Cap 8 - Uma boa conversa

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POV EDD

  - Claro, olha como estou animado para encontrar um dos caras que destruiu minha vida. - Falo, não acredito que o Eduardo ainda está naquele lugar enquanto a gente nem conseguiu manter nossa vida normal nesse futuro bizarro! (Nem na nossa vida normal na verdade.)
  - Gente, acho bom acabar esquecendo dessa briga! - Matilda fala enquanto vai ao meu lado. - Se tem algo que vá ajudar vocês lá, não acha bom esquecer isso e só ir lá tentar encontrar o que precisam? Mesmo que tenham que falar com esse tal de Eduardo?
  - Enquanto isso, eu posso tentar dar uma pesquisada aqui para vocês, não conheço ninguém por nomes, mas se eu achar o número de identificação dele,  consigo dizer exatamente quem ele é e o que ele faz. - Susan fala, enquanto pega o celular e mostra um aplicativo.
  - Espera, você tem um celular???? - Troi fala, surpreso.
  - Só pra trabalho, se eu quebrar eu fico sem cinco salários, por isso eu nunca mostrei para vocês.
  - Mas todo mundo tem um número? Isso é assustador. - Matt fala enquanto olha todo mundo.
  - É praticamente um cpf, só que esse número é nácional, não internacional. E ele grava nesse número tudo que você faz, ou quase tudo, tem gente que burla isso. - O John fala, eu só aceno, ainda assim, eu concordo com o Matt, ainda acho bem assustador.
  - Mas bem, já decidimos, vamos lá a noite! Meia noite ou uma da manhã deve ser bom, se duvidar, eles nem nos verão entrar por ser de madrugada. - Troi fala, animado, todo mundo concorda e vão para baixo, acho que iriam planejar o plano.

  Depois de um tempo, e de já ter todo o plano feito, eles decidem só deixar o tempo passar. O plano é bem simples, chegar lá e ver o que tem em volta , se tiver algo que remeta a precisar de senha ou alavanca, a gente puxa ou procura uma senha, e descobre o que tem mais naquela casa. John olha o calendário e suspira, com isso, ele se levanta e vai para seu quarto, curioso, eu subo para ver o que ele pode guardar, pois ele é o que eu estou mais curioso. Um cara alto cheio de cicatrizes, quais seriam os seus segredos mais obscuros? Eu o sigo até seu quarto, aproveito uma pequena fresta de sua porta pois ele não havia a fechado direito, seu quarto estava meio bagunçado, tinha um canto com roupas sujas e outro com... chicotes? Alguns utensílios de proteção e luvas, aparentemente reforçadas, cama bagunçada e uma penteadeira cheia de curativos.

  - Você não quer entrar? Já que me seguiu até aqui. - John fala olhando para mim, seria surpresa se ele não tivesse me visto. Entro com vergonha, pensei que ele me ignoraria até eu ir embora.
  - Mil perdões! - Eu entro e olho tudo em volta. - Só fiquei curioso por causa de hoje de manhã, você tem bastante cicatrizes, então queria ver se tu era torturado aqui no seu quarto ou se tinha vestígios disso.
  - Você me assusta com essas acusações, mas não é tão mentira o que você falou, meu trabalho é uma tortura pra mim. - Ele solta uma risada, ele estava separando algumas roupas e jogando em sua cama. Parecia algum tipo de uniforme, tinha o número 68 atrás, e uma escrita, "Domador de bioarma"?
  - Esse deve ser seu uniforme então, você vai trabalhar amanha?
  - Eu não deveria, mas sim, eu vou. Tinha tirado uma folga, mas esse meu trabalho em específico não tem como ter dias de paz.
  - Espera, por quê??? Você deve fazer coisa pra caramba no seu trabalho já.
  - É tipo um treino solo, só que remunerado e eu ajudo a Red Army assim, então eles são tratados como algo a mais, tipo... Horário extra do trabalho.
  - Deve ser bem chato, pelo nome que tá no seu uniforme, parece ser algo de tomar animais.
  - Tipo isso na verdade, só que são experimentos, e eles não são nem um pouco amigáveis... - Ele suspira. - Todas as minhas cicatrizes são treinando eles.
  - Mas nenhum deles te obedecem?
  - Na verdade, alguns sim, a que mais me obedece é a A2T1, mas ela já me fez muitos machucados também. - Ele aponta para a bochecha. - Mas sei que ela não queria isso...
  - Do jeito que tu fala, me vêm a cabeça algo semelhante a um cachorro, e que tu gosta bastante dela.
  - Sim, só fico extremamente preocupado com ela, é tudo muito doloroso, pra mim e pra ela, os únicos que saem felizes disso são os cientistas e o líder junto daquele guarda-costas de merda. - Ele olha para mais um de seus uniformes com as sobrancelhas franzidas, mas recupera a postura em seguida. - Mas isso não importa, uma hora eles terão o que merecem.
  - Olha, eu acho que conheço o jeito que seu líder é, mas ficar bravo com ele não vai resolver muita coisa, digo isso de experiência, tem que tentar prender ele e ensinar o que é certo ou errado, bem como uma criança! Até porque, ele é bem burro nisso. - Edd solta uma risada, na verdade estava tirando uma com a cara de Tord, mas realmente achava bom somente o prender do que fazer qualquer outra coisa com ele. John acaba rindo junto. 
  - Olha Edd, se as coisas fossem fáceis assim, ele já seria bem diferente do que é hoje, mas valeu pela sugestão. - Ele arruma as roupas e deixa seu uniforme separado. - Vamos ficar de olho para quanto anoitecer, pra ir no horário em ponto e voltarmos para casa, assim eu não falto, e não fico sem salário. - Ele ri novamente, e só começa a sair do quarto.
  - Não se preocupe, ainda vai demorar um pouco, agora vamos descer pra ver se ninguém acabou matando meu amigo.
  - Claro! Aliás, obrigado por ter conversado comigo, normalmente não consigo conversar assim com ninguém.
  - De nada! Pensei que você não me responderia pra ser sincero, parece que ninguém aqui gosta desses assuntos, e com razão na verdade.
  - Ninguém gosta mesmo, mas acho que nesse ponto, eu precisava. - Ele saia do quarto e já descia para sala, eu o sigo.

  POV JOHN

   O pessoal continuou conversando enquanto o Tord só ficou mais afastado com o Edd, mas depois tentou conversar um pouco, mas só conseguiu trocar um papo com o Troi e a Matilda, Susan continuou se recusando a falar com ele. Papo vai e papo vem, jantamos uma marmita (fingimos que quem comprou foi o Tom, pois pagamos uns 20 reais a menos em cada marmita do que a gente acabaria pagando normalmente), até chegar no horário para começar a colocar nosso plano em ação.
  Saímos de casa para começar a seguir o Tord, ele não era tão longe de nossa casa, mas ainda era difícil chegar lá, tinha bastante subida e bastante decida, então demorou um pouco mais do que pensávamos, estávamos planejando chegar a meia noite e quinze, mas chegamos meia noite e meia.

  - Eu não imaginava que seria tanto obstáculo assim. - Edd fala, esbaforido, estava respirando fundo por isso.
  - É sério que você se cansou por isso? Não deve estar acostumado com isso. - Susan fala achando surpreendente o Edd cansado, e segura uma risadinha de deboche.
  - Deixa eles, talvez só não estejam acostumados. - Eu falo, para Susan não acabar fazendo brincadeiras sem graça.
  - Não estamos mesmo, mas o Edd é o mais gordinho daqui, então ele se cansa mais. - Tom fala, menos ofegante que Edd.
  - Isso daí se chama pura inveja porque eu ganho mais peso que ti. - Edd fala com um sorriso no rosto.
  - Está ali! - Matt fala, apontando para a casa ao lado dos destroços.
  - Pior que está inteira mesmo, tinha que ser o Eduardo para reconstruir a casa. - Tom fala olhando para a casa.

  A gente sai andando para lá e olha em volta da casa, em silêncio para não chamar atenção caso tivesse alguém ali dentro, do lado de fora não tinha nada além de um túmulo, escrito "Jon.  1998 - 2016.". Isso me deixa levemente desconfortável, então saio andando dali e vou para frente, na porta parecia ter uma senha, Susan vai na minha frente e olha alguma coisa de seu celular, tenta algumas senhas e consegue abrir depois de seis tentativas.

  - Como conseguiu? - Matt pergunta em um sussurro.
  - Eu dei uma pesquisada de algumas coisas na vida dele, peguei alguma data marcante para ele e foi, é uma data de luto a senha. - Ela responde no mesmo tom, abre a porta e entra na casa.

  Entrando, não parecia ter nada demais, era uma casa bem comum, tinha televisão, o mais surpreendente era o fato dela estar vazia, mas se tem senha, tem alguma coisa. Eu começo a procurar entre as paredes, os outros também em outros lugares, enquanto eu mexia, percebi que tinha uma pequena rachadura na parede, fui analisar e, quando eu mexi nela, ela andou um pouco pro lado, fiz mais força e a parede se abriu, dando ao que parecia ser uma passagem secreta, tinha uma escada para baixo e o lugar não era muito grande, mas felizmente todos conseguiriam passar de boa. Eu vou chamar os outros, e eles descem um por um.
  Em baixo da casa, havia algo parecido com um laboratório, não era grande, mas parecia bem completo, acabamos ouvindo algumas vozes, então a gente foi até elas, vai que o dono da casa estava lá:

  - Okay! Esse tem que ser definitivo, o líder tá quase descobrindo que estou vindo aqui. - Uma das vozes fala a distância, não nos ouviu chegando perto.
  - Tem que ser mesmo, estou ficando destruído demais para qualquer futuro ataque, não sou uma máquina para aguentar todos esses anos lutando contra ele. - Chegamos perto, mas ainda nos mantemos a distância para previnir.
  - Faz realmente muito tempo, então vamos fazer o melhor plano que podemos! Ainda não consegui convencer que ele mentiu para nós, já que nunca pude levar uma prova para eles.
  - Nem a arma de apagar memórias? Acho que funcionaria.
  - Nem isso, aquele desgraçado escondeu bem, não consegui achar. - O pessoal que estava escondindo (incluindo eu) olharam para Tord, que parecia surpreso, então ele sussurra:
  - Eu nunca pensei que esse plano daria certo, mas aparentemente deu... 
  - Deve ter uma maneira de provar pros meus amigos o que ele fez! Mas como?
  - Nos mostra para eles! - Edd sai de onde estava escondido, e ambos ficam surpresos, mas em alerta.
  - Você trouxe você do passado Edd? E intrusos do governo. - Ele olha para gente, já percebendo que estávamos lá, então a gente sai aos poucos, para não os assustar mais.
  - Não! Nunca faria isso! Como vocês... A CLONE LOUCA! - Ele grita enquanto olha a Susan e se esconde atrás daquele cara extremamente grande.
  - Eu não sou louca! Só faço meu trabalho, e você faz parte dele já que é um criminoso.
  - Eu não acredito que eu do futuro tem medo dela e ainda se esconde atrás do Eduardo!
  - Me falem o que querem aqui em menos de um minuto, ou eu vou meter chumbo em vocês. - Ele fala enquanto pega uma arma, o Tom vai na frente deles e fala:

  - Oi! Calma, a gente só quer conversar.

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