Capítulo 37

38 6 1
                                    

Passei o resto do dia literalmente trancada naquele quarto de hotel junto com Natasha e tia Renata, longe do celular, da televisão, sem nenhuma informação do mundo exterior, eu já estava angustiada e impaciente, mas não tinha outra saída se não esperar o meu pai ditar as regras.
Mesmo não desbloqueando o celular, eu checava para ver se tinha ligação perdida da minha casa e também do Luan, sim, dele, porque minha única esperança dele ter sido inocente seria a iniciativa dele ter me procurado ou ter ficado do meu lado, aliás, ele também estaria sendo vítima dessa exposição toda, é quase impossível acreditar na inocência dele diante de tudo, então eu comecei a sentir raiva dele e julgá-lo culpado por tudo isso que aconteceu, e as meninas não me condenaram por isso, pois eu sinto que elas sabem mais detalhes do que eu.
Eu estava completamente perdida nos meus pensamentos, quando o meu celular toca e vejo que se trata do meu pai, minhas mãos começaram a tremer e o meu coração acelerar, porque eu estava morrendo de medo de falar com ele, depois de ter certamente o desapontado com essa vergonha.
—Quer que eu atendo para você? —diz Natasha vendo o meu estado.
—Se ele ligou para o meu, sem dúvidas, ele quer falar comigo. Deixa que eu atendo, eu preciso enfrentar isso. —falo tentando ser forte e pegando o celular em cima da cama.
—Melissa? —ele diz sério do outro lado da linha e eu volto a chorar só de escutar a voz do meu pai.
—Oi, pai. —digo com dificuldade.
—Filha, eu não vou te perguntar se você estar bem,  porque você não estar, mas eu estou cuidando de tudo para resolver tudo isso, eu preciso conversar com você. —ele solta desesperado comigo e eu nem sei o que responder. —Você pode pedir para a Renata te trazer para nossa casa? A barra já está limpa por aqui.
—Eu só quero o meu cantinho. —é a única coisa que consigo dizer.
—Fale com ela, eu estou te esperando. Eu amo você. —Mesmo diante de um escândalo desse, ele não aponta o dedo na minha cara, e eu ainda causo tanta dor de cabeça a esse homem. Eu posso ter comprometido a reputação da empresa que estava passando por alguns prejuízos, oh céus.
—Eu também te amo, pai, me desculpe por tudo. —respondo aos prantos e desligando a ligação para não piorar as coisas.
As duas ficaram olhando para a minha cara a espera de informações, mas eu levantei sem dizer uma palavra, fui ao banheiro lavar o rosto, fiz um novo rabo de cavalo e voltei para o quarto.
—Vamos? O meu pai disse que a barra lá em casa já está limpa. Você pode me levar? Eu não aguento mais ficar nesse quarto, onde trouxe o sexo mais falso da minha vida nessa madrugada. —falo cheia de rancor lembrando de como fui trouxa de cair na lábia do Luan e cair na real que ele me trouxe aqui para se despedir de mim, eu fui uma idiota.
—Vamos para sua casa, você não merece ficar mais um  segundo nesse quarto. —tia Rê fala me puxando pela mão, e eu deixo para trás aquele quarto, junto com toda a história de amor que eu achei que havia vivido ao lado do Luan.
Eu tive a sorte de não ter vazado a informação que eu passei o dia aqui diante do caos que acontecia com o meu nome lá fora, mas fomos cautelosos durante a minha saída do hotel e também durante o percurso até a minha casa, o qual eu não pronunciei nenhuma palavra e nem as meninas tentaram trocar diálogo comigo, respeitando a minha escolha.
Chego em casa e o meu pai abre a porta para mim com uma cara horrível de sofrimento e eu obviamente choro pela milésima vez indo o abraçar bem forte, e ele retribui me dando um dos abraços mais acolhedores que eu já tive em toda a minha vida.
—Que bom que você chegou, meu amor! Eu estava louco para ficar ao seu lado durante esse momento delicado, mas por você, eu precisei resolver as coisas. —ele diz emocionado.
—Eu entendo, pai.
—Nós dois precisamos ter uma conversa muito séria, eu estive conversando com o Luan e preciso te contar sobre coisas muito delicadas, eu não posso adiar isso. —ele fala sério e eu sinto muito medo de descobrir todas as coisas podres que o Luan aprontou comigo.
—Eu posso tomar um banho? Eu estou precisando de um. —pergunto expondo a minha necessidade de tomar um bom banho, porque eu estou  me sentindo suja de ter passado a noite ao lado do Luan e por toda essa história, então acho que me ajudará a tentar colocar as coisas no lugar.
—Claro, filha! Demore o tempo que achar necessário no banho, eu vou conversar um pouco com a Renata e a Natasha enquanto isso, preciso agradecê-las. —concordo com ele e vou direto para o banheiro da minha suíte, tentar purificar a minha alma.

Boa noite, amores!
Capítulo todo dia? Estamos tendo e se vocês se esforçarem comentando e votando, eu me animo ainda mais.
Estou louca para soltar os próximos, pq trago surpresas e mais suspense.
Já começaram a ler Attachment, minha nova história? Ainda não? Corre para dar uma conferida.
Amo vocês!
Deixe o voto no capítulo 💕

Envaidecer Where stories live. Discover now