Eu sou louca, simplesmente estou apaixonada por você! E por todas as pilhas de dinheiro que crescem ao seu lado!
Anna, vive na Catalunha desde que se entende por gente. Filha de pais de classe media tenta conquistar seu espaço sendo honesta, mas c...
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|• Anna Delacruz
Não quero acordar e ver a minha realidade me machucar, mas é impossível me manter estática a minha situação. Terei que enfrentar de qualquer forma.
Respiro fundo, me sento em minha cama gélida e molhada. Sim, as gotas da chuva percorreram o telhado que achou um brecha fina porém quase nula visivelmente.
- Droga!- Esbravejei encarando Verona dormir.
Nossas camas foram mudadas de lugar, motivo? Verona está com uma gripe. Trabalhar como garçonete não estava sendo tão bom quanto ela dizia, e eu sei. Fora o frio que se instalou na cidade, a pouca roupa que ela é obrigada a usar pode ter influenciado neste resfriado.
Eu tenho pena, mais tenho mais pena de mim por ter que começar o meu primeiro dia sendo empregada doméstica.
Era um dos meus maiores pesadelos quando criança, poderia ser um emprego respeitável para minha mãe...mas para mim, isso era horrível. Eu jurava que minha vida seria repleta de luxo, fiz planos até os meus 18 anos quando vi e percebi que a vida não era a Disney, e eu não era a Ariel, por tanto, estava tudo errado.
- Anna, eu já estava vindo te acordar!- Minha mãe diz sorrindo brevemente entre a porta.- Anda filha, sua madrinha logo chegará.
Pois bem, era minha madrinha que havia me recomendado para trabalhar para esta família, eu não sabia muito bem se trabalharia como cozinheira, babá, limpadora de piscina...só sei que isso me constrangia demais ao fato de querer me esconder.Eles precisavam de uma empregada às pressas para um jantar chique.
- Eu não merecia isso...-Sussurro.
- Verona, está se sentindo melhor?- Mamãe diz balançado minha irmã.- Está fervendo, precisa de um banho.
- Não, está tudo bem.- Ela diz se sentando também na cama. Sua expressão cansada e bochechas vermelhas me diziam que ela não estava se sentindo bem o suficiente.
- Claro que não está.- Mamãe respondeu em tom rude.- Não vai trabalhar hoje, está me ouvindo?
- Eu preciso, ok? Temos as contas do hospital, o papai precisa de um medidor de pressão. - Ela explica rapidamente.
- Verô, você está doente.- Eu digo.- Poderia ficar na cama e parar de querer fazer algo que não irá conseguir? A mamãe tem algumas encomendas hoje, não é?- Eu digo e a mãe concorda.- Dinheiro suficientes para os remédios.
- Você sabe que não! Além do mais, eu prometi que compraria aquele vestido da vitrine...
- Que vestido?- Minha mãe diz e eu automaticamente me irrito. - Pensei que usaria o vestido que eu fiz.
- É só uma festa de universitários mãe, e outra...eu nem sei se conseguirei pagar a faculdade. Eu nem sei no que irei trabalhar.- Digo me levado e tentando encerrar o assunto. Eu queria muito aquele vestido vermelho, os que minha mãe fazia não eram tão estrondoso como aquele.
