Mas não me importo. Fico feliz que a Laura e a Katie possam se comunicar assim, e não há motivo para não estimular o uso, e é por isso que meus pais vão dar um pra Katie também, só que roxo.

Já que os pais de Vivian moram em Houston, meus pais não perderam tempo e "adotaram" Vivian e a Katie, e eu estou felicíssima de poder passar o Natal com as pessoas de que mais gosto.

Eu 'tô fugindo do assunto.

Como "amiga", a Mariana visita Vivian e Katie algumas vezes, e foi assim que a Laura a conheceu: Laura e Katie estavam no Skype.

O interfone tocou, e Laura correu como um raio quando eu lhe disse que provavelmente a Katie tinha chegado, e eu a segui, sorrindo ao ver nosso apartamento extremamente decorado pro Natal. Devo admitir, eu amo essa porra. Não pela decoração em si, apesar de Bianca e Laura terem feito um trabalho incrível, mas pelo aconchego que ela trouxe pro apê.

"Oi, é a Rafaella." respondi, rindo quando olhei pra minha filha que quicava enquanto abraçava a minha perna.

"Boa noite, Srta. Kalimann" Eleazar falou com a formalidade de sempre. "A Srta. Amorim está aqui com a Srta. Katie e a Srta. Saad".

"Pode mandar subir" foi minha resposta básica.

*É a Katie, Mamãe?* Laura perguntou assim que desliguei.

"É, Princesa, é a Katie. Não disse?" ri de leve, olhando-a ir em direção à porta.

"Chegaram?" Bianca perguntou, saindo da cozinha e estava linda, pecaminosa.

Calça jeans preta apertada, tão apertada, que deixava a bunda dela... hum... não, não tenho palavras... e uma blusa acetinada vermelha, no tom do Natal.

"Meu Deus, Bianca, você 'tá linda" eu... meio que gemi.

Quando que ela se trocou? Eu e a Laura ficamos tanto tempo assim no quarto? Poxa, meu banho durou uns cinco minutos...

Não importa.

"E você 'tá tão bonita que dá vontade de comer, pianista" ela ronronou, fazendo com o que eu ficasse automaticamente molhada.

Porra.

Antes que eu fizesse algo totalmente inapropriado, a campainha tocou, e Bianca me lançou uma piscadinha quando passou por mim, balançando os quadris de forma sedutora, para atender a porta.

Puta que pariu.

Daí então vieram os gritinhos pra todo lado, me deixando tonta. Eu juro. Mas sério, por uns cinco minutos, eu e a Vivian só ficamos ali paradas, olhando a Laura e a Katie conversando no chão, falando sobre cortes de cabelo, vestidos, e também sobre... sei lá... e Bianca e Mariana... meu Deus, elas já não se viam todo dia?

Daí vieram os abraços.

Eu e a Katie nos abraçamos, mas isso não era novidade, e eu a chamei de linda, como sempre faço, e ela deu um beijinho na minha bochecha, como a menina adorável que sempre é, mas a Mariana? Porra, essa mulher me abraçou três vezes, praticamente me espremendo enquanto tagarelava sobre como estava feliz que nós finalmente resolvemos tudo, e... mais alguma coisa. Eu estava meio que... fora do meu corpo, porque essa mina fala pelos cotovelos.

Eu posso dizer com certeza que gosto do pequeno furacão Mariana, mas é sério, alguém deveria receitar Ritalina pra ela.

Pra valer, Kalimann. Pra valer.

Mas então, quando a Mariana me abraçou pra caralho, ela abraçou a Laura pra caralho também, mas como minha princesa era um furacãozinho que nem a Mariana - ou quase - eu sabia que elas se dariam muito bem. E sim, eu reparei no jeito que Vivian olhava pra ela, especialmente quando a Katie esticou o braço para ficar de mãos dadas com Mariana.

UM SINALWhere stories live. Discover now