sessenta e um

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Madison

Hoje seria o último jogo, aqui estava eu me preparando para ir com Lucas, passei rímel devagar para não me sujar, ele me abraça por trás, coloca a cabeça na dobra do meu pescoço e o olho pelo reflexo do espelho.

Lucas: fecha o olho - ele pede e faço careta, confusa - só fecha.

Fecho mais ou menos os olhos, deixando um espacinho para espiar, mas ele percebe e pede para fechar de verdade, dou risada e fecho realmente.

Lucas pega meu braço, põe alguma coisa e o solta, depois de dar um beijo rápido na minha mão. Ele fala um "pode abrir" e cheira meu pescoço, fazendo eu me encolher.

Madison: Lucas, é linda! - toco na pulseira em meu braço e sorri.

Era uma pulseira dourada, com quatro pingentes. A lua, o sol, uma estrela e o símbolo do infinito.

Madison: mas tipo, por que o presente? Porque se for alguma coisa importante eu esqueci.

Ele dá de ombros e me viro.

Lucas: não é nada demais - ele responde enquanto passo o braço pelo seu pescoço - você sempre gostou do céu, vi isso no shopping, lembrei de você e comprei.

Seguro seu rosto e jogo um "amo você" sem som, antes de juntas nossas bocas e ele sorri entre o beijo.

Lucas: hum, a gente vai se atrasar - ele me dá dois selinhos e saímos do quarto.

Brianna: e a festinha depois da vitória vai ser onde? - ela pergunta assim que descemos as escadas.

Lucas: se tiver vitória, na casa de praia do Mark.

Madison: pensa positivo, seu otário - coloco meu celular no bolso e tia Bri rir.

Brianna: o jeito de demonstrar carinho é lindo.

Matthew sai do quintal, entrando em casa todo sujo e tia Bri o olha séria.

Brianna: era para você estar no banheiro, Matthew Smith - ela fala e ele sorrir correndo para a escada - nós encontramos lá, vou só banhar a pestinha.

Nós dois saímos de casa e entramos no carro de Lucas, indo para o nosso colégio.

A movimentação estava maior do que nos últimos jogos, mesmo faltando quase uma hora para começar a partida.

Madison: vou procurar a Demi - aviso e ele assente - boa sorte e tenta relaxar, coisa que você não faz desde ontem.

Ele sorrir, me beija e vai para o vestiário masculino, enquanto eu sigo para as arquibancadas.

Vejo as meninas da torcida em um canto conversando e vou até elas.

Ariel: hey - ela me abraça e sorri de lado devolvendo o abraço - a gente tá querendo distribuir essas coisas para a galera da escola, pode nos ajudar?

Afirmo com a cabeça e Demi pega no meu braço e no de Kim.

Kimberly: encontraram um substituto para o Justin. - ela fala e Demi pula de uma arquibancada, começando a entregar as coisas.

Eram apitos, uma bandeirinhas da cor da bandeira do time e tinta para o rosto, mas nós não íamos pintar, e sim Loren e Ariel.

O escroto não iria poder jogar, porque o vidro cortou o seu pé, e o garoto bêbado nem percebeu que o corte estava feio, até ponto teve que levar.

Demi: guardei nosso lugar na arquibancadas boa de ver, aquela ali - aponta com o dedo e assinto.

Madison: tia Bri, meu primo e Matthew também vem - ela dá de ombros, dando apitos para uns meninos sentados e entrego as fitas coloridas.

Demi: é só expulsar mais gente de lá, tá de boa - eu rir e Kim nega.

Kimberly: você é doida, Demi. Ok, se a gente ganhar, será que vocês conseguem ir para a viagem?

Demi: provável que não, hein, as passagens e quartos já estão pagos, só vai ser decidido hoje quem vai ficar com o prêmio.

Entregamos as coisas para algumas pessoas, até Kim ter que ir aquecer, então continuei a entregar só com Demi, Ariel fez duas listras coloridas em nosso rosto, mesmo Demi resmungando e nos deixou com o restinho que tinha em um pote para usar em quem pedisse.

Tia Bri, Matt e Bruno chegaram quando o jogo estava quase começando, sujo o rosto dos três e Demi nega. Antes do jogo iniciar, Lucas veio até onde estava e conversei com ele por uns cinco minutos, todo nervoso, disse pra ele ficar de boa, que a gente ia estar aqui independente do resultado e o treinador o chamou.

A partida foi muito acirrada, se eu achei ele nervoso no início, imagine agora, até a torcida toda estava ansiosa. Estava no último quarto quando o outro time marcou ponto, fazendo o placar sair do empate.

Demi: puta que pariuuu - ela grita batendo as mãos na grade.

Ela realmente gostava de assistir jogo, mesmo surtando toda vez.

Acho que não tinha ninguém nas arquibancadas que não estivesse ansioso para o final ou até meio cansado de torcer, porque se tem uma coisa que a torcida estava hoje, é animada.

Um jogador do nosso time pega a bola rápido, faltando um minuto para acabar o tempo e todo mundo começa a gritar.

O árbitro encerra o jogo no momento em que o jogador entra na endzone, o campo fica em silêncio, encarando o placar. Coloco a mão no rosto, tampando a boca e escuto mundo grita, assim que o ponto chega no nosso placar.

Levanto os braços e comemoro com a galera ao redor, até ver alguém pular a grade, puxar minha cintura e me beijar.

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