- Vocês conhecem a pequena?- pergunto sorrindo, amo falar dela.

- Sim, ela é um amor, não é?- ela fala sorridente também.

- E então, para onde vamos?- Andrew questiona a sua namorada.

- Bem, se quiserem podem ficar na minha casa, amigos da Ayla são meus amigos, então vocês são bem vindos. - Digo e eles reparam na garota em meus braços. - Sim, essa é a Ayla.

Não sei que loucura foi essa que me deu a convidar dois completos estranhos para minha casa.

- Como ela cresceu. - ele fala. - Quer que eu a ajude com ela?

- Não precisa, ela é bem leve. - Digo sorrindo.

- Então você deve ser a Melinda, professora da Ayla.- a Malu sugere e eu assinto. - Tão bonita como a Elisa imaginou.

Eu não entendi o que ela quis dizer, mas coro pelo elogio.

- Vamos entrar. - sugiro e caminho até a porta de casa. - podem ficar a vontade.

- Obrigada. - Malu fala adentrando junto ao seu namorado. - Bela casa.

- É muito bonita. - Andrew percorre o lugar com os olhos.

- Obrigada, eram dos meus pais. - Digo enquanto coloco minhas coisas no sofá e sento no sofá ao lado com a Ayla.

- Ela estava chorando, não estava?- a Malu pergunta. - tive essa impressão quando estávamos chegando, vimos você com ela.

- Achamos que deveria ser uma mãe consolando sua filha, não queríamos ser encheridos. - ele fala tentando amenizar o que a sua namorada fez parecer, dois curiosos vendo a vida de pessoas estranhas. Mas não me importo.

- Crianças às vezes são más e disseram coisas feitas para a pequena. - explico para eles.

- Entendo, que bom que ela tem você. - Malu responde. - Ela é um doce de menina, não merece sofrer.

- Concordo. - Digo alisando sua costas já que a mesma está debruçada em mim. - Ayla, amorzinho. - tento acorda-la. - olha quem veio visitar você.

Ela se mexe um pouco e começa a despertar.

- Meu papai já chegou?- ela pergunta abrindo os olhinhos.

- Não, mas acho que você vai gostar dessas pessoas aqui também. - Digo e a deixo sentada de lado no meu colo, assim ela consegue os vê.

- Tia Malu e tio Endeo - Ela fala e não consigo não sorri pela forma que ela diz o nome do Andrew.

- É Andrew. - ele corrigi revirando os olhos e eu e a Malu rimos.

Ayla pula nos braços deles e eu fico vendo a felicidade do reencontro.

Eles ficaram conversando na sala e eu aproveito para cuidar do nosso almoço. Depois de pronto vou até a sala avisa-los.

- O almoço já está pronto, só vamos tomar um banho e já descemos. - Digo e pego a Ayla no colo.

- Ela tem roupa aqui?- Malu pergunta curiosa.

- Eu tenho um quarto só pra mim, titia. - Ayla responde.

- Como ela passa muito tempo aqui tomei a liberdade de arrumar um quarto para ela, é o meu quarto de quando era criança. - Digo sorrindo e eles se entre olham com um sorriso nos lábios.

Saio da sala com a Ayla e dou um banho nela.

- Você gostou dos meus titios?- ela pergunta enquanto a visto.

- Sim, eles parecem ser muito legais. - respondo para ela que parece satisfeita com minha resposta.

Depois de vesti-la descemos e nos juntamos a eles na mesa.

- O cheiro está ótimo. - o Andrew fala.

- Obrigada. - sorri. - espero que o gosto também. - eles riem.

Nos servimos e almoçamos em silêncio.

- O Max tirou a sorte grande. - Malu fala. - Não posso dizer o mesmo do Henri, coitado.

- Não entendi. - confesso.

- Henri é o meu cunhado, minha irmã é um desastre na cozinha, mas você é muito boa. - Ela sorri.

- A comida da tia Linda é a melhor de todas. - Ayla fala.

- Tia Linda?- Malu pergunta e Ayla confirma. - Apropriado — sorri envergonhada. Na verdade esse apelido é bem ridículo e presunçoso, mas acabou pegando e todos da cidade me chamam assim.

- Que horas o meu irmão chega?- Andrew questiona mudando de assunto.

- Quase na hora do jantar. - respondo. - E se dermos sorte ele consegue sair mais cedo para brincar com a gente no parquinho.

- A gente não falou a ele que vinha e estou começando a achar que isso não foi boa idéia. - Andrew fala.

- Se o papai expulsar vocês de casa a gente se muda pra cá. - a Ayla fala e rimos.

- Ele não vai expulsar ninguém, mas são bem vindos aqui também. - Digo e me levanto para limpar a mesa e a louça.

- A gente te ajuda. - Andrew fala pegando os pratos junto a Malu.

Depois de arrumamos a cozinha vamos para sala e depois de ensinar o dever da Ayla mando mensagem para o Max pedindo para que não se atrase e avisando que temos uma surpresa.

- Esqueci completamente. - Falei chamando a atenção deles. - Eu tenho a chave da casa dele. Ele me deu uma cópia para emergências, desculpa não ter lembrado antes.

- Vamos tia, vamos levar ele para conhecer minha casa. - Ayla pula do sofá animada.

- Claro, vou buscar a chave para irmos. - Digo indo para a cozinha onde guardo as chaves penduradas em um gancho.

Seguimos para casa vizinha e abro a porta para eles entrem. Eles ficaram em silêncio desde que saí para buscar a chave. Eles mais observam do que falam.

- Uau. - Malu fala. - Que requintado.

- É, meu irmão sempre teve bom gosto. - Andrew elogia.

- Meu papai que escolheu tudo e eu não posso fazer bagunça no andar de baixo. - Ayla fala desapontada.

Rimos da sua frustação.

- Fiquem a vontade.

- Vou pegar nossas malas.- Andrew fala se retirando e indo até seu carro, ele volta em seguida. - falar nisso, posso estacionar o meu carro na sua garagem, Linda?- Andrew pergunta e eu assinto, sorrindo por ele já está me chamando pelo apelido.

Ele trás as malas e deixa a sala, fechando a porta da casa em seguida.

Logo depois disso ajudo eles a carregarem as suas coisas para o quarto de hóspedes, Ayla ficou com a Manu um pouco enquanto isso.

As meninas subiram e nós oferecemos para ajudar eles a desfazerem as malas, e eles aceitaram. Ajudamos com as coisas, e depois de arrumar tudo descemos as escadas e ficamos assistindo TV até o Max chegar.

Eles são pessoas legais e parecem amar muito a pequena. E posso ver que minha pequena também gosta deles.

Mesmo sendo loucura da minha parte, que bom que os chamei para entrar, afinal, eles são pessoas boas e ótimos tios. Que bom que pude ajudá-los a se instalar em casa.

Eles escolhem um filme para assistirmos, na verdade, Ayla escolha, mas acabamos concordando.

Volto para casa, e a Ayla vem junto. Pego meu celular para o caso do Max mandar mensagem. Faço uma pipoca caramelada para todos, e uma jarra de suco. Ayla me ajuda a levar as coisas.

Sentamos juntos no sofá, e assistimos ao filme comendo e rindo das trapalhadas daquela animação. Foi uma tarde diferente, mas gostei de passar com eles.

Continua...

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Beijos, Larissa

Minha Pequena AylaWhere stories live. Discover now