De três a dois - a dupla de bronze (fanfic Harry Potter e a Câmara Secreta)

Capítulo 15

— Onde vamos conseguir dois quilos de dois tipos de bosta? — Rony estava agoniado.

Fred, Jorge e Lino se olharam como quem tem um plano, e no caso deles, iria ser um plano que iria contra as regras.

— Você pode pedir a bosta de dragão pro Carlinhos. Ele pode te mandar uma coruja. — caçoou Fred.

— Eu ia amar ver a cara do Snape quando ele visse o salão principal fedendo a merda. — disse Lino com quem todos concordaram rindo.

— Será que o Hagrid tem isso? — perguntou Rony

— Acho que, se ele tivesse, já teria oferecido pra Profª Sprout. Deve ser por isso que ela ainda não fez a poção. — respondeu Harry — Como vocês conseguiram esses ingredientes na época de vocês? 

— Nós demos o nosso jeito. Se quiserem, nós podemos ajudar. — disse Fred ansioso.

— O que vocês vão ganhar com isso? — desconfiou Rony.

— Durante as férias nós vamos usar o seu quarto para todos os testes que formos fazer. — respondeu Fred.

— Eu sou irmão de vocês! — retrucou Rony.

— Você e mais seis, pelo que sabemos. — respondeu Fred.

— É sério isso? 

— Por acaso a gente tá rindo? — disse Fred sarcástico. 

— E eu? — disse Harry.

— Você é nosso amigo, Harry, além disso você tá ajudando todo mundo. — disse Jorge.

— Eu odeio vocês. — retrucou Rony emburrado.

— Isso significa que você aceita a proposta? — todos os olhos viraram para Rony de braços cruzados.

As experiências não seriam nada preocupante se Rony pudesse usar feitiços fora de Hogwarts, o que não era a realidade. Ele sabia que se a mãe visse o quarto detonado, iria fazer com que ele limpasse tudo sozinho, sem auxílios mágicos e, para completar, Fred e Jorge iriam usar as mais complexas e nojentas mágicas por não precisarem limpar depois. Tudo isso era muito ruim, mas nada se comparava com os dias em Hogwarts sem Hermione. Era difícil conviver  com Harry sem ter ela mediando, era difícil prestar atenção nas aulas sem ter ela perturbando e explicando tudo do jeito mandão único dela. Era difícil fazer as refeições sem ouvir as notícias do jornais com muitos comentários, mudar o cotidiano para uma realidade que não tivesse Mione era uma realidade dolorosa para Rony. Mais dolorosa do que qualquer coisa que Jorge e Fred podiam aprontar no quarto dele.

— Por favor, só não usem aranhas. — suplicou Rony.

— Vamos pensar no seu caso. — Fred estava satisfeito.

— A gente consegue a bosta pra depois de amanhã. Nos encontrem no campo de quadribol nesse horário. — disse Jorge.

Rony começou a reler os detalhes da poção e os outros liam os outros papéis. Ele realmente tinha se divertido naquela noite, os irmãos não pareciam estar tão chatos como normalmente, na verdade, estavam bem legais. Rony esperava ansioso para contar para Mione o que tinha acontecido. 

De repente, um pio tomou o corredor da entrada da biblioteca e logo depois ouviram passos apressados mais cuidadosos. Os meninos empunharam as varinhas e foram para de baixo da capa. Uma coruja negra entrou na sessão restrita como se procurasse alguma coisa e depois de muito olhar foi embora. Logo em seguida os passos adentraram a área.