Cap 4 - Descobertas (nem um pouco) reveladoras

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POV TOM

Eu continuo a seguindo e vendo a onde iria, por que ela estava com aquelas pastas? Eu não sei, mas acho que não importa. Continuo a seguindo até um morro, a qual ela parou e se sentou no chão, perto de uma arvore. Abre e toma um gole da Smirnoff que havia levado, começando a ler o que estava nas pastas:

- Bem... Th////... Pode ser aquele Tom? Não sei, L//r/l, ainda não sei quem pode ser... Vou tentar pesquisar, e no fim... T//d, não consigo imaginar ninguém que se chame algo parecido. - Ela continua lendo, já consegui identificar que ela estava falando de mim, da Laurel e do Tord, mas por quê??? Ela quebra meus pensamentos ao falar alto. - Não adianta se esconder Tom, seu cheiro é de Smirnoff misturado com cachorro.

- Smirnoff misturado com cachorro??? - Eu pergunta, como ela sentiu meu cheiro? Não estou perto dela para ela sentir. -

- Sim, bem, já que deve ter ouvido o que eu disse, vem cá, acho que não dá pra esconder mais. - Ela fala, então eu faço o que ela fala, vou até ela e me sento ao seu lado. - Quer Smirnoff?

- Um gole só, mas estou sem copos.

- Vai na boca mesmo, juro que sou saudável. - Ela fala e solta uma risada depois, tentando fazer uma piadinha. - Aproveita e me conte o que você ouviu.

- Okay, acredito em você. - Eu pego a garrafa e tomo um gole. - Estava ouvindo você falando sobre alguns nomes, tinha as letras que pareciam as do meu nome, Thomas, as de Laurel e o de Tord.

- Então são esses nomes, é bom saber disso, mas não vai fazer diferença, certeza que não deve ter nada demais neles. - Ela suspira, estava pensativa.

- O que esses nomes tem a ver? Eles tem relação uma com a outra? - Eu pergunto e dou a Smirnoff para ela, talvez, a deixando bêbada, eu consiga tirar algo dela.

- Não sei se vai gostar de saber, já que te envolve. - Ela toma mais um gole da Smirnoff, era uma edição econômica, então ela pode ficar bêbada com isso.

- Se eu perguntei, é porque eu quero.

- Okay, eu digo. - Ela toma um grande gole antes de falar, e coloca a garrafa no chão. - Eles são as pessoas que tiveram seus DNA's usados em clones, no caso, no mesmo clone, nessas pastas tem de outros.

- E quem seria esse clone? Está tendo dificuldades com ele? E os outros? - Eu abro uma das pastas, e vejo o fichário do... John?

- No caso, estou sim, eu sou esse clone. - Ela mostra o olho por baixo de sua franja, era negro, igual ao meu. - E quero ver qual deles tem um DNA estranho, mas pelo cheiro, pode ser você, já que cheira a cachorro.

- Para de falar que eu tenho cheiro de cachorro. - Ela fala isso, mas deve ser por causa do monstro que eu viro.

- Tem sim, você vira um monstro né? Porque eu cheiro a cachorro quando eu viro uma bioarma. - Ela fala, tomando mais um gole enorme da Smirnoff.

- É um saco se transformar. - Eu falo, enquanto leio o de John e tento ler os nomes, eles estavam borrados, só uma letra ou outra era reconhecível. - Mas o que é uma bioarma?

- Infelizmente é necessário, infelizmente... - Ela estava ficando bêbada, seu rosto estava corado por conta disso. - E bioarma são animais com DNA modificado, ou pessoas com DNA de animal. - Ela me fala. - Está lendo o que?

- Aparentemente, o fichário de John, parece que ele é clone do Edd, do Matt e do Paul, isso explica as sobrancelhas, mas por que aqui está escrito "Clone rejeitado sessenta e oito"?

- A gente iria ser exterminados por troca de DNA e adição, era pra ser só dois tipos, mas foram três, sem falar que dois foram repetidos, eu e o Troi temos o mesmo, o seu DNA e o de Tord, enquanto Matilda e John tem o do Edd e o do Matt, se não me engano.

- Quais são seus números de identificação?

- O do Troi é sessenta e seis, o meu é sessenta e sete, o do John é sessenta e oito e o da Matilda é sessenta e nove. - Ela diz, com uma expressão neutra.

- Bem, que bom que vocês não foram mortos, parece ser gente boa. - Eu digo. - Mas viver sozinhos deve ser chato.

- Eu não posso dizer que vivi sozinha... - Ela toma mais da Smirnoff, ela já estava menos da metade. - Eu nasci e vivi com meus amigos, só não fala pra eles que os considero amigos. - Ela faz sinal de silêncio.

- Mas por que? Eles parecem gostar de você.

- Eu não posso dizer, só não diga, ta bom? - Ela coloca a garrafa de lado. - Aliás, como é ter um pai?

- O que? Um pai? Posso dizer que normal... - Acabo ficando meio triste, não gosto de lembrar disso, já que meu pai foi morto por um urso que usava espingarda. - Mas por que a pergunta?

- Eu só fiquei curiosa, já que ninguém nos definiu o que é. - Ela solta uma risada, estava quase totalmente bêbada, e tira um charuto da caixa que levava, e começa a fumar. Felizmente o vento estava contra ela, o que me ajuda, já que odeio cheiro de fumo.

- O que tu acha que é um pai então? - Eu pergunto, eles não ensinaram nada para eles?

- Um agente secreto que cuidava das crianças a qual foi designado, mas para parecer algo normal, o chamam de pai! - Ela fala, animada. - Será que eles passam por provações difíceis?

- Uh... - Eu penso no que falar, essa ideia era totalmente estranha, mas como ela não precisa saber o que é um pai, entro na brincadeira. - Sim, cuidar de uma criança não é fácil.

- Parece ser legal, eu queria ser um pai, ir em missões legais e cuidar de alguém que gosta da gente, será que tem como virar um?

- Eu não sei, acho que sim, mas já digo que as missões serão difíceis demais! - Eu digo quase rindo, do jeito que ela fala, realmente faz parecer algo incrível, mas sei que não deve ser.

- Vai ser melhor que as do exército! - Ela toma mais da Smirnoff, quase totalmente bêbada.

- Aliás, quem comanda a base? - Já começo a perguntar, nesse nível, ela não se lembrará do que me disse.

- O líder vermelho, durr. - Ela solta mais uma risada e toma mais um gole antes de colocar a garrafa no chão, já estava quase vazia. - Mas eu odeio aquele chifrudo.

- Por que? Ele fez algo contra vocês? - Eu já tiro a garrafa de perto dela, admito que ainda queria mais da Smirnoff.

- Ele é chato, não podemos ser tratados como pessoas porque "podemos ser substituíveis", então, não vale a pena nos salvar ou coisa assim, por isso existes essas leis idiotas tirando direito para clones.

- Espera, é só por isso? Só por vocês serem clones? - Quando eu ver o Tord de novo, eu vou dar um soco na cara dele.

- Ele fala que é para a gente não se apegar, e assim não ter medo de ir à guerra para morrer, como se a gente precisasse de alguém para nos manter vivo. - Ela bufa. - Mas não posso negar que isso funcionou comigo.

- É a cara dele dizer isso... Não se deixe levar por isso, serio, que isso é idiotice. - Eu digo, imaginando pelo que ela deve ter passado.

- É difícil não levar... Ele já provou que fará de tudo para isso virar realidade... - Ela fala, e dá um bocejo em seguida, acho que a bebida começou a lhe dar sono.

Eu comecei a tentar fazer ela ir embora, mas percebi que não ia conseguir, aparentemente, já estava acostumada a dormir ali, já que em cima da arvore em que estávamos, tinha uma coberta amarrada com um travesseiro (Como não percebi isso antes?). Mas o que mais me chamou atenção, é que em baixo desse morro em específico, tinha restos de uma construção, infelizmente não consigo definir qual.

A gente acabou dormindo por lá mesmo, como a noite não estava exatamente fria, Ela conseguiu dormir sem coberta, e eu a usei de travesseiro. Então acordamos quando amanheceu, tentei falar algo com ela, mas ela só fez sinal de silêncio, provavelmente por conta da ressaca. Saímos andando para casa, mas quando chegamos, a Matilda e o Matt estavam lá nos esperando, e Matilda parecia.... Super brava.

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Desculpa a demora para capítulo novo (se alguém lé essa fic né?)
Mas espero que gostem, bye

Future Red'sWorldWhere stories live. Discover now