Capítulo 5 | Dando o primeiro passo

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Definitivamente, andar em uma moto não era nada como andar de bicicleta

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Definitivamente, andar em uma moto não era nada como andar de bicicleta.

Puta que pariu, não era mesmo! Tá legal?!

Não fazia ideia se motos normalmente corriam tanto ou se Triz fez questão de andar acima do limite só pra me assustar, mas porra, quando a moto finalmente parou e eu pude descer, dei graças a Deus por não termos dado de cara com um caminhão, um ônibus, carro, poste ou qualquer merda pela qual passamos na estrada.

Somente uns bons segundos após estar com os pés em terra firme, me dei conta de que não fazia a mínima ideia de qual ponto exato da cidade estávamos. Mas pela arquitetura mais desleixada, vários grafites deixados em boa parte dos muros e ruas um tanto precárias, pude apostar que estávamos no Humphrey, um bairro no limite do subúrbio de Avenue Hill.

Poucas vezes eu havia estado aqui.

Triz sinalizou para que eu a seguisse, e assim o fiz. Apenas tivemos que caminhar alguns metros e virar uma esquina para darmos de cara com o grande estabelecimento com um letreiro bastante chamativo escrito: Rebel Hawks. O monumental brasão dourado com o falcão estava acima do letreiro. Sempre havia ouvido falar da sede do moto clube, mas olhando de perto parecia muito maior e imponente do que nas histórias que escutei.

Aquele lugar criava um contraste absurdo com o restante da arquitetura mal cuidada daquelas ruas, porque ao contrário do restante dos estabelecimentos ao redor, aquela fachada parecia impecável. As cores preto e grená dominavam a fachada, vidraças escuras se estendiam pelas janelas do primeiro e segundo pavimento. Centralizado nas portas duplas de entrada estava o brasão do falcão, o dourado reluzindo sobre o marrom escuro das portas. Tudo ali era como um convite à adentrar o lugar para ter uma amostra de como ele seria por dentro.

Triz indicou a entrada do bar com um aceno de cabeça, parei de admirar a fachada e a acompanhei.

— Fica na sua e deixa que eu te apresento — me instruiu ao atravessarmos as portas duplas.

Se por fora a sede dos Rebel Hawks já parecia foda, por dentro era ainda mais admirável. O lugar parecia ter saído de um filme com sua estrutura monumental. O piso xadrez preto e branco trazia um ar saudosista aos anos 70. Boa parte da alvenaria era composta por madeira escura, igualmente as mesas quadriculadas distribuídas pelo amplo salão. Conforme fomos nos aprofundando no lugar, pude ver o grande mural decorado que tomava uma das paredes. Um brasão dourado do falcão símbolo do moto clube, feito do que parecia bronze, estava centralizado no topo do mural, cercado de insígnias.

O pavimento superior formava um vão ovalado bem no centro do salão, circundado por uma balaustrada de madeira, por onde era possível enxergar algumas das mesas do salão superior.

Mais à frente, passamos por uma mesa de bilhar rodeada por uma meia dúzia de Falcões. Numa das mesas próximas, duas garotas vestindo a jaqueta dos Rebel Hawks acenaram para Triz. Na mesma mesa delas, estavam Billie Khalan e Jonathan Duncan, os dois pareciam bastante surpresos com minha presença aqui.

BBG #1 | COMPLETO NA AMAZONWhere stories live. Discover now