[1] because I always, always.

203 25 15
                                    

Então é assim que as coisas são, a amargura de não sentir sua respiração tão próxima como outrora, o desejo insaciável da sua pele, do seu sorriso esbranquiçado em direção aos meus lábios, prestes, pouco a pouco, a suga-los e provar deste sabor um tanto agraciavel.

Eu sei, descumpri a promessa de ser somente um romance de praia, que todos os toques e carícias se manteriam trancados sob aquele cômodo que pouco ventava, por conta fa janela não estar em boas condições, e bem, aquela residência mal era usada se não fosse a sua presença, o seu eflúvio natural ecoando por cada canto, até entre os espaços mais apertados e inabitável.

Sim, eu quebrei a nossa promessa, você ao menos poderia vir aqui e disparar alguns socos e chutes contra mim? Ao menos para matar a saudade de te sentir, pois o seu cheiro entre os meus cobertores não é o suficiente para fazer com quê eu deixe de sentir sua falta. Ainda observando o tempo através da janela, vendo nossos corpos correndo na beirada, quase sendo pegos pela água que chegava com pressa a encontro de nossos pés, você em passos apressados esbajando um sorriso de ponta a ponta olhando freneticamente para trás, por eu estar atrás de si com o intuito de lhe agarrar e logo cair no chão, mas contigo ainda em meus braços, protegendo-o sua cabeça com a minha mão para não se impactar com tudo contra ao chão, somente dois corpos vagando naquele fim de tarde não muito ensolarado, nenhum diálogo a não ser o escutar do estalar se nossos beijos molhados, aqueles selares esparramados de vontade que eu sabia que sentiria saudade.

Você, de fato, tem esse charme. Você, Warut, caminha por alguns moços e moças e deixa aquele gosto de querer mais, nem que seja somente um mínimo resquício seu. É por isso que ainda permaneço intacto ao admirar nossa presença imaginária na diante ao vidro quase quebradiço da janela com boa parte coberta de meras madeiras.

Me pergunto por onde anda o meu amor, a vovó uma vez me disse enquanto alisava meus fios dourados que o amor nunca passa, mesmo que por algum momento esqueça, que a dor prevaleça ou que até mesmo adoeça, em algum canto dos seus órgãos, ele ainda está instalada lá.

E apesar de ter lhe jurado que todas aquelas caricias, selares umidecidos infortunados de desejo por pele, somente pele, um amor em meio as águas azuladas, mas não consegui, queria tanto que fosse embora toda a ambundancia do amor. Não me julgue, foi além de mim, eu queria que você continuasse a correr, ainda ao meu ver.

Porém assim você se foi, tanto da minha vista quando do meu dia-a-dia. Da minha vida.

No dia seguinte sem nem sequer quis esperar por meu despertar e reproduzir frente a frente um "adeus" ou "até logo". Podia odiar despedidas, mas este sumiço, essa partida silênciosa era muito mais dolorosa que um tão temido adeus. Posso ser tolo, tudo por conta do órgão que serviria apenas para bombear sangue pelo restante do corpo. Ele ainda insitstia por ficar, por manter nossas memórias juntas por perto, porque de fato, o amor não pode ser superar o desejo de clamar pela distancia da paixão de ter você aqui comigo outra vez. Mas ainda sim, independente da dor do amor desde que você foi embora, espero que esteja bem, espero que ao contrario de mim sua felicidade esteja intacta, mas ainda se recorde de mim e da noite calorosa em que compartilhamos nossos sentimentos, da tarde manhosa vivenciada da maneira mais gloriosa.

Quem sabe um dia você venha ao meu encontro, pois creio que tenha ciência disso, pois eu sempre - sempre - estarei aqui a sua espera.

Where's my love % BounpremWhere stories live. Discover now