Capítulo 49

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Leiam o aviso no final!


Melissa


O Emanuel chegou na cozinha e percebeu que alguma coisa estava acontecendo, eu então decidi contar a verdade sobre a coincidência que havia ocorrido, e ele nitidamente não gostou, mas me tranquilizou falando que essas coisas são mais comuns do que imaginamos e brincou que como ele me deu primeiro era muito mais especial. Sei que o Emanuel não vai com a cara do Luan com total razão, haja vista o que aconteceu, mas ele não fica tocando no assunto e muito menos fazendo a minha cabeça, ele respeita o meu espaço e as minhas opiniões. Com o intuito de cortar qualquer brecha de climão, a Nath propôs que nós iniciássemos a provar os drinks e fomos até a cobertura do apartamento, onde a minha festa estava montada.

A decoração ficou exatamente como eu pensei com balões rose e prata metalizados, e minha idade no meio do painel. Embora eu seja meio louca, tenho o meu lado patricinha de ser e a Nath não deixaria esse detalhe passar. Pude notar também como o apartamento do menino era ótimo e muito maneiro para quem mora sozinho, bem amplo, com uma decoração descolada e uma piscina muito boa para uma pool party. Eu e o Emanuel provavelmente iremos dormir por aqui, pois ele irá beber, mas vai depender também se aparecerá alguém sóbrio para talvez levar o carro por ele.

Fomos até a bancada das bebidas e resolvi iniciar com uma caipirinha, pois me convenceram que era diferente de todas que já provei e realmente era. Tirei algumas fotos na mesa do bolo igual criança por insistência do Emanuel, que tinha levado a câmera profissional, e eu até gostei do resultado. Era notória a satisfação e a felicidade dele ao fotografar, ele realmente tem talento e futuro na área, mas captei que o pai dele não faria gosto. A Nath completamente esperta e oportunista aproveitou a boa vontade dele e pediu para tirar umas fotos dela também, e eu ficava observando a sincronia deles de longe. Sei lá, eu senti ciúmes dele sem zero motivo para isso, e principalmente com minha amiga que é uma pessoa incrível, eu deveria me envergonhar e me arrepender por isso ter passado pela minha cabeça. Dei alguns goles na minha bebida e os convidados começaram a chegar e consequentemente o Emanuel parou a sessão de fotos para recepcioná-los. Algum dos meninos eu já conhecia do dia que dei pt na balada, mas agora era diferente por eu não estar disfarçada.

—Quem é a aniversariante misteriosa? —eu ouvi o mais alto perguntar a ele e olhar ao redor, então eu me aproximei cheia de coragem para acabar de uma vez com essa história oculta.

—O aniversário é meu, prazer Melissa Watson. —percebi que os meninos se entre olharam e com certeza já tinham visto o vídeo e neste momento estavam entendendo nada. —Sim, sou a menina do vídeo e era eu na balada naquele dia, só que disfarçada.

—Nossa, muita informação para minha mente. —um deles disse.

—Vocês estão ligados que vocês estão nessa festa só porque eu confio em vocês, então boca fechada, ok? E nada de piadinhas e gracinhas para cima dela. —Emanuel disse bem sério e os caras só concordaram.

Embora eles fossem gatos, eu não ia cometer o deslize de ficar com nenhum deles, até porque eu não quero desapontar o Emanuel e nem cair nas garras desses safados, então eu percebi que para eu me relacionar com qualquer pessoa será mais difícil, terei que distinguir quem quer por querer e quem quer pelo vexame.

Os restantes dos convidados chegaram depois e ao todo tinha no máximo 15 pessoas, todas realmente mais íntimas e aparentemente confiáveis. Eu fui ficando menos tensa e me socializando bem com todos, sendo quem eu sempre fui antes de parar na cilada que a minha vida se tornou em São Paulo, óbvio que não estou abusando na bebida, até porque eu quero me lembrar desse dia no meu futuro.

O Bê me chamou para dançar e eu boba nem nada dei o meu show por ali, era incrível que eu não sentia olhar de julgamentos e nem de pena, isso elevou minha alto estima e me estimulou a continuar. Peguei o Emanuel me olhando de longe e fiz sinal para ele se juntar a nós, ele tentou recusar, mas a galera não deixou e ele acabou vindo.

—Eu não sei dançar. —foi a primeira coisa que aquele rostinho corado de vergonha falou.

—Essa desculpa é muito velha, meu querido, mas é só me acompanhar que você vai brilhar. —comento ainda dançando.

—Você é muito maluca, garota. —ele brinca um pouco alterado pela bebida.

—Sei que você gosta. —retribuo.

—Mais do que deveria. —eu fico surpresa com essa declaração, que tenho certeza que ele não faria em sã consciência, mas guardo para dentro de mim como forma de carinho e puxo-o para dançar mais perto de mim.

No final das contas o Emanuel dançava bem sim e só estava fazendo charme, o meu pé já tinha começado a doer e eu tirei o salto alto me dando mais gás para me acabar dançando igual louca e uma sensação maravilhosa que eu não sentia há um tempinho brotou dentro de mim, eu estava feliz e foi a primeira vez que depois de tudo que eu senti que a vida poderia melhorar para o meu lado. Será que a resiliência está sendo construída? Não tenho essa resposta ainda.

Olho para o lado e vejo que Nanath está presa em um beijo caloroso com ninguém menos e ninguém mais que o ex dela que é amigo do Emanuel, ela não deu certo com o outro menino do dia do show e não perde tempo mesmo. Eu sempre fui assim também, então não julgo, cada um tem uma forma de enfrentar as adversidades, só que eu estou um pouco mais fechada depois do ocorrido, mas não estou morta. Torço muito para que nós duas encontrem uma pessoa certa para construirmos família e essas coisas, porque uma coisa não inibe a outra.

Saio da pista para abastecer o meu copo e o Emanuel me acompanha, porque o dele também já está puro. A gente foi trocando uma ideia diferente até o bar e conheci o lado dele levemente alcoolizado e era até divertido.

—Estou gostando do seu lado assim também, tira a ideia do Emanuel perfeitinho que às vezes você me passa.

—Eu nunca disse que eu era perfeitinho, garota, e você mesmo dizia que eu não valia nada, não sei porque disso. —ele fala enchendo o meu copo antes do dele.

—É porque você cuida tão bem de mim que para mim é estranho. —confesso.

—É porque com você o negócio é diferente. —ele diz dando de ombros e aguça a minha curiosidade.

—Por quê?

—Você não tá acostumada a ser bem cuidada e me acha estranho. —dá uma risadinha, mas minha intuição sabe que não é apenas isso.

—Acho que não é só por isso, sei lá, algo me diz que você gosta de cuidar de mim.

—Você é uma pirralha que merece os melhores cuidados do mundo. —ele implica porque sabe que eu não gosto, mas sinto que ele tá querendo desviar do assunto.

—Eu não sou nenhuma pirralha, Emanuel, aliás se idade é algo que mexe tanto com você, eu já fiz 18, não sou criança.

—Mas você é mimada e eu sinto uma parada dentro de mim que faz eu querer te mimar ainda mais. —ele fica tenso. —Acho melhor a gente dar um time nessa conversa para não dar merda, a gente bebeu, fica emotivo.

—Eu não quero parar essa conversa, mesmo que amanhã ou depois eu me arrependa. —digo convicta.

—Não insiste, Mel, nós dois estamos convivendo de boa, sem problema, você tá sendo uma boa amiga e companhia para mim e eu para ti. Sem contar que você tá cheia de confusão aí dentro, não quero ser usado e nem te usar. —ele tenta desviar para não se comprometer e criar desculpas, mas a adrenalina correndo dentro de mim e das minhas veias me faze ter o impulso de beijá-lo velozmente ali mesmo. 


Boa tarde, amores! Tem muita coisa ainda para acontecer e se não fosse para ser complicado não seria Melissa Watson e nem eu escrevendo. O que acharam disso? Preciso que deem estrelinha e comentem para eu continuar mais rápido e postar as bombas que planejei. 

Agradeço a leitura e nos vemos no próximo capítulo que será maior! 

Envaidecer Where stories live. Discover now