Capítulo 50

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Não consegui revisar, perdoe-me e sinalizem caso vejam erros. Leiam também meu aviso no final, é importante.

Melissa

O nosso beijo foi intenso e repleto de desejo, adrenalina e cobiça. No início ele tentou resistir e sair, mas foi cedendo e aproveitando aos poucos o momento, e mesmo depois que o calor do momento passou, eu não me arrependi nada da minha atitude, pelo contrário, eu queria repetir aquele beijo novamente, eu queria sentir o gosto dele na minha boca e viver cada oportunidade que a vida poderia estar me dando, por mais louco e errado que pareça. Eu cansei de ser julgada por tantas coisas que eu nem tive culpa, eu já me importei muito com a opinião das pessoas, só que tudo dentro de mim é uma zona e o Emanuel me traz a sensação de que tudo entrará nos eixos. Sei lá, se eu estou cavando a minha cova com mais uma decepção, eu não sei, mas mesmo que eu esteja, infelizmente estou ficando calejada, a vida já me mostrou que não está de brincadeira para o meu lado e eu preciso me adaptar e tentar ser resiliente. Não sei quanto tempo estou nesse mundo doido.

O Emanuel diferente de mim ficou com uma carinha de preocupado, inseguro, sei lá, eu acho que ele não acredita no que acabou de acontecer.

—Não fica com essa cara, por favor! Eu quis, não estou arrependida e se foi tão ruim para você, ok, é só relevar. —digo com meu charme.

—Não foi ruim, Mel, esse é o grande problema. Eu coloquei na minha cabeça que não ia rolar nada entre nós e também que eu utilizaria todas as minhas forças para evitar qualquer oportunidade, e olhe aí, a gente ficou, cara! Eu nem sei o tamanho da confusão que isso pode dar, você já está cheia de problemas e eu não quero criar mais um. —foi aí que eu percebi que mesmo que eu também lutasse, sofresse por outras questões, eu já estava envolvida.

—Você acha mesmo que eu não tentei cancelar todas as brechas que a minha mente tentou criar de qualquer oportunidade entre nós? Só Deus sabe o tamanho dos meus problemas, cara, mas eu não vou deixar de viver e fazer o que eu quero, pois eu estaria criando de toda forma um problema. Você acima de tudo é o meu amigo, o cara que me ajudou da melhor forma possível, eu não quero estragar isso, mas eu preciso ser sincera comigo mesma que você consegue mexer comigo, mais do que eu queria, principalmente nesse momento. —ele me abraça e me aconchego nele.

—Pirralha, o que tá acontecendo com a gente? Eu não quero te fazer sofrer e eu não quero que você me faça, só que eu não quero ficar longe, não quero te evitar, pelo contrário eu quero te proteger, cuidar muito bem de você, ver esse seu sorriso lindo que é bem melhor que aquela cara de choro de quando te acolhi. —ele fala olhando no fundo dos meus olhos com total sinceridade e uma paz tão grande tomou conta de mim, mas tão grande que eu disfarçadamente me emocionei, o Emanuel se tornou o meu porto seguro.

—Garoto, eu não sei o que é isso que está acontecendo, muito menos o quanto isso dura, mas eu não quero deixar passar. —digo respirando fundo.

—Mel, você sabe que a gente vai ter que conversar depois sem álcool dentro das nossas veias, porque é uma parada bem delicada. —ele como sempre todo preocupado, mas com a mesma postura que dizem, não alimentando sentimento e nem iludindo ninguém.

—Vamos viver o agora? Sem medos e rodeios? Eu quero real ficar contigo hoje, caso você também queira. Não vou ficar de bico em caso contrário, vou entender. —ele surpreendentemente me beija em resposta e foi uma das melhores vivências que já tive. Que homem! Que beijo!

—Eu sabia, na verdade, eu tinha certeza que uma hora ou outra isso ia acabar acontecendo, dessa vez o álcool deu uma ajudinha, né? —Nanath disse gritando atrapalhando o nosso beijo, mas relevei.

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