Future Red'sWorld

Cap 5 - Lição de amor próprio

Paralelamente ao capítulo anterior

POV Matilda

  Eu começo a acordar e olho ao redor, reconhecendo meu quarto, mas percebo que acabei acordando cedo demais, eu olho o relógio, que marcava 6 horas da manhã.

  - Que droga, agora que eu podia dormir mais eu acabo acordando cedo. – Suspiro, e decido me levantar, já que não conseguiria dormir novamente de qualquer maneira.

  Vou para a sala, descendo as escadas devagar e delicadamente, para não acabar fazendo barulho e nem acordar os novos visitantes. Chego à sala e olho os visitantes, achava que estava tudo bem, até perceber que faltava um deles, o de olhos escuros, fico meio assustada e começo a andar pela casa em sinal de arrombamento, mas não achava nenhum.

  - Quem está aí? – Olho pra trás pra ver quem estava falando, e vejo que Matt tinha acordado, estava com cara de sono.
  - Ah, Matt, desculpa. – Sussurro, acenando as mãos como um "não queria fazer isso". – Eu vi que seu amigo não está aí, então fiquei preocupada e fui ver se alguém tinha entrado.
  - Ele sumiu? Mas deve ter um motivo, ele não é de fazer isso à toa – Matt se levanta e se espreguiça, e coça a cabeça.
  - Eu não sei, não o conheço, mas se for assim, vou ir esperar na porta. – Eu ia para fora, até ouvir Matt perguntando:
  - Mas por quê? Talvez ele demore, já que não sei que horário ele saiu. – Ele fala, saindo de perto de Edd e vindo até mim. -
  - Ah, é que eu já estou acostumada, faço isso quando a Susan sai sem avisar. – Eu respondo, até me lembrar de que ela pode ter saído essa noite, tanto por causa deles, quanto para ir beber. – Ah, eu tenho que ver isso ainda.
  - Posso ir contigo? Quero te conhecer melhor, ainda estou triste de não ser a Matilda que eu pensava ser. – Ele fala, parecia triste mesmo.
  - Ah, me perdoe não ser ela, mas não posso fazer nada sobre isso. – Eu falo, tentando ser a mais educada com ele. Já começo a subir as escadas com ele me seguindo –
  - Mas por que pediu desculpas? Não é culpa sua não ser ela. – Ele dá um sorriso, sinto que ele riria se não tivesse todo mundo dormindo. -
  - Você tem razão nesse ponto, acho que já virou mania minha pedir desculpas. – Eu falo, terminando de subir e indo rapidamente no quarto da Susan. -
  - Vou perguntar uma coisa que eu notei, o John falou que as idades de vocês seriam... Dezesseis? Algum número com – Ele ia falar, mas eu acabo o interrompendo sem querer. -
  - Ah não! A Susan saiu para fumar e beber de novo! – Eu não chego a gritar, mas também não quer dizer que eu tenha falado baixo. – Quando ela chegar em casa ela vai ver!
  - Fala baixo Matilda! Não quer acordar os outros né? – Matt já me repreende, e eu coloco a não na minha boca. -
  - Desculpa. – Minha voz sai abafada por causa da mão, e já saio do quarto de Susan. – Aliás, pode repetir a pergunta?
  - A Susan mentiu sobre a idade de vocês? Por quê? – Ele me pergunta, já fico nervosa em responder, normalmente não podemos falar sobre. -
  - Porque o pessoal não acredita quando a gente fala sobre, então a gente usa uma conta que vimos em umas pastas. – Eu falo, tentando ao máximo não falar a nossa real idade. -
  - Mas como assim? Vocês são tão novos assim? Eu diria que vocês têm uns dezoito, dezenove anos. – Ele fala. Eu já estava passando da porta pra fora, procurando um lugar que não esteja sujo para eu poder me sentar. -
  - Ainda é bem mais do que a gente realmente tem, acredite uns oito, nove anos mais velhos. – Eu falo, até perceber que eu acabei fazendo um grande erro, ele vai acabar percebendo que temos dez. -
  - Eu não consigo pensar que idade seria então. – Ele boceja, ainda estava sonolento demais pra raciocinar bem. Acabo suspirando de alívio. – Mas ainda não consigo parar de pensar como você é muito parecida comigo.
  - Você pensa muito em si mesmo, né?
  - Claro, como eu poderia não pensar em mim? – Ele solta uma risada, acha um lugar limpo e se senta, eu me sento ao lado dele. -
  - Eu não consigo, penso muito mais nos meus amigos do que em mim normalmente. – Eu falo olhando ele, percebendo que ele estava espantando. -
  - Eu acho que você não entendeu, eu também me importo com meus amigos, mas não nego que sou bonito e que eu preciso me amar, o que não é difícil, você também é assim? -
  - ... – Eu olho pra ele, não estava esperando por isso, nunca pensei por esse lado, até me sinto envergonhada por isso. – Eu sei que sou bonita, mas do jeito que você falou, eu não consigo, não me acho muito merecedora disso.-
  - Aí! Já tem algo que precisa treinar aí. – Ele olha para frente, vendo o sol nascendo. – Finalmente, o sol nascendo. -
  - Daqui a pouco a Susan finalmente vai estar aqui, e ela vai ouvir poucas e boas. – Eu olho na porta, ela tinha acabado de ser aberta pelo Troi. – Nossa, acordou cedo, por quê? -
  - Acharam algo estranho... – Ele dá um bocejo antes de continuar. – Querem que eu e mais uns soldados vejamos o que foi. – Ele começa a andar – Eu chego logo em casa. -
  - Beleza! Vai de boa, e cuidado no caminho e lá! – Eu aceno freneticamente para ele, o que acaba sendo ignorado -
  - O que será que acharam? -
  - Vamos saber depois, ele sempre nos conta o que é quando volta para casa. – Eu olho para frente, vendo Susan e o amigo do Matt vindo, sabia que eles estavam juntos quando ambos não estavam ali, já preparo minha cara de brava, e já vejo que ela percebeu meu rosto bravo, e que também estava de ressaca.

  Só espero que ela não me ignore novamente.