andando de um lado ao outro.

-Não é meu amor,é por isso que te mandamos pra Inglaterra. Porque lá você não teria que piorar seu estado sendo zuado pelos seus coleguinhas e até mesmo os pais deles.

-Mas parece que não adiantou e é por isso que a partir de amanhã ,você irá ao psicólogo.-Diz meu pai ,frio como sempre.

-Eu não vou a merda alguma. EU NÃO SOU DOENTE!.

-Você vai e ponto.

-NÃO VOU!-digo gritando e subindo as escadas.

Entro no meu quarto e tranco a porta.Levo um susto quando vejo Lucy parada me olhando estupefada:

-O que faz aqui?-pergunto

-Vim trazer suas roupas limpas. Aconteceu alguma coisa garoto?

-Sim Lucy,eles acham que eu sou doente e querem me mandar para um psicólogo. Eu não quero ir-Digo choramingando.

Ela vem em minha direção e me surpreende com um abraço,eu apoio minha cabeça em seu ombro e ela sussurra pra mim:

-Já que você não é doente ,vá lá e prove aos médicos que você é sã e saudável.

-Você tem razão. -Digo me desvencilhando dela.

Ela concorda com a cabeça e me deseja boa - noite. Eu deito na cama na posição fetal e as lembranças da minha infãncia vêm a tona...

"Estou brincando no quintal ,eu deveria ter uns 5 anos,quando o antigo segurança do meu pai,me chama ,diz que quer me dar algo e eu aceito. Me leva pra casa e me tranca dentro do quarto de hóspedes e depois em só lembro da dor..."

Vozes,elas voltaram e estão me dizendo coisas aleatórias:

"Mate"

"Veja sangue"

"Veja dor"

"Livre-se deles"

"Obrigue-os a sentirem a sua dor"

Novamente bato na minha cabeça ,até que tudo fica escuro e então as vozes se vão.

Acordo com uma baita dor de cabeça. Me levanto ,tomo uma ducha e vou tomar café. Como no dia anterior ,tomo café sozinho,mas com o recado de que minha mãe irá me buscar.

Vou pra escola e dessa vez sento na cadeira atrás de Caterine. Ela se surpreende com o meu ato,mas parece não ligar muito,cutuco o ombro dela,ela se vira:

-O que você quer?-me pergunta.

-Só queria agradecer de novo.

-Andrew ,não precisa ficar me agradecendo a cada cinco minutos. Uma vez é suficiente.

Ela me olha preocupada em direção a minha testa:

-Porquê sua testa está roxa?-me pergunta.

-Eu cai da cama-minto,não havia me visto no espelho hoje e deixei isso passar em branco. Merda.

Depois procuro não puxar mais assuntos,não queria que ela me indagasse mais ainda. Quando as aulas acabam vou para frente do colégio,onde minha mãe está me esperando. Entro no carro dela:

-Como foi na escola ,querido?

-A mesma merda de sempre.

-O que houve na sua testa?

-nada de mais.

Ela não parece ter engulido a resposta,mas não fala mais nada ,apenas vamos para o psicólogo.

O lugar é envolto por toda uma decoração branca com plantas para enfeitar.Clínica Monroe. Minha mãe vai em direção a atendente e ela manda que entremos na sala dele,Dr.Monroe.Apenas eu entro:

-Olá Sr.Collin,sente-se.

Me sento e aperto sua mão:

-Me chamo Olavo Monroe e serei seu confidente daqui pra frente,portanto conte-me,quem é Andrew Collin?

Ciúme psicóticoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora