Estou Perdido

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 Eu sabia que algo estava acontecendo com Rose, ela estava muito quieta e afastada. Ficava cochichando com algumas pessoas específicas. Mas quando chegava perto de mim desconversava quando eu perguntava qual era o problema.
Então em uma quinta-feira atípica tomamos café com um número reduzido de colegas, na verdade naquele dia nem um terço da escola apareceu em suas mesas. Albus nem parecia se importar, estava obcecado se preparando para os N. O. M. s daquele ano. Nossa vez tinha chegado. Notas boas eram exigidas. Colegas estavam entrando em colapso e a pressão não diminuía, a ala hospitalar do castelo estava constantemente lotada por ataques de ansiedade que assombravam um grande número de alunos.
― Cadê sua prima? – Questiono olhando em todas as direções e sentindo um arrepio familiar que dizia que alto estava errado.
― Qual delas? – Ele continuava lendo e comendo ao mesmo tempo.
― Rose, quem mais seria? – Fico um pouco bravo. – Pode fechar esse livro e prestar atenção? Tem algo nesse castelo e tenho certeza que Rose está envolvia.
Ele finalmente fechou o livro e esticou as costas.
― Cadê todo mundo? – Esfregou os olhos.
Eu balancei minha cabeça em negativa. Já estava quase na hora das aulas.
Mas quando chegamos próximos das salas entendemos o que estava acontecendo. E quem era a responsável.
Todas as carteiras fechavam as portas impedindo que qualquer um entrasse. Empilhadas tão alto que claro que tinha usado os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo.
No centro do corredor. Falando mais alto que todos, a garota do all star azul discursava.
― Estamos em um colapso nervosos e eles não parecem se importar!
Muitos aplaudiram.
― Chegamos ao futuro e eles ainda usam a mesma técnica da época de nossos pais, nossos avós. E isso está certo?
O coro gritava não.
― Não! Ao fim dos N.O.M.s e N.I.E.M.s. Não somos máquinas!
O grupo continuava gritando. Rose correu. Seu tênis um pouco desamarrado, com poeira provavelmente das mesas. Seus cabelos presos para trás revelando ainda mais as sardas. O sorriso de vitória. Ela corria até mim.
Enquanto observava a cena queria tomar algumas atitudes. Primeiro fugir daquela bagunça. Segundo gritar junto com todos. Terceiro segurar o rosto daquela garota que corria para me alcançar e beija-la.
Queria traçar suas sardas. Queria entrelaçar nossas pernas, deixando nossos pés alternados. All Star Azul. All Star Preto. Combinando mesmo sem combinar.
Respirei fundo. E nesse momento eu não sabia mais o que fazer.

Seu All Star AzulWhere stories live. Discover now