Capítulo 10

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Oi, oie, povo. Estou sem internet direito, por isso não postei antes. Ela está ocilando. Já tenho os capítulos 11 e 12 também escritos, faltando só revisar. Farei isso hoje e posto quem sabe daqui a pouco, se a internet deixar. Enquanto isso fiquem com capítulo 10.

Espero que gostem.

Participem do meu Fã Clube: FC dos escritos de Matheus Gaudard <3 (é só pesquisar por esse nome lá no facebook. Vou deixar o link nos comentários para quem quiser).

Boa leitura, galera!

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Capítulo 10

As roupas que Miguel me arranjou até que ficaram descoladas em mim, apesar de pouco grande a blusa. Detalhe que passaria irrelevante, já que estava na moda. Seu closet, como eu já havia ponderado que provavelmente ele tinha um, ficava numa parede coberta por uma cortina, ao lado da janela. Achei a decoração que escondia a porta interessante e inteligente. Ele me trouxera uma calça também.

— Não. Não vai caber. — eu disse com certeza.

Experimentei, mesmo assim.

— Não coube, não é?

Como ele mesmo podia ver: não. Ficara larga. Um cinto ajudaria, mas eu ficaria igual a um palhaço. Acabamos rindo.

— Você é um homem GRANDE. — levantei as sobrancelhas para ele, contraindo um canto da boca.

Sorrimos, em concordância.

Retirei a peça de roupa e o entreguei, agradecendo.

Miguel deixou-me sozinho no quarto dele, saiu dizendo que iria pegar outra calça na lavanderia. Voltar ao seu quarto na companhia dele não havia sido tão incomodativo como pressupus, no entanto ter que novamente ficar sozinho ali foi complicado, por mais que tenha sido por pouco tempo — bom, eu desejei realmente que fosse —, os minutos que se sucederam foram o suficiente para eu olhar fixamente nos olhos do anjo que caía do céu, e ter a certeza de que realmente eu os reconhecia. Eram idênticos aos de Miguel. Fatigou-me. Ou eu estava ficando louco. Um retrato perfeito dos azuis infelizes que eu tinha conhecido há pouquíssimo na cozinha. Diferentes daq2uele condenadores a festa na noite passada. Se eu tivesse tido apenas aquele contato com Miguel, jamais acharia aqueles olhos parecidos. Isso estava metido em minha cabeça. Qual a ligação das pinturas com ele? Teria alguma? Eu comecei a me sentir entediado. De mim.

— Está tudo bem? — perguntou-me Miguel, me pegando de surpresa ao voltar.

Olhei para ele por cima do ombro. Minha bunda nua exposta aos olhos dele.

— Sim — terminei de abotoar a blusa que ele me dera. Tentando esconder qualquer incomodo que eu sentia.

— Trouxe-lhe a calça. Acredito que esta deve caber. É de um dos meus irmãos. — esticou-me o braço com o jeans escuro.

— Acho que cabe sim. — analisei a peça de roupa.

Pelo tamanho certo ao meu, aquela calça deveria ser de um dos dois louros que vi no corredor, antes. Do de cabelos mais claros que o outro, que citou Shakespeare, acho eu. Era o menor dos irmãos que eu tinha visto.

— É uma pena você ter que se vestir... — Miguel brincou. Talvez tenha percebido que precisava distrair-me para me fazer esquecer de algo que ele não sabia. Ou imaginava. Com a idade que ele aparentava ter, eu talvez estaria enganando somente a uma única pessoa querendo esconder a fadiga que a pintura me trouxera. Eu mesmo.

Os Sete Pecados (Romance Gay)Where stories live. Discover now