21: Obrigado Não!

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Diga não às drogas

Mas seja educado

Diga não, obrigado!

Por que whisky sim

Por que Cannabis não?

Cuidado com polícia!

Cuidado com ladrão!

Não seja condenado a votar em canastrão

Obrigado não!

- Rita Lee -

13h30m

Após guardar seu material de higiene bucal, Louise chamou Ulisses, que também havia acabado de almoçar, para acompanhá-la na seção onde eram guardados os arquivos de todos os processos criminais ainda em curso.

— Louise, será que não estamos perdendo nosso tempo? Seu caso é outro! — O homem, caminhando ao lado dela até o local, perguntou.

— Algo me diz que os dois crimes estão conectados, Ulisses. E mesmo se não estiver, a Daniela tá toda errada incriminando esse jovem!

— Tem certeza? Ele foi pego traficando drogas!

A mulher franziu a testa e lhe lançou um olhar reprovador.

Quando perceberam, já estavam de frente para a porta do escritório em questão. Louise entrou e pediu ao secretário as informações disponíveis sobre o caso. Rapidamente, ele a entregou uma pasta com alguns papéis do processo.

— Vamos ver...

Ela apanhou o objeto e foi com Ulisses até o escritório, onde ficou lendo junto com o homem e anotando algumas observações em seu caderno.

— O corpo dela não passou pela autópsia! — A mulher exclamou, surpresa com o fato de que a mesma não tinha pensado nisso até aquele instante — Ainda está no necrotério. Precisa disso para realizarem o enterro!

— E tem aqui alguma data pra isso?

— E tem mais! — A detetive ignorou completamente o homem — Veja aqui os pertences encontrados com ela!

— Algumas roupas, bolsa, presilha de cabelo, fora o carro que ainda está recolhido...

— De novo, Ulisses! O celular dela não foi encontrado!

— Tá considerando que o assassino dá algum sinal de suas vítimas pelo celular antes de executar o crime?

— Na verdade, não. Mas veja mais o que tem aqui: Joaquim foi pego com vinte. De novo, vinte gramas de cocaína! E olha qual é a acusação que fazem!

— Tráfico — Ele respondeu, ríspido.

— E ainda colocam essa como se fosse uma das maiores provas de que ele tenha cometido um assassinato!

— É. A história tá meio estranha... Mas o que você pensa em fazer agora?

— Agora? Nada — Ela respondeu, levantando-se — Tenho que pensar ainda. São quase duas horas e a família do Henrique está aqui. Vou interrogá-los agora, mas depois... Vou precisar da sua ajuda!

— Está certo! — Ele assentiu.

Determinada, Louise saiu de seu escritório e se dirigiu à sala de interrogatório. Precisaria enfrentar pessoas extremamente influentes na vida de Henrique e que, pelos outros depoimentos, eram repletas de preconceitos e pensamentos tóxicos que fizeram seu falecido filho se distanciar deles e partir para outro caminho talvez ainda mais tóxico.

A Estrela Morta do RockWhere stories live. Discover now