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LIZZIE
Assim que Payton vai embora, me deixa sozinha em casa já que meu pai estava trabalhando e só iria chegar no meio da noite, e minha irmã estava na faculdade e chegaria apenas na hora do jantar.
Fico sozinha a maior parte do tempo, meu pai sempre está trabalhando, e minha irmã sempre arruma algum compromisso para não ter que ficar em casa comigo, isso me chateia um pouco, ela tem me evitado desde que nossa mãe morreu, acho que ela me culpa por isso. Nossa mãe morreu á quatro meses em um acidente de carro com o meu pai biólogíco, nesse dia eu tinha fugido de casa por conta que tinha descobrido as traições de Jaden, e a gente tinha discutido e ele me disse palavras horríveis, quais me fizeram questionar o porquê da minha existência. Eu estava definitivamente no fundo do poço, estava com o meu emocional totalmente fudido, minha saúde mental uma merda, eu estava sofrendo e na minha cabeça só conseguia pensar em como acabar com tudo isso, e pra mim só havia uma solução.
Sim, o suicídio.
Eu estava destinada acabar com a minha vida nessa noite, não conseguia pensar nas consequências desse ato e muito menos na dor que causaria nas pessoas que me amam.
Fui um pouco egoísta confesso.
Sai de casa sem dar satisfações a ninguém, peguei o carro da minha irmã e fui em caminho a ponte Vincent, ela fica aqui no bairro, então não demoraria muito para que eu chegasse até ela, apenas uns 20min de carro. Era um dia chuvoso as pistas estavam molhadas, meus pais vinham me seguindo em alta velocidade, e eu a aumentava mais ainda para que eles não me alcançassem.
Pior coisa que já fiz em toda minha vida.
Meu pai acabou perdendo o controle do carro quando chegamos na Ponte Vincent, fazendo com que o carro saísse da pista caindo diretamente no rio Oiapoque que ficava por baixo da ponte, infelizmente os bombeiros nem o SAMU chegaram a tempo de salvá-los e os meus pais foram á óbitos, por minha causa se eu não tivesse saído aquele dia meus pais ainda estariam vivos, não julgo a Riley por me culpar, porque ela está certa a culpa foi toda minha.
Eu matei os meus próprios pais.
Após esse ocorrido viemos morar com o pai de Riley em Belltown/ Washington. O pai dela foi muito importante durante o meu luto, ele me acolheu de braços abertos mesmo não me conhecendo, me tratou e trata até hoje com todo amor, carinho e respeito, eu digo que ele é o pai que a vida me deu, meu anjo da guarda, eu sou eternamente grata à ele.
Depois de todo esse ocorrido eu fiquei traumatizada, desenvolvi ansiedade e entrei em depressão, meu pai decidiu que era melhor eu começar a fazer o tratamento, para me ajudar lutar contra tudo isso, fui de acordo porque sabia que isso seria o melhor pra mim e que sozinha eu não iria suporta.
As primeiras semanas de tratamento foram bem difíceis, eu tinha receio em me abrir com um estranho mas deixei isso de lado e coloquei tudo pra fora.
