Os Sete Pecados (Romance Gay)

Capítulo 5

Quero pedir minhas sinceras desculpas pelo atraso. Era para ter postado ontem. Mas aconteceu alguns contratempos, infelizmente. Porém aqui está o capítulo 5. Espero que gostem. No final dele vou bater mais um papo com vocês. Tá na hora de esquentar o clima mais. Quem são estes novos personagens que tanto venho falando em postagens no facebook e etc? Hummm. Uma dica: o obvio é só para despistá-los.

CAPÍTULO 5

Os olhos dele atingiram meu país baixo. M. lambeu os lábios, fazendo-me lembrar daquele seu beijo de multiplico sabores. As veias do meu membro contraíram-se, enrijeceu o máximo ao ver aquele homem mordiscar um dos cantos da boca para mim. Foi intimidador. Um arrepio caminhou rapidamente até minha nuca, num único fio condutor, espalhando-se livremente, eriçando-me mesmo onde não havia pelos. Ele lançou-me uma piscadela, quando, de repente, um negro jambo esbarrou-se em meu braço, por trás, roçando-me com força seu corpo vigoroso. Sentindo-me pequeno ao lado dele, tombei para frente, desequilibrando-me. Deixei a chave do carro cair na imensidão rosa do chão.

O negro pegou-me ligeiramente forte na cintura, com seus dedos indecentes trancou-me, buscando compensar seu descuido. Parou em minha frente, nu, com seus olhos arregalados e escuros nos meus, com seus lábios grossos e salientes, bambeando-me ainda mais as pernas. Era o mesmo negro que brincava de trenzinho com outros rapazes que avistei antes. Gritantemente gigante, ele esbaforiu em mim. Suguei seu ar quente exalando menta. E me perdi, não sabendo para onde olhar.

— Desculpe-me! — pedi, com os olhos comendo seus ombros largos.

— Não — ele se alongou na palavra em meu olhos — Foi de propósito. — manifestou, sorrindo de canto.

Senti suas mãos tornando-se mais leves sobre minha carne, prontas para me largarem. Imaginei que fosse. Mas não. Ele arregaçou-me o corpo com os seus olhos, invadindo meu interior com o seu desejo. Vi o mesmo quando o fitei fundo, invadindo-o também. Hipnotizador. Uma de suas mãos deslizaram até a minha bunda branca e lisa, cravando ela como se a fosse arrancar de mim. A outra mão subiu-me pelas espinhas, atravessando depois os dedos pelos meus cabelos. Enterrou-se firme também, levando minha cabeça para trás. Ele atacou meu pescoço, com sua boca cobiçosa. Seu cavanhaque roçando-me.

 — Você tem o sabor de homem que me deixa louco. — confessou ele, em sussurros ao pé de meu ouvido.

Queria engolir-me. Devorar-me. Morder-me. Roçou-me os dentes na carne, arranhando-a com força, parecendo garras afiadas prontas para me perfurarem. Suas mãos apertavam-me cada vez mais, de um modo que passou a ser desconfortante a dor. Meus ossos estalejando. Juntou-me em seu corpo. Preso. Senti seu membro desordenado conquistar o meio de minhas pernas, de frente para ele. Quente. Procurava uma toca.

Seus braços envolveram-me. Um na coluna, espremendo-a. E o outro no pescoço, atravessando meu rosto de modo que ainda me obrigava a ficar despejado para ele. Enfiou seus dedos violentamente em minha boca, parecendo rasgá-la toda. E por mais desconfortante que fosse novamente, um desejo intenso fazia com que minhas pernas se abrissem para ele cada vez mais. Eu desejei virar de costas, mas ele não deixava.

Com seu rosto ainda afundado em meu cangote, senti que ele estava se descontrolando. E que aquilo o deixava mais violento. O negro no branco. Então mordeu-me com força, sobre a carne já suada, entre a lateral do pescoço e o ombro, exalando uma sensação aterrorizadora, mas muito, muito, indiscutivelmente prazerosa, que doía a carne, mas deixava a alma regozijada. Mordeu-me tão profundo, que cravei minhas unhas em suas costas largas, imprensando meu celular entre uma das minhas mãos e os músculos dele. Ele respirava como se eu o rasgasse os pulmões. Meu pênis latejava entre nossos corpos, sem um espaço. Largou-me o trapézio com os olhos possuídos. Puxou minha cabeça para frente e colou sua testa na minha, novamente esbaforindo seu ar de menta em mim.