o meu inferno deve ser
aquela sala de espera
com crianças gritando
sapatos trincando no piso branco
uma luz bruxuleante,
ondulando sem parar ao meu lado.
a claustrofobia da recepção
os pacotes de doces amassando
nas mãos de desconhecidos
o sibilo de uma rede de
tentativas de sussurros
falhas, altas, irritantes.
tulipas mortas no livro de sylvia
eu morta como elas.
tão vazia quanto um balão de festa
antes de ser preenchido.
tão deserta quanto o próprio deserto.
sem início, meio ou fim.
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quando eu era flor.
Поэзияé sobre as flores que nascem entre os vazios do meu âmago. sobre a que me tornei. 2020 | @lenallier Por Lena Allier.