Capítulo 33

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Melissa

O que tinha sido aquela declaração? E aquela música que ele escreveu especialmente para mim? Eu sem dúvidas não estava preparada e acabei chorando, logo eu que tenho meu coração de gelo rodeado de muralhas quando o assunto é relacionamento, mas ali eu senti que estou completamente vulnerável e entregue ao amor e ao Luan. Eu não sei mais como seria a minha vida sem a presença dele, eu só sei que quero passar o resto dos meus dias nessa terra com ele, e perdê-lo seria o meu maior pesadelo.

O show acabou e a gravação tinha sido um enorme sucesso. O meu pai, o Luan e toda equipe envolvida, inclusive eu, estávamos muito satisfeitos com o resultado e a surpresa do Luan para mim, mesmo não sendo premeditada, alavancaria ainda mais as vendas. A família dele acabou não ficando para o brinde final, pois a irmã dele bebeu muito e acabou dando um pequeno pt antes do previsto, até porque ela é muito nova e não é acostumada a beber. Eu também bebi muito no camarote, aquele open bar que eu valorizo, mas com meu pai do lado, eu não ia dar pt nem se eu quisesse. A galera da escola aproveitou horrores, pois na parte que ficamos, não precisava de identidade e eu entendi porque a Nath insistiu tanto para ser convidada para essa ala do evento. Falando nela ficou de grude com o boy a noite toda e depois de um tempo parou de forçar a ser o que ela não era e foi aí que o negócio fluiu como eu mesma já tinha orientado. O menino realmente era muito gato, mas a minha amiga era uma deusa e nunca jogou para perder, ela só estava nervosa, porque no fundo rola um sentimento de leve. O meu pai e a tia Renata trocaram uns olhares que eu já sabia que não ia prestar, mas a bebida me deixou tão de boas, que eu marquei com Nath de dar um vale night para eles na casa dela, porque lá em casa tem a Manu. Então, ela dormiria ou lá em casa ou na companhia do boy, mas eu sem dúvidas já sabia que seria a segunda opção.

O momento do brinde foi mágico e eu me senti uma primeira dama, mas o que mais chamava atenção ali era a felicidade estampada do Luan e eu ouso a dizer que eu nunca o vi tão feliz durante esse tempo que estamos juntos, nem quando começamos a namorar ele ficou assim, mas eu não tinha ciúmes, pois eu sabia que eu estar ali ao seu lado era uma das razões para tamanha felicidade.

—Eu sei que essa noite está linda, que o casal quase não ficou junto hoje, mas temos que ir para casa, mocinha. —meu pai ressuscitou o seu lado chato para tentar estragar a minha noite.

—Meu amor, está super cedo e eu nem terminei de curtir a minha noite. Então, pode indo que eu sei me virar muito bem. —falei bem plena bebendo o meu champanhe.

—Você agora é uma menina comprometida, vai ficar bebendo e sendo carregada para casa igual o primeiro dia que retornou para São Paulo? —ele disse um pouco enfurecido. Que bicho mordeu ele que virou o pai hiper protetor?

—Aquele dia alguma coisa saiu do meu controle e não foi nada premeditado, não se preocupe que você estará ocupado e nem se lembrará de mim por um tempo.

—Como eu não vou me lembrar de você e o que me ocuparia? A Manu já deve estar no sexto sono. —ele disse dando o último gole de sua bebida.

—Não era para eu soltar assim na cara, pois as coisas iriam fluir naturalmente até chegar a essa finalidade. Mas eu e a Natasha demos um vale night a você a Renata na casa dela hoje, então a Nath não vai dormir em casa. Então, aproveite essa oportunidade que estou te dando, porque eu mesma não estou me reconhecendo, mas use preservativo, porque ter irmão agora é abusar da minha boa vontade e paciência. —eu falei na cara mesmo, já estava um pouco altinha pela bebida e não me arrependo, mas ele ficou vermelho de vergonha.

—Garota, você perdeu o juízo? Que ideia ridícula é essa de vocês duas? Eu respeito muito a Renata e nada aconteceria, pois você e a Natasha são amigas e nós consequentemente também somos. Seria uma catástrofe misturar as coisas.

Envaidecer Where stories live. Discover now