Capítulo 4

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Então, demorei postar, mas felizmente consegui. Desculpem-me a demora. Como comunicado antes, eu viajei e cheguei no domingo, porém meus dias foram um pouco atarefados e o calor do meu quarto também dificultou a escrita (uma vida sem notebook e ar condicionado dá nisso). Eu espero que gostem. Já estou trabalhando no próximo capítulo. Quero também avisá-los que editei os capítulos anteriores, mas nada que mude o rumo da história, apenas alguns erros, ou acréscimo de palavras. Se quiserem a versão revisada basta excluir o livro da sua biblioteca e depois adicioná-lo novamente, em seguida (achando aqui que o wattpad deveria ter algo para atualizar a obra sem precisar ter todo esse trabalho). Deixando de rodeios, segue o capítulo novinho para vocês. E FELIZ DIA DO LEITOR ATRASADO! 

Boa leitura!

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 Capítulo 4

Por que todos os homens têm que ser assim: gozar e partir? Ou nem mesmo aproveitar nada do momento, apenas um beijo sufocante, e pronto, parte sem mais nem menos. Que diachos de errado eu faço? Limpei os cantos da boca com os dedos, secando-a do beijo do brutamonte de antes. Estava começando a achar que o problema era de fato comigo. Não que eu seja do tipo meloso, ou algo parecido. Mas um papo às vezes leva a mais uma rodada de sexo. Intimidade gera mais prazer, contudo para mim acabava por aí. Este é o ponto inicial para que o coração mantenha-se saudável. Aprendeu? Senti-me um hipócrita, pensando desta forma: alguém poderia ter me lembrado disso quando deixei-me ser atingido pelo sorriso do enfermeiro, tornando-me íntimo de sua boca, e deixado com que o prazer gerasse algo além dele. Senti vontade de pular no pescoço do Diego. Não seria uma má ideia. Não. Mas ele tinha que estar com aquela roupa branca, típica. Tenho certeza que ele me negaria um beijo. Achei engraçado.

Homens, desabafei sozinho. Querem dizer que mulheres são complicadas, eu acho que estão terrivelmente enganados.

Olhei inconsolado para o meu membro solto e rígido além do fecho da calça jeans, que pedia, dolorido, para aliviar a tensão que corria em suas veias até a cabeça. Fiz um bico, e com uma das mãos o forcei para baixo, soltando-o em seguida, ligeiramente. Ele voltou veloz, balançando por alguns segundos num movimento repetido para baixo e para cima que eu sempre achei delicioso, até cessar ereto de tesão, como uma bússola que aponta sempre para o prazer. Ainda latejava de fome. Eu precisava aliviar-me.

Sondei os lados da sala, estupidamente recheada de homens desnudos, e comecei a me sentir um peixe fora d’água quando dei-me conta de que eu ainda estava vestido. Era estranhamente vergonhoso ser o único a escorrer desejo pelo corpo por debaixo da camiseta branca e do jeans. Deveria ser ao contrário. Mas ali nudez era algo que transparecia simplicidade, igualdade e harmonia. Incomodei-me com a roupa. Comecei pela regata. Agarrei-a nas laterais inferiores, com os braços cruzados, e fui estendendo-a, deslizando a malha de algodão sobre meu corpo que recuperava-se do suador de outrora. A barriga magramente definida, com oblíquos salientes que formavam um caminho tentador até o meu pênis ficou à mostra. Ergui-a mais, escondendo meu rosto, e revelando meu tórax. Por pouco não arranquei-me a máscara. Havia me esquecido dela. Baguncei meus cabelos ao passar a camiseta por eles. Ajeitei-os com uma das mãos, e com a outra deixei a camiseta cair ao chão, sem pensar se no final de tudo aquilo eu a recuperaria. Bom, talvez ela ficasse por ali mesmo, como a do Misterioso M. ficou atrás de mim, quando ele ocultou-se, resolvendo brincar de pique-esconde.

E ainda sem pensar nisso, peguei na minha calça e fui abaixando-a. Minha bunda pulou para fora, lisa, pegando um ar poluído por cheiro de homem. Nada mal, ela falaria se pudesse. Foi difícil sair do jeans apertado, mas finalmente passou pelos meus joelhos. Levantei um dos pés e puxei uma das pernas da calça. Fiz o mesmo com o outro lado. Isso deixava-me numa posição exibida, com a coluna curvada e a bunda para cima. Não vou negar que eu pensei num macho atrás de mim no momento. Chamem-me de puta quem nunca! Impossível não pensar nisso, quando se está ao lado de tantos homens desejando sexo como você. Mas nada. Ninguém se prontificou. Ninguém foi sem vergonha como eu desejei que fosse. Terminei de tirar a calça chateado. Peguei a chave do carro e o celular dos bolsos, jogando-a, depois, para o lado oposto da camiseta.

Os Sete Pecados (Romance Gay)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora