— Cidade pequena tem disso, todo mundo conhece todo mundo, então sabemos quem é novo na cidade — Joseph explica enquanto caminhamos.

Passeamos por mais alguns lugares da cidade e pedi para que o Joseph me falasse das escolas que tem por aqui.

— Tem algumas escolas pequenas de bairro e as maiores que são públicas - ele explica. - Mas a mais conhecida por aqui é a escola de educação e artes, fica perto da sua casa.

— Essa escola é boa? — questiono para ele.

Não conheço muito sobre educação, mas imagino que escola de bairro seja menor, o que é perfeito para Ayla agora, ela precisa de uma atenção a mais por não está falando.

— Pode apostar que sim, ela já está lá há muitos anos e é considerada uma das melhores, por que não tira um dia para vizita-la?

— Será que podemos? — questiono um pouco empolgado. Resolver essa situação seria um adianto para nós.

— Claro, eu conheço a diretora, se quiser passamos ir lá ainda hoje.

— Se puder me fazer mais esse favor, ficarei muito grato.

— Claro cara, vamos lá — ele fala nos chamamos.

Entramos no carro de novo para ir a tal escola.

A Ayla ficou ainda mais quieta com o assunto escola. Me lembro dela ter dito que não gostava muito da sua antiga escola, mas não sei o motivo real para isso.

Nesses pensamentos vamos o caminho todo em silêncio, como de costume, e em alguns minutos chegamos na escola.

A fachada da escola é grande e colorida, tem algumas pinturas e esculturas de música, artes plásticas e jogos. Já parece ser um lugar divertido de estar só de ver ela por fora.

O Joseph falou com o porteiro que depois de uns minutos libera a nossa entrada e nos manda ir a sala da diretoria.

Entramos na escola e fomos para sala dela, pelo caminho aproveito para olhar ao redor, e percebo que dentro não é muito diferente do que é por fora, a escola tem dois andares, a contar do térreo, e é cheia de portas que indicam ser as salas.

Chegamos a diretoria e a secretaria libera nossa entrada.

— Filho, quanto tempo que não vem me ver no trabalho — a mulher sentada atrás da mesa fala.

— Sabe como é a correria — Joseph fala e abraça a mulher. — Esse é o meu novo amigo o Max e essa é a filha dele, Ayla.

— Prazer em conhecê-los, sou Helena, a diretora da escola e mãe do Joseph — ela nos cumprimenta com um aperto de mão e um abraço.

— O prazer é todo nosso — respondo.

— Eles são novos na cidade e ele estão procurando uma escola para a menina, aí os trouxe aqui.

— Oh — Helena fala e vejo seu sorriso sumindo. — Estamos no meio do ano letivo, é difícil encontrar vaga nessa época.

— Imaginei isso, mas estou desesperado — digo para ela. — Joseph, poderia ficar com a minha filha um pouco enquanto converso com a dona Helena?

Joseph assente e minha filha, que pareceu gostar dele, pega a sua mão e vai para fora da sala.

— A mãe da Ayla morreu em uma mesa de cirurgia a mais ou menos uma semana, eu não sabia da sua existência até então e agora tenho uma filha de quatro anos que não sei como educar e fui transferido para essa cidade onde não começo ninguém além do seu filho, na verdade, eu o conheci hoje de manhã — digo sincero contando ela toda a história, de forma resumida.

Minha Pequena AylaWhere stories live. Discover now