Capítulo 3 - Pensamentos ruins.

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- Querido, vamos o café já está pronto. - disse sua mãe com seu atual sorriso simpático, estendendo a mão e acariciando seus cabelos ainda molhados.

- Eu preciso me trocar. - Ele sussurrou, sentando sobre a cama e piscando lentamente, tentando se acostumar com a claridade.

Sua mãe imediatamente se afasta, caminhando em direção à saída.

- Tudo bem, seja rápido querido, não quer se atrasar pra escola. - ela disse antes de fechar a porta suavemente atrás dela.

Harry suspirou e esfregou os olhos com as mãos pequenas e fracas antes de abrir as portas do armário e pegar sua roupa:  calça preta, camisa branca de botões por baixo de um suéter verde com o logotipo da escola, meias brancas e seus inseparáveis tênis all star vermelhos. Quando terminou, secou o cabelo com uma toalha e jogou-o no cesto de roupa suja.

Ele desceu os degraus da escada com as alças da mochila pendurada nos ombros, tentou evitar a música e caminhou até a cozinha, sentado em uma cadeira, com o café da manhã na mesa e a irmã em uma cadeira na frente a sua.

Gemma usava o vestido pelos joelhos e sapatos brancos. Sua mãe parecia exatamente a mesma e seu pai usava um terno.

Os Styles estavam indo para a escola no azul Triumph Herald de Des, ele é Anne costumavam levar as crianças pra escola e logo depois seguir para seus respectivos trabalhos, Desmond na fábrica de automóveis e Anne como floricultura em uma pequena loja de flores, gemma como irmã mais velha ficava em uma outra parte do campos da universidade, por isso e por não ter muitos amigos, além de Niall, acabava ficando sozinho durante os intervalos, em bora não comentasse sobre em casa. 

Exatamente como estava acontecendo agora.

Os estudantes do ensino médio corriam contentes pelo pátio, jogando neve um nos outros.

Eu poderia ser um desses meninos, Harry pensou, mas isso foi facilmente esquecido, o deixando imerso novamente na bolha cinza em que ele estava.

ele estava literalmente como em um daqueles desenhos animados em que havia uma nuvem cinza rondando em cima da cabeça do personagem. Havia a luz do sol, Harry sabia, mas ele via tudo mais escuro. Tudo estava assim, desde...

Seu sangue congelou assim que ele ouviu um sussurro em um dos seus ouvidos. Ele não tinha certeza do porque ele estava tão assustado, ele já estava acostumado a ter alguém atrás dele.

Olhe, olhe, olhe

O cacheado involuntariamente virou seu olhar para um grupo de adolescentes, como se alguém controlasse seus movimentos. O que ele estava o fazendo ver era como as pessoas jogavam pedras em vez de flocos de neve em alunos pobres e muito menores, do mesmo tamanho que ele.

Não é tentador jogar uma grande pedra na cabeça desses estúpidos?

Sim... isso parece legal. Parece legal, eu poderia fazer agora mesmo e ir embora correndo. Eu poderia...

Não. Não. Não.

Uma risada ecoa pelo local, e não é nada parecido com o das crianças lindas com vidas felizes que corriam por ali. Não mesmo. Harry se levanta rapidamente e começa a andar aceleradamente em direção à saída.

Mesmo quando ele escapa dessa situação, ele sabe que não pode escapar dele quando sente os passos atrás de si. Ele nunca poderia escapar de sua sombra, nem mesmo morto.

E ultimamente ele vem duvidando se quer...

O ar congelante colidindo com seu rosto ao que ele andava não parecia bom, parece haver uma espécie de neblina onde quer que ele olhe, e há esse beep em seu ouvido que não parava. Ele estava ficando louco, ele estava morrendo lentamente e não sabia se havia alguma maneira de se sentir bem quando ele estava ao seu lado. Ele sentia um terrível desconforto.

Porque ele se sente tão conectado a ele? Por que ele sente que não quer voltar ao que era antes? O que há de errado com a sua cabeça?

Quando ele se dá conta, está entrando em sua casa, seus olhos estão cheios de lágrimas e ele não hesita em se deitar contra o chão frio de sua sala, cobrindo seu rosto com suas lágrimas. Só o que ele vem fazendo ultimamente é chorar.

Tudo mudou.

Ele sente uma presença em sua frente e mãos bem maiores que as pequenininhas dele, as afastando de seu rosto. A figura de Zayn estava na frente dele, seus dedos cheios de anéis segurando seu queixo queimava, mas ele ignorava ao desconforto enquanto sentia seu coração batendo tão rapidamente em seu peito, e um pouco de cor voltando ao seu rosto.

"A última coisa que eu quero é o meu menino preferido chorando"

Ele sussurrou calmamente, mesmo que ele não parecesse assim nem um pouco. Seus olhos estavam um pouco mais abertos, um leve tom de vermelho colorindo eles. Com raiva, ele estava com raiva. E quando o Diabo ficava nervoso...

nada de bom podia acontecer.

il appartient au diableWhere stories live. Discover now