Cap 7 - Algo me é familiar

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POV TORD

  Ver todo mundo lá foi bem surpreendente para mim, só me pergunto como foi que eles chegaram aqui. Mas percebo que eu não poderia pensar nisso por muito tempo, pois Tom veio rapidamente até mim, me agarrando pela gola e me levantando pela mesma.

  - O que VOCÊ está fazendo aqui???? Veio destruir mais uma casa foi???? - John o pega com cuidado e o faz me soltar, começando a o afastar de mim. 
  - Você não tinha fugido? Por razões obvias. - Edd fala olhando para mim, mesmo dando para ver que ele estava preocupado comigo, ele estava bem bravo, e eu não tiro o motivo deles, uma garota vem em minha direção, extremamente preocupada, os garotos ficam estranhando um pouco.
  - Você está bem machucado né? Posso tentar.. Curar um pouco?
  - Nem pensa nisso Matilda. - Susan fala para ela, e a puxa de perto dele. - Convenhamos que ele parece muito uma pessoa ruim, e para piorar, veio do passado ou coisa assim porque esses caras o conhecem.
  - Mesmo assim, não seria bom ajudar ele? Se ele é do passado... - Ela vai até a Susan e sussurra em seu ouvido, mas eu acabo ouvindo também. - Não é bom tentar o tratar bem? 
  - Não adianta, com toda a certeza ele nem ouviria. - A tal de Susan olha para mim, com os olhos cerrados.
  - Hey! Eu aceitaria uma ajuda, mas quando eu vim aqui, cuidei das bandagens, então não preciso de ajuda. - Falo para ver se aquilo não evoluiria, dava para ver que ela me bateria se pudesse.
  - Acho melhor você não fala nada aqui. - Matt fala, parecia meio confuso, mas acho que conseguia entender um pouco.
  - Cara. - Aquele garoto, o Troi se não me engano, começa a falar me olhando. - Se você não quis morrer antes, acho que não quer agora, então sobe para o meu quarto, ou aquela garota de franja com certeza vai tentar te despedaçar lentamente. - Ele fala enquanto dá um sorriso, mas o cara grande que eu ainda não sei o nome dá  uma olhada para ele. - O que foi?
  - Eu vou acabar indo mesmo, obrigado.
  - Eu vou contigo! Quero tentar conversar, colocar os papos em dia. - Edd fala e vem até mim, eu dou um sorriso e vou com ele até em cima. Antes de conseguir tentar procurar o quarto do Troi, eu recebo um tapa do Edd. -
  - Ai! Edd!! Ainda está cicatrizando, cê sabe que eu tenho problema com machucados, aí! - Falo colocando a mão no rosto.
  - Agradeça que eu só bati na sua cara e não joguei anos de amizade no lixo! Pois ainda estou falando contigo como amigo!!! - Ele percebe que meu rosto começou a sangrar. - Mas não lembrava que sua cicatrização era uma merda, desculpa.
  - Você tá claramente bravo comigo, tu só bate em gente que não conhece, nem no Eduardo tu bate assim!
  - Isso é verd- Espera, como você conhece o Eduardo? Ele se mudou para lá depois de você ir embora.
  - Todd, é um amigo meu e um dos melhores amigos dele, ele me falou da rixa de vocês dois quando eu falei que te conhecia.
  - Oh, agora as coisas fazem sentido. - Dava para ouvir eles discutindo lá em baixo, um pouco alto demais, Edd olha para mim, e decidimos ir para o quarto de Troi.

  Achamos bem fácil, chutamos ser a porta com a escrita "Entre somente se você não bagunçar meu cabelo" na porta, com uma cartinha pequena em baixo escrito "Gel é caro, então é difícil manter o meu penteado assim naturalmente", Edd riu e ainda apontou para mim, só fiz uma cara feia e entramos em seu quarto.
  Era bem arrumado para alguém que tem a cara típica de adolescente que não deve curtir nem um pouco organização, tinha algumas fotos, algumas armas, uma pequena coleção de hentai em baixo da cama e um armário. Decidi dar uma olhada para ver se não tinha algum hentai interessante (dei uma leve olhada, nada de muito interessante neles, eram bem básicos). Mas achei algo bem interessante no meio de suas blusas, admito que a maioria de suas roupas eram somente de trabalho, com o número 66 nele, mas uma das blusas dele era vermelha com a manga verde, peguei para dar uma olhada e vi que essa manga era um remendo para a blusa, que tinha algumas manchas, chuto ser de sangue porque elas são levemente mais escuras que a blusa. Agora eu não tenho dúvida, aqui, nesse futuro, aquela grande cagada que eu fiz de destruir a casa do Edd realmente aconteceu, aqueles destroços devem ser justamente dela então, mas como a casa do Eduardo estava inteira ainda???
  Edd veio até mim e viu a blusa, a reconheceu rapidamente e decidiu chamar o pessoal para ver, vi que literalmente todo mundo que estava na casa subiu, pessoal é curioso. Tom chega até mim, analisa a blusa e fala:

  - Definitivamente é de quando você quase morreu, tem até as marcas de sangue. 
  - Isso explica o estado em que eu achei isso daí. - Susan diz de braços cruzados. - Estavam no lixo muito ensanguentados.
  - Mas eu só joguei a minha fora, você jogou a sua também Tord? - Tom pergunta olhando para mim.
  - Claro né? Eu não quero uma lembrancinha de quando meu robô explodiu por um arpão seu.
  - Não me diga que é com a minha blusa! - Matt fala, olhando o remendo. 
  - Talvez, acabei jogando tudo fora ao invés de lavar, muita poeira. - Edd fala, fazendo o Matt fica mais triste por isso.
  - Me perdoe, foi a única maneira de achei para consertar eles, foram nossas primeiras blusas. - Matilda fala, parecia que ela iria chorar.
  - Vocês não ganham blusa não? - Eu pergunto, tipo, quem seria idiota de não dar coisa assim?
  - Não ganhamos, precisamos comprar depois do primeiro salário. - Okay, paguei com a língua, no caso, pensamento. O grandão da cicatriz no rosto que falou isso. - Só que as blusas acabam sendo um pouco mais caras do que deveriam, então acabamos comprando bem as vezes. - Os garotos olham para mim, com uma cara de bravo, estava entendendo a indireta de tudo isso.
  - John está certo! Eu odeio o frio justamente por isso, fico morrendo de frio. - Matilda adiciona o que o aparentemente John falou.
  - Okay, já entendi que tudo aconteceu, mas por que a casa do Eduardo está inteira?
  - Espera, a casa do Eduardo está inteira? Pensei que ele também acabou indo para um apartamento. - Edd fala, sinceramente confuso.
  - Eu não conheço quem é esse tal de Eduardo, mas podemos ver qualquer coisa, só precisamos que vocês nos levem até ele. - Susan fala para Edd.
  - Vocês sabem o que aconteceu para aquela casa ficar destruída, não sabem?
  - Fazemos nem ideia, só ouvi o que meu supervisor falou. - Troi fala, com a mão no queixo tentando lembrar. - Que algum exército veio aqui e destruiu aquela casa.
  - Realmente, tá meio estranho essa história, vamos para a casa do... Eduardo... - Edd fala, com aquela pausa dramática que ele sempre faz ao falar o nome do vizinho. 
  - Eu sei a onde ela fica porque eu literalmente parei ao lado dela,  aquele portal bugado, mas só parecia a casa normal dele, nada demais.
  - Pode ter coisa enterrada no chão. - Susan diz, de braços cruzados enquanto olhava para os lados, antes a pessoa que queria literalmente me encher de porrada, agora nem olhava para minha cara, parecia com nojo. 
  - Ou uma base subterrânea, não sei como é esse Eduardo, mas se ele é alguém inteligente, acho que ele teria feito isso. - John fala meio baixo, mas faz sentido.
  - Pronto, tem um motivo pra ele ter reconstruído a casa, vamos para lá agora! Vocês tem algum carro?
  - Não, não temos, mas não é tão longe, tu veio caminhando, tu viu que não é. - Troi fala, apontando com o dedão.
  - Okay, então garotos, hoje a noite porque daí ninguém vai ficar me procurando, eu acho, vamos ir lá e descobrir o que tem!!!! - Eu falo, os outros olham meio estranho, mas concordam comigo. - Isso que eu chamo de ânimo ein. - Falo em um tom de ironia.

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