CAPÍTULO V : A REUNIÃO DO CONSELHO

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Zatüron.

— O único que está faltando para completar o conselho é o lorde Dorys! — exclamou Castherloy enquanto bebia o vinho em uma taça de prata.

Pedro estava sentado em sua cadeira, aguardando a presença de Dorys. Ele sabia que ele iria atrasar, já que um de seus mensageiros havia mencionado que o lorde estaria resolvendo alguns assuntos relacionados a coroa.

Enquanto isso, Pedro bebia o vinho juntamente com os outros lordes que estavam impacientes com a ausência de Dorys. Havia um homem ao seu lado que estava repleto de adornos. Anéis de rubis em seus dedos e um colar de prata, com pequenas figuras desenhadas com perfeição. O desenho era de um cisne com as asas abertas. Era o brasão de sua casa.

— Agradeço pela sua presença, Lorde Mansur. — sussurrou Pedro. — Sei que está enfrentando sérios problemas em sua casa, principalmente depois da morte de sua esposa.

Mansur era um homem velho, embora a sua idade não se igualava a sua aparência. Um homem de cabelos grisalhos e olhos cinzentos, elegante e esbelto como uma faca de prata. Trajava botas negras de cano alto, um gibão de veludo em tons de prata e carmesim e um cinto largo com fivela de prata.

— Tenho filhos rebeldes, isso não tem como negar. Já a minha esposa, eu estou conseguindo superar... logo arrumarei outra. — disse ele, tomando um gole de vinho. — Uma boa safra. Espero que tenhamos vinho desta qualidade no festival da colheita.

— Não sou de guardar os melhores vinhos para mim. — sorriu o rei para todos os lordes que estavam em volta da mesa. — Gosto de compartilhar com os meus amigos.

A porta do salão se abriu. Pode-se ouvir o estalar de suas dobradiças. Lorde Dorys acabara de entrar como um furacão em chamas. Ele pedia desculpas aos lordes pelo imprevisto atraso que havia sucedido.

— Podemos então começar a reunião do conselho para os preparativos do festival da colheita. — disse Pedro se levantando de sua cadeira.

— Queira me perdoar Vossa Graça, mas antes de começar, recebi essa mensagem de um corvo agora a tarde. — disse Lorde Dorys retirando o papel de seu bolso. — Acredito que tenha vindo da casa Moöncairn.

— Os elfos? O que eles querem com Vossa Graça? — perguntou Castherloy. Ele era o responsável das construções reais. Um homem de quarenta e quatro anos, cabelos ruivos aloirados caindo sobre os olhos, nariz achatado e bochechas pendentes. Trajava veludo negro e um colar de ouro como adorno.

— O nosso rei sempre teve contato com os elfos! — afirmou Felipe enquanto bebia sua cerveja caramelada.

Pedro pegou o bilhete e reparou o brasão da casa Moöncairn. Era o desenho de uma Harpa desenhado entre a cera. Ele abriu rapidamente e começou a ler em silêncio.

— O rei dos elfos está me alertando sobre os objetos que pertenciam a Cesarem. Ele quer guardar todos em um lugar seguro para que os sete fidalgos não venham a usá-lo.

— Uma ideia sabia! — exclamou Lorde Dorys enquanto servia vinho em sua taça. — Se todos os objetos estiverem protegidos, Cesarem nunca mais irá retornar.

— Disse também que mandou uma mensagem para o rei dos anões, já que ele está com a grande estrela da noite. — afirmou Pedro enquanto retornava para o assento.

— Uma preciosidade nas mãos dos anões! — exclamou Lorde Mansur enquanto apreciava o vinho.

— Tomara que Alamuc venha colaborar com o pedido de Mirgän! — exclamou Felipe.

O Senhor das Águias e os Prisioneiros de NyënΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα