Capítulo 22

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2 capítulos de uma só vez! Não estão vendo errado. Se preparem, porque vai começar a parte que eu mais ansiava escrever. 

Comentem, compartilhem e votem. \o/ ;)

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Capítulo 22



Jofiel lançou um meio-sorriso para Rapha, de leve, limpando o sangue da boca com o antebraço. Carregava no peito a sensação desagradável de ainda ter feito pouco, e olhou estreito para o garoto loiro de cabelos cacheados que seu irmão, Miguel, havia se encantado tão rapidamente fácil, que lhe parecia estranho. O entusiasmo dele na manhã, ao pedir que fosse buscar o garoto na faculdade o havia convencido de que Miguel estava escondendo algo... o irmão nunca havia se interessado por nenhum rapaz, e Jofiel bem que tentou, por inúmeras vezes, fazer com que ele se interessasse por alguém, mas sempre não acertava. O coração de Miguel era fechado para isso. E algo de especial tinha no Raphael, para tê-lo aberto. O negro chegou a desconfiar de que fosse seu outro irmão desaparecido até pelo mesmo nome. Que Miguel estivesse sendo egoísta mais uma vez escondendo-o dele e dos outros. Mas...

...não sentiu o cheiro da alma queimada de anjo naquela carne humana, nem na noite em que quase lhe arrancou pedaços ao prová-lo com tanta vontade, ao enfiá-lo tanto lá dentro de sua garganta, nem depois, e nem agora.

E isso o destruía.

Não era curiosidade, apenas. A respiração ofegante que exalava o ar quente dos seus pulmões aquecidos pelo coração em brasa era arrogante consigo mesmo. Não aguentava a ideia de não estar a par dos assuntos da família, e Miguel ainda queria chamar aquilo de família. Podiam lhe falar, mesmo que seco. Ele gostava que fosse assim.

Sem família...

Mas que o assunto da casa fosse compartilhado. Era de seu interesse também.

Trincou os dentes, sentindo o gosto do seu sangue na boca.

A quem Miguel queria enganar? Miguel era igual ao Pai, o que poderia esperar dele senão egoísmo. O Pai deles sempre foi um.

Deus havia aberto mão da sua infinidade ao criar os homens, mas Jofiel achava isso egoísta Nele, pois quando a vida veio para Ele, e lhe mostrou o que é ser velho e cansado, fugiu para se esconder como uma criança se esconde da correia do pai e da sandália da mãe, e tudo só porque viu sua infinidade sendo jogada no lixo da vida com Adão e Eva.

Ali começou a preocupação de Deus. O erro inesperado.

E ali começou o coração de Jofiel a bater, também. Ele não conhecia essa batida. Esse ritmo de dentro do corpo.

Há muito tempo, lá no início dos tempos, Jofiel observava Adão e Eva quando estes perceberam que estavam nus. Ele olhou para o chão e viu do fruto proibido mastigado. Aquilo o deixou tão nu quanto o homem e a mulher.

Ele começava a conhecer das coisas que o Pai deveria ter lhe contado. Que Pai não compartilha com o filho o conhecimento que tem. Mas isso, desse carinho além de carinho, e não abaixo de obediência, ele foi desejando outro pai.

Se encontrasse Deus vivo, um dia, Jofiel tinha quase certeza que O mataria. Os humanos mereciam essa justiça.

Tentou se levantar, quando Paula correu para ajudá-lo. A mocinha até que era gentil. O irmão dela também. Mas ele não queria saber disso, de gentileza. Já havia sido estragado por muita. Era um sentimento que ele odiava ter, e quando tinha era pura falsidade. Isso gerava estupidez.

E já havia sido estúpido demais.

— Posso me levantar sozinho — foi arrogante.

— Só queria ajudar — Paula ergueu as mãos, deixando a lacuna para Jofiel.

— Pois não devia.

Ele não queria desmerecer a ajuda dela. Mas precisava ser bruto. Ninguém podia gostar dele. Esse sentimento mundano o enfraquecia. Um dia quis o carinho, mas agora não o queria mais. Era tudo ruim. Conhecer e não conhecer, era horrível de qualquer forma. O mundo era feio. E o céu não era aquele azul bonito, nem o preto da noite. Era preto, e as estrelas só existiam. E ele achava que só existir também era horrível. Era carinho, agora ele sabia que era também, quando Deus os escondeu conhecimentos. Mas já não gostava mais de carinhos.

Mas sentia inveja de quem sabia tirar bom proveito desse sentimento, daquele que soubesse lidar com isso e não estragar as coisas. Mas ele era orgulhoso demais para assumir que necessitava de afeto.


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Qualquer erro me desculpem, o livro ainda passará por muitas transformações até a ultima versão dele.

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